Sexta-feira, 13/06/2008 – Ano II – Edição 275
.
Cabide de Emprego
Na edição 215 (24/01/2008), informei sobre a reforma milionária de uma casa no conjunto Leite Neto onde a obsequiosa Secretaria Estadual de Comunicação Social pretende abrigar o tal de “núcleo de multimeios”. Madame Eloísa Galdino torra na repaginação do novo cabide de emprego do governo Marcelo Déda R$ 206.980 (até o momento) – sem contar um aluguel mensal de R$ 1.300. O imóvel vale no mercado no máximo R$ 180.000. Alguns dias após a minha denúncia, a temida jornalista Thaís Bezerra (Jornal da Cidade, 27.01) posou de pombo-correio: “Andam falando horrores da Secretaria de Comunicação por causa de uma casa bem próxima ao Palácio de Despachos. Ali será desenvolvido o projeto Mídia Jovem, em parceria com a operadora Oi e, talvez, com a participação do grupo Votorantin. Como está sendo adaptada para instalações multimídia, ilhas e estúdios de TV e rádio, a reforma custa caro”. Ontem, o líder da oposição na Assembléia, Venâncio Fonseca, não satisfeito com as declarações da porta-voz extra-oficial do governo Marcelo Déda, cobrou explicações sobre os investimentos públicos numa casa alugada, lembrando que o imóvel vale menos que o gasto na reforma. Venâncio Fonseca felicitou o proprietário – “É um felizardo, um sortudo!” - e observou: “O custo será outro, será um outro valor. O edital do Diário Oficial é claro. Fala em reforma e não na implantação de um projeto. É preciso falar a verdade. Do jeito que está, fica a dúvida”. O ceticismo de Venâncio Fonseca decorre dos argumentos defensivos do líder governista. Depois de confirmar as informações de Thaís Bezerra, Francisco Gualberto apenas ironizou a oposição, sem esclarecer absolutamente nada. “Não é uma barbearia, não tem navalha. É um local para educação, para a formação de jovens do interior”. A placa de identificação da obra fala só em reforma do imóvel. Não cita a destinação de uso nem menciona qualquer projeto educativo ou equipamentos necessários. A contratação de servidores e a aquisição de bens móveis ou imóveis exigem concurso público e concorrência pública. É o que diz a lei. A transparente Secom age como se buscasse esconder algo. Desde o início da obra de “adaptação”, o silêncio acerca da casa milionária imperou. Foi quebrado apenas depois da minha denúncia, mostrando fotos do imóvel e da placa de identificação com o valor surreal da “reforma” – agora transformada pelo PT em “valoroso projeto social”. O governo das mudanças para pior esbanja dinheiro num intento ainda não devidamente esclarecido, cujo proveito caberia melhor se aplicado na combalida TV Aperipê, conforme ponderou Venâncio Fonseca. “O Sistema Aperipê tem implantada toda a infra-estrutura necessária para abrigar o programa da Secom. Se fosse preciso algum reparo ou adaptação, o investimento seria feito num equipamento público e não num imóvel de terceiros. É uma questão de prioridade, de economia do dinheiro público”. O novo cabide de emprego do governo Marcelo Déda, adaptado a peso de ouro para abrigar com milionário conforto o caudaloso séqüito de amiguinhos da Musa da Secom, ainda vai dar o que falar...

Quinta-feira, 12/06/2008 – Ano II – Edição 274
.
O Rubor de Tânia Soares
Faz quase um mês, a deputada Tânia Soares ficou escandalizada quando adversários do governador Marcelo Déda foram indiciados pelo STF por conta da operação “Navalha”. A comunista se disse “envergonhada, assim como os sergipanos que residem em outras partes do Brasil”. Tânia Soares tem agora mais 237 motivos para ruborizar-se. A partir de 2005, fiscais da CGU estiveram em nove das 100 maiores cidades do país para checar a lisura e eficiência de projetos financiados com verbas federais. Encontrou 652 indícios de irregularidades (licitações forjadas, programas com beneficiários fantasmas, desperdício de equipamentos, sumiço de bens e superfaturamento). Aracaju lidera o ranking. Para vergonha não apenas de Tânia Soares, a CGU aponta 237 “atos de ilicitude” em convênios cuja soma chega a R$ 171 milhões, conforme informou a Folha de S. Paulo (09/06). O relatório da Controladoria foi concluído em dezembro de 2006. Contudo, os problemas perduram. Entre as muitas peripécias flagradas pela CGU há um posto de saúde fantasma no valor de R$ 426 mil. Deveria funcionar no bairro Getúlio Vargas desde a gestão de Marcelo Déda. Para fazer a obra, o então prefeito quis usar uma empresa previamente desclassificada pela comissão de licitação por apresentar preço “inviável”. Detectada a irregularidade, ele prometeu cancelar a licitação. Ainda na gestão de Marcelo Déda, a PMA pagou indevidamente R$ 3,6 mil pela limpeza e infra-estrutura de um terreno antes de comprá-lo. Um ano e meio após a inspeção da CGU, a nesga ainda não foi adquirida. Em março de 2006, foram gastos R$ 36 mil em equipamentos para obras no Bairro Jabotiana. Nada existe por lá. O caso do Hospital Santa Isabel é surreal. O centro cirúrgico e as novas instalações da maternidade deveriam funcionar desde o segundo ano do primeiro mandato de Marcelo Déda na PMA. Seis anos depois, o nosocômio ainda está em obras e busca mais dinheiro para finalizá-las. Num posto de saúde do Bairro Porto Dantas, a gestão de Marcelo Déda colocou a farmácia numa sala com ar-condicionado, toda arrumadinha. Mas a clínica-geral do posto, Jane Marinho de Passos, diz que falta até analgésico Dipirona injetável. A administração de João Alves Filho não poderia escapar dos fiscais da CUG. Parte dos equipamentos destinados à instalação de central de alarme e rede de iluminação de emergência no Colégio Atheneu Sergipense nunca foi usada e outra parte simplesmente desapareceu. Prejuízo: R$ 8,5 mil. A deputada Tânia Soares pode agora voltar à tribuna da Assembléia para mais uma vez mostrar-se vermelhamente ruborizada. Motivos ela tem de sobra. Aliás, 237 bons motivos. Resta saber se terá coragem de se envergonhar publicamente por peripécias cometidas na gestão do companheiro Marcelo Déda, como fez despudoradamente com os adversários.
.
Edvaldo Nogueira Tira o Braço da Seringa Marcelo Déda Está Dodói
À Folha de S. Paulo, o prefeito-candidato negou qualquer irregularidade nos contratos questionados pela CGU. Edvaldo Nogueira atribui os problemas ou a questões burocráticas e pendências jurídicas ou a gestões anteriores. Exatamente: a culpa é de Marcelo Déda, João Augusto Gama... Interessante foi a desculpa de Marcelo Déda para escapar da Folha de S. Paulo. Mandou dizer que está doente e não poderia falar – engessou as duas mãos, queimou a língua ou pegou a malvada dengue? Já o arguto deputado-secretário de Saúde Rogério Carvalho, responsável pelos contratos suspeitos, foi mais ligeiro. Disse que suas explicações foram dadas à CGU em 2006. O rapaz danado nada teria a acrescentar. O ex-governador João Alves Filho não foi localizado. A chefa da Procuradoria da República em Sergipe, Eunice Dantas Carvalho, afirmou que vai analisar a papelada para definir se cabem ações cíveis e criminais. É esperar para ver se esse bonde vai mesmo andar...

Quarta-feira, 11/06/2008 – Ano II – Edição 273
.
Atos de Selvageria
De um lado, socos, pontapés, empurrões, gás lacrimogêneo... Do outro, hematomas, caras quebradas, humilhação! A Tropa de Elite do governo do PT mais uma vez mostrou-se inapta para intervir em conflitos desarmados. As vítimas recentes da desinteligência da Polícia Militar são agora os sem-teto. Faz poucos meses, a mesmíssima Tropa de Elite do governo do PT surrou estudantes do Colégio Dom Luciano. Em diferentes ocasiões, já havia surrado estudantes da Unit e da UFS. Como ninguém foi punido, a banalização da violência contra “insubordinados” desarmados virou regrar na PM. Ontem, a Secretaria Estadual de Comunicação publicou comunicado onde pretendeu desvincular o governador Marcelo Déda – e o próprio governo – da ação truculenta. Em cada palavra, a confirmação da omissão, o descaramento... A Secom diz que o governo agiu legalmente ao expulsar os desabrigados dos escombros do Hotel Brisa Mar, pois “a lei lhe permite agir imediatamente para impedir a ocupação indevida de propriedade pública”. Quem na oposição criticava a desocupação de fazendas e acostamentos de rodovias invadidas pelos sem-terra, mostrou-se no poder radical no trato com os movimentos sociais. A Secom diz que os invasores usaram de força para ocupar o terreno. Mentira! No rádio, testemunhas disseram que o local estava abandonado fazia tempo. A Secom diz que a PM “buscou sempre uma saída pacífica”. Mentira! Ao chegar ao local, conforme testemunhas ouvidas pela imprensa, a Tropa de Elite do governo do PT ordenou a desocupação. Revoltados, pois não tinham para onde ir, os invasores passaram a usar palavras de ordem, o que “ofendeu” a PM. Resultado da “ofensa”: a porrada comeu! A Secom diz que a Tropa de Elite do governo do PT “atuou nos limites da moderação, impedindo a entrada de mais 150 pessoas ao local”. Mentira! Imagens das emissoras de TV e fotos de jornais mostraram exatamente o contrário. Segundo invasores, a PM atacou física e moralmente até mulheres e crianças. A Secom diz que entre os invasores há beneficiados por projetos habitacionais do governo do PT ou cadastrados em programas com obras em execução. Meia verdade! Apenas uns poucos entre os mais de 300 sem-teto tinham cadastro em programas habitacionais e somente dois deles foram beneficiados anteriormente, contudo, não através de programas do governo do PT sergipano. A Secom diz que o governo do PT “enfrenta com coragem o drama do déficit habitacional”. Mentira! Todos os programas habitacionais em curso no estado são patrocinados, financiados e mantidos pelo governo federal. Até o programa “Sergipe Minha Casa” (criado no ex-governo), que substituía casebres de taipa por casas de alvenaria, foi cancelado no ano passado. Não obstante, a entrega entre 2003 e 2006 de quase 10 mil unidades nos municípios com menor IDH. A Secom diz que o governo do PT “em nenhum momento deixou de prestar assistência às pessoas que estavam no local”. Mentira! Conforme os próprios invasores testemunharam, somente no dia anterior à desocupação do Brisa Mar uma equipe da secretária Ana Lúcia Menezes (Inclusão Social) esteve no local. Cadastrou famílias, mas nada acertou quanto ao abrigo pós-desocupação. Para amenizar os efeitos da dantesca selvageria promovida por sua Tropa de Elite, o governo do PT alojou de última hora os desabrigados em galpões do Estado. Por que, então, permitiu a invasão uma área pública se fazia parte do plano de desocupação alojá-las provisoriamente? A resposta é simples: tal “plano” simplesmente não existia. Foi criado um tapa-buraco, visando remediar o estrago à imagem. A Secom encerrou a nota garantindo que o governo do PT “não abrirá mão do dever de preservar o patrimônio dos sergipanos”. Espera-se apenas que para cumprir o intento o governo das mudanças para pior não volte a usar o cassetete como argumento ao convencimento. Pega mal. Muito mal! Por incompetência ou omissão, a responsabilidade pela baixaria ocorrida no sábado é toda e tão somente do governo do PT. Doa a quem doer!
. Os Oportunistas Nas vezes em que o povo pobre acaba vítima do poder desmedido e excessivo, sempre surgem os espertinhos com aquele apetite voraz para aparecer de bons-moços. Dois deles deveriam manter-se caladinhos. O primeiro é o líder do governo na Assembléia, Francisco Gualberto. Semana passada, armado com um facão, o deputado petista saiu em perigosa perseguição a um atabalhoado, chato e rouco sindicalista por conta da eleição do sindicato dos professores da prefeitura de Aracaju. Apelidado de Ninja, Rambo e até de Chuck Noris de São Cristóvão, Francisco Gualberto é o próprio símbolo do excesso desmedido, da violência gratuita, da insânia, do poder luxurioso. Ele a defender um governo marcado pela truculência policial só aumenta os prejuízos à imagem de ambos. O segundo é o radialista-deputado tampão Gilmar Carvalho. O outrora implacável defensor dos frascos e comprimidos amansou, serenamente. Talvez ressabiado pelas dezenas de processo e condenações judiciais por calúnia e difamação – além, claro, do óbvio esforço para resguardar a própria pele, afinal depende do governador Marcelo Déda para seguir deputando. Desta feita, o governador de plantão não foi chamado pelo Cão-Cão de “frouxo” – que o diga Albano Franco. Por hora, Gilmar Carvalho fica satisfeito apenas com a demissão do comando da PM e fica tudo resolvido. Também, para “sorte” do governo do PT, ele não disse que “vivemos um desgoverno”, nem que temos “um governo acovardado, acuado pela incompetência”. Em certas ocasiões, o silêncio é a melhor das virtudes...
.
Tonho Leite Revoltado
O ator, publicitário e empresário Antônio Leite distribuiu ontem artigo com o ponto de vista dele quanto à derrubada dos bares da Praia de Aruana. Pelo conteúdo bombástico, publico o texto completo:
  • CAPRICHOS DO PROCURADOR É inusitada a peleja travada entre comerciantes da Paia de Aruana e Ministério Publico Federal de Sergipe. A sociedade sergipana assistiu perplexa e assustada o desfecho dessa injusta querela. Diversos atores sociais, principalmente jornalistas, manifestaram-se na imprensa as suas indignações contra o absurdo que se configurou numa das mais arrogantes investidas daquele poder que, em nome de defender a sociedade, acaba se voltando contra ela. Mas alguns fatos precisam ser esclarecidos, para que a população entenda o que é que existe de pano de fundo nesta história e que a outra parte jamais irá contar. Em 2000, após uma reunião festiva em uma mansão nas dunas da Aruana, casa da americana Caroline, com a presença de algumas figuras importantes de vários poderes, interessados na valorização da área, ficou decidido acabar com os bares da praia naquela localidade. Orientados, criaram uma associação de moradores para provocar o Ministério Publico Federal. A partir desta data, o procurador Paulo Jacobina iniciou um processo, com uma postura pessoal e no mínimo estranha, chegando em reunião com vários órgãos, inclusive com o prefeito de Aracaju, na época João Augusto Gama, o procurador dirigiu-se a mim de maneira agressiva e disse: “Eu vou derrubar o seu bar”, no caso o Botequim.bom.br. Criando, entre os presentes, uma situação vexatória, um sentimento de constrangimento. Não fosse a turma do deixa disso com o tradicional: calma Jacó, que é isso Jacó, deixa disso Jacó, pro home se aquetá, eu teria tomado uns catiripapos. O professor Jorge Carvalho levantou e disse em meu ouvido “cuidado Tonho Leite o homem é faixa preta”. Aí é que eu tremia de medo: o homem babava de raiva, na sala dele, e faixa preta. Eu ia apanhar e muito. Por diversas vezes o procurador repetiu esta cena, não somente comigo, mas com outros companheiros donos de bares da Aruana, com virulência, criando um ódio, uma obsessão. Alegava o Sr. Paulo Jacobina que se tratava de área de preservação ambiental. Por coincidência, concomitante com a tenaz resistência do procurador, no que se refere à Aruana, várias mansões foram construídas em dunas por todo litoral sergipano, inclusive na própria Aruana, que hoje possui um prédio de 12 andares e um condomínio da casas nas dunas em frente aos bares que foram derrubados. Na verdade a idéia era demolir os bares deixando a área livre para novos empreendimentos. Este argumento de que os bares estavam invadindo uma área de preservação ambiental, é querer subestimar a inteligência da sabedoria. O IBAMA, que em principio dizia ali ser área de preservação, reconheceu em documento, no decorrer do processo, não ser mais aquela era área de preservação, depois da construção da rodovia. Por que será que o Ministério Público Federal considera os Bares da Aruana como uma ocupação ilegal, uma agressão ao meio ambiente, e não enxerga situações berrantes, verdadeiros escândalos como o Bairro Jardins e o seu Parque Tramandaí, as mansões nas dunas na Praia do Saco, os grandes bares das praias da Sarney, e recentemente o Hotel Star Fish, que construiu uma piscina dentro do mar, além de diversas construções sem o menor respeito ao meio ambiente? Por que sempre dois pesos e duas medidas? A quem interessa a retirada dos bares da Aruana? Qual o benefício para a sociedade, seja de ordem econômica ou ambiental? Qual o beneficio para os pais de família que dali tiravam o sustento?. É isto que o Ministério Público Federal quer? Tenho certeza que não. Tenho certeza que nas suas atribuições não constam atitudes prepotentes desta natureza. Tenho certeza que não permite sadismo de membros diante do choro de oprimidos perdedores. Gargalhadas em contraponto com uma profunda tristeza. Os últimos bares destruídos pelas maquinas do Ministério Publico Federal, protegido por forte esquema policial, Bombeiros, armas de grande potencia da Policia Federal, eram bares considerados dos mais equipados da orla de Aracaju. E eu pergunto: quem vai pagar o prejuízo? Apelo para que o Ministério Público Federal, órgão do qual a sociedade sempre espera lisura em seus julgamentos, reveja este processo e corrija este ato de injustiça cometido por alguns dos seus membros. Seria uma forte demonstração de grandeza que a sociedade saberia muito bem enxergar no órgão que ela tem como seu maior protetor. Antônio Leite Proprietário do Botequim.Bom.BR

Terça-feira, 10/06/2008 – Ano II – Edição 272 Um Ninho Para Albano Franco
Cada eleição tem sua história. A máxima já tornada popular é seguida à risca por Albano Franco. Tão difícil quanto encontrar o líder tucano num mesmo palanque em eleições seguidas é vê-lo decidir antecipadamente (e para valer) a quem de fato apoiará num pleito. Candidato à reeleição em 1998, Albano Franco surpreendeu o planeta quando se aliou a Jackson Barreto. Não obstante a fraqueza moral de quem viveu a emporcalhar a imagem da família Franco por quase um quarto de século e depois rendeu-se a “Rede Cabaú”, a composição revelou até onde o grão-tucano é capaz de ir para manter-se influente. Após um período de recomposição com o então PFL, indicando Fabiano Oliveira para vice-governador da chapa de João Alves Filho em 2006, Albano Franco agora flerta com o PT. A engenharia política não é simples: onde o PSDB tiver mais chances, o PT indica o vice-prefeito e vice-versa. Nas conversas com Albano Franco, Marcelo Déda deixa transparecer muitas incertezas. O deputado tucano também está determinado a só subir nos palanques do PT e aliados se puder emplacar algumas prefeituras e outros petiscos. O caso de Aracaju é o mais emblemático. Albano Franco já conversou com todo mundo. Agora, as asas do tucano pendem para as bandas de Edvaldo Nogueira. Tudo, porém, ainda depende de Marcelo Déda. Mas não será surpresa se até as convenções Albano Franco simplesmente partir para outro ninho, que lhe assegure o esperado conforto... . Passe Mais Caro Caso João Alves Filho resolva revirar de cabeça para baixo o pleito de outubro, apresentando a si mesmo como candidato, a orientação da Executiva Nacional do PSDB é de apoiar a candidatura do ex-governador. A decisão foi noticiada ontem ao radialista-deputado tampão Gilmar Carvalho pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra. Ainda esta semana, ele volta a conversar com Albano Franco sobre as eleições de outubro. Segundo Sérgio Guerra, Fabiano Oliveira deveria ser o candidato do partido a prefeito de Aracaju. Como não aceitou entrar na disputa, o apoio vai para o DEM, que mantém com o PSDB uma aliança em nível nacional. Sendo a “orientação” para valer, Marcelo Déda terá de redobrar os encantos visando conquistar os tucanos. O passe fica mais caro!

Segunda-feira, 09/06/2008 – Ano II – Edição 271 Com o Umbigo
A sanha voraz pela destruição pura e simples parece estar no cerne da derrubada dos bares da Praia de Aruana. A metodologia usada para “preservar a área” embute um sofisma: nada haverá em substituição ao que existia! Trata-se de uma lógica dantesca. Destrói-se o que bem ou mal servia e para substituí-lo o vazio de idéias. Os “empresários”, trabalhadores (agora desempregados) e a comunidade recebem como herança os cascalhos ainda não recolhidos. Nenhum projeto de preservação ou lazer resgatará o rescaldo. Estariam incluídos na “área de preservação” os condomínios de luxo de frente para o mar onde tantos poderosos encontram a paz? A pista a beira-mar (em frente ao Tecarmo) também será destruída para repor a praia virgem de dez anos atrás? E o Banho Doce, terá um dia o glamour e a privacidade de outrora? Infeliz da civilização cujos pretensos promotores do bem-estar comum pensam com o umbigo. “Não Contabilizadas” O governo que prometia mudanças realiza um faz de conta com os números da dengue. A imprensa paraestatal – por razões óbvias! – e a imprensa mouca fingem acreditar na epidemia controlada. A Secretaria Estadual da Saúde simplesmente sonega os reais números de casos e vítimas fatais da doença. Desde quando Delúbio Soares inventou as finanças “não contabilizadas” para justificar o caixa dois da campanha do compadre-presidente Lula da Silva e posteriormente o mensalão, omitir passou a ser regra juramentada nos governos petistas, para encobrir mazelas e evitar vexames. Os casos de dengue e os óbitos “não contabilizados” podem acobertar a incontestável verdade. Mas não há como resguardar a frustração daqueles que esperam por mudanças e só as encontra para pior! Vide os noticiosos do rádio e TV. Eles falam por si... Epidemia de Violência A Secretaria de Segurança Pública a muito perdeu o controle. Vive-se uma epidemia de violência cujo resultado é estarrecedor: 510 assaltos a ônibus até sábado passado. O número superou faz tempo todas as ocorrências de 2007. O governo do PT gasta uma fortuna com propaganda no horário nobre das emissoras de TV para se promover. É Tudo uma farsa muito bem montada. Depoimentos “comprados” endossam o inexistente. A realidade do dia a dia é completamente outra. Não há combate real à violência. Até quando o governador Marcelo Déda vai se permitir ignorar a epidemia de violência? Será que o caos da dengue nada ensinou ao governo do PT sobre como agir preventivamente para evitar uma catástrofe? Discursos tão belos, ações constrangedoramente pífias. É muito triste!