DE FESTA À SAÚDE PÚBLICA, SÓ DÁ “SÃO” ANDRÉ MOURA
A classe política anda num descrédito danado, e não apenas por causa da Operação Lava Jato, responsável por desnudar as desvirtudes de muita gente até então considerada o suprassumo da decência. Há uma sensação geral – não sem razão, diga-se – do declínio do homem público, cada vez mais raro de se ver na persona do estadista, do político com olhar acima do comum.
Sergipe viveu tempos estranhos, para citar o comunista Eric Hobsbawm, nos quais as forças políticas passaram a digladiar-se permanentemente. Os interesses maiores foram legados a um segundo plano, em detrimento de questiúnculas eleitorais diuturnas. O PT de Mula Lava Jato e de Marcelo Déda – e parte da oposição, frise-se – foi o responsável por tamanho prejuízo.
Em 2016, quem não lembra, a campanha de Edvaldo Nogueira patrocinada por Jackson Barreto elegeu como vilão André Moura. O deputado, à época líder do governo na Câmara dos Deputados e hoje alçado à liderança governista no Congresso Nacional, foi tratado com requintes de crueldade. Agora, Sergipe inteiro o enxerga como a ponte para a salvação, incluindo os citados acima.
De verbas para festas [Areia Branca, Estância, Aracaju], passando por ações na saúde pública [Odontologia da UFS/Lagarto; hemodiálise em Estância], na retomada de obras paralisadas desde o século passado [BR-101, BR-235, Aeroporto de Aracaju] à entrega de mais de 2 mil casas populares [Tobias Barreto e Estância], só dá André Moura. A louvação ao deputado o tem alçado às alturas.
São André Moura, o santo milagreiro de Sergipe, mostrou-se um político acima da média. Fosse por muitos que o cercam, trataria os adversários – aqueles que o mimaram com requintes de crueldade, sobremodo – na mesma medida. O deputado pensa diferente. “Amo Sergipe e vou, sim, aproveitar minha posição privilegiada para trabalhar pelo nosso povo”, diz às escâncaras.
É bom saber que ainda haja políticos com espírito público, mesmo que se saiba que não há ponto sem nó bem apertado na política. André Moura, líder nato, certamente trabalha com o coração aberto e a alma livre de ressentimentos, mas é o preço que se paga quando se sonha alto, muito alto.