** Mensalão & Cia **
O PT tem seu “Garganta Profunda”, quem diria...


Por David Leite | 12/12/2012 | 06h45
Anotem: o que já está péssimo, pode piorar ainda muito mais...
Em sua edição de ontem, o Estado de S. Paulo trouxe reportagem na qual Marcos Valério diz que fez repasses para pagar despesas pessoais de Mula da Silva (veja detalhes na reportagem exibida ontem pelo Jornal Hoje, com link publicado abaixo). O operador do mensalão teria decidido abrir o bico com o objetivo de diminuir a pena aplicada pelo STF – mais de 40 anos de reclusão.
No finalzinho da quente tarde de verão, foi a vez de Carlos Cachoeira abrir a boca. Ao deixar o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, após obter na Justiça um habeas corpus (veja link abaixo), o requintado bicheiro afirmou que o PT sabe que ele é o “Garganta Profunda daquele partido, referência ao fato de deter muitas, imensas, tremendas, desconcertantes... informações.
Para quem não sabe, apesar de ser título de um famoso filme pornô de 1972 – agora até considerado cult, aliás! –, Garganta Profunda (ou Deep Throat, em inglês) vem a ser o codinome pelo qual ficou conhecido o dedo-duro que provocou a renúncia de Richard Nixon. Agente da CIA, ele repassava informações aos jornalistas do diário Washington Post sobre os planos do então presidente dos EUA para destruir, sem pejo, os rivais do Partido Democrata. Escândalo que ficou conhecido mundialmente como “Caso Watergate”.
Por plagas de Macunaíma, a sina das estrelas do PT parece ser resplandecer sempre de modo escandaloso...
Como se não bastasse Madame Rosemary Nóvoa Noronha, a Rose (amante, rapariga, nêga ou quenga de Mula da Silva – fica a nominação ao critério do distinto público) ter sido recentemente indiciada na operação Porto Seguro da Polícia Federal por corrupção, tráfico de influência e falsidade ideológica, após ter sido pega agindo (direta e descaradamente) no escritório da Presidência da República em São Paulo, agora vêm esses ex-cupinchas exibindo-se aos holofotes da “imprensa golpista”.
Claro está que Marcos Valério e Carlos Cachoeira, após as brutas condenações judiciais – o segundo, a 39 anos de cadeia –, tentam trazer à ribalda midiática suas mágoas com petista nutridos e bem cevados, essa turma que os abandonou à própria sorte, em busca de reduzir suas penas e desconfortos. Coisa de gente canalha, que quer melar o docinho de quem se deu bem? Talvez! Mas convenhamos, nada como assistir excrementos sendo atirados ao ventilador para ver em qual ponto da parede eles vão respingar...
Mula da Silva que dê seus pulos, pois a sujeira se acumula em entulhos!
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VAMOS COMPARTILHAR, GENTE...
Amigas e amigos, VAMOS COMPARTILHAR este material... Quanto mais gente souber desta história, melhor será para o Brasil! O país precisa se recompor e reencontra-se com a moralidade no serviço público e com os bons costumes na política: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=289866867801516&set=a.257253954396141.60341.257247247730145&type=1&theater

** Polêmica do ProInveste **
Bomba de efeito retardado – e choro, muito choro

Por David Leite | 11/12/2012 | 12h05
O tal do ProInveste ainda embrulha o bucho de certos articulistas políticos. Ontem mesmo, choroso nas cantilenas pró-governo do PT, o jornalista Gilvan Manoel (Jornal do Dia, em 9/12) fez queixas ao modo como a Assembleia Legislativa sergipana conduziu a votação dos projetos de obtenção do financiamento.
Para Gilvan Manoel, "o discurso de que os projetos provocariam um maior endividamento do Estado, podendo inviabilizar futuras administrações, é meramente político". Rápida pausa para comentar: e o jornalista queria o quê? Que a discussão na Alese fosse movida por que outros intentos, que não os "meramente políticos"?
Oposição serve para se opor, quando acha que haverá prejuízos para a maioria do povo. E no caso do ProInveste, apenas um dos projetos – aquele que financiava R$ 167 milhões para a redução da dívida do Estado com a União – teria, de fato, o mérito de ajustar as falidas contas da gestão de Marcelo Déda. Os demais, serviriam como auxílio luxuoso a um governo preguiçoso e leniente, disposto a mover-se apenas se as facilidades o empurram à frente...
Foi um erro não aprovar esse item? Sim, talvez! Mas essa desculpa forjada por Gilvan Manoel de que, "na verdade, o objetivo (da oposição, com as recentes investidas) é asfixiar o governo Marcelo Déda em tudo que for possível, apenas de olho em 2014", soa como grande patifaria jornalística.
Não consta que Gilvan Manoel tenha tido o mesmo comportamento (em defesa da "causa"), criticando Mula da Silva e Marcelo Déda, quando, com vistas a "foder" – foi esta a palavra usada pelo então presidente da República para definir o que pretendia – a gestão de João Alves Filho (2003/2006), estes honrados camaradas impediram que o Governo de Sergipe realizasse empréstimos dentro e fora do Brasil, não obstante serem todos eles legais e estarem dentro da capacidade de endividamento.
Qual era a intenção meritória de Mula da Silva e Marcelo Déda à época? Bem, a eleição (2006) e reeleição (2010) do atual governador são pontos eloquentes a confirmar a máxima de que, "os fins justificam os meios". Mas percebam: trata-se do tipo de atitude apenas aceitável se deflagrada pela turma do PT. Ao menos, é o que me faz crer Gilvan Manoel com sua lamúria jornalística.
Mas quem imagina que Gilvan Manoel parou por aí, tem a madorrenta chance de vê-lo escrever outra aberração: "A decisão da Assembleia Legislativa de Sergipe sobre o ProInveste, seguindo orientações do senador Eduardo Amorim, surpreendeu políticos de outros Estados que admiravam a capacidade dos políticos sergipanos em se somarem sempre que os interesses de Sergipe estavam em jogo." Que políticos foram estes? Gilvan Manoel não diz...
Mas aposto uma rodada de Seleta com caju doce que o cabra bom não mente. Gilvan Manoel só não teve a devida coragem de dizer quem são os tais cabras, pois devem ser todos ligados ao governo do PT – aqui e em Brasília! Até porque, verificando a história, como já afiancei, foi o PT, por meio de Mula da Silva e Marcelo Déda, que iniciou esta fase de "Terra Arrasada", de "foder" a gestão de políticos de oposição, em função de interesses eleitorais – João Alves Filho e tantos outros oposicionistas que o digam...
Assim, melhor faria o jornalista Gilvan Manoel se voltasse o jeitoso choro para outras plagas. Quem sabe, poderia ele derramar suas muitas lágrimas para cobrar a finalização das obras ainda não concluídas em Sergipe pela gestão de Dilma Rousseff – velha e surrada promessa de campanha de todos os petistas caras-pálidas.
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PS: Não é apenas Gilvan Manoel que se lamuria por conta da não aprovação do ProInveste. Contraditoriamente, Jozailto Lima, que durante os últimos 60 dias escreveu quatro artigos tingindo de dúvidas a real necessidade do financiamento, hoje resolveu bandear-se para o lírico...
O poeta-jornalista sergipanizado afirma na Cinformando desta semana que "a política errou". Então, por osmose, errou ele também em todas as suas querelas anteriores, porquanto punham a população (e os deputados) a pensar sobre as vantagens do ProInveste. Ou seria, de fato, um falso arrependimento? Solerte na busca de ficar bem na foto, faria o cujo um debute de bom-moço, num momento em que Marcelo Déda e cia choram – muito, aliás! – com a perda da boquinha?
Bem, o camarada Jozailto Lima é mais que jeitoso. Porém, até onde me consta, tem ele vergonha na cara – ou tinha, ao menos!

Aos amigos, minha gratidão...
Clique na foto para ampliar.

Domingo, 09 de Dezembro de 2012 | 13h15 | Livros
Futuro, o amanhã – O que a ciência nos reserva?

Por David Leite
Fascinante... assim pode ser resumido o livro do professor estadunidense da Universidade de Nova Iorque Michio Kaku, físico teórico e cocriador da Teoria das Cordas. Em “A Física do Futuro – Como a ciência moldará o destino humano e o nosso cotidiano em 2100”, ele trata menos de ciência e mais de comportamento, o que vem a ser algo incomum para alguém do seu status...
A eloquência simples, porém embasada de Michio Kaku, instiga a não parar de ler o livro, sobretudo pela inteligente forma como foi concebido, a partir da relação entre filosofia – devemos lembrar que até o século XVIII, filosofia era assunto para físicos, matemáticos e científicos em geral – e tecnologia: usos e costumes associados...
Quem imagina ler um livro chato, verá o professor Michio Kaku (mais conhecido pelas constantes aparições em programas de TV da BBC, Discovery e History channel) num exercício sensato de futurologia, tendo como base o que está em estudo, em desenvolvimento ou já sendo aplicado – ainda que de modo insipiente – nos maiores e mais sofisticados laboratórios mundo afora.
O futuro do computador, a inteligência artificial, a interação homem-máquina, a biogenética, a conquista do espaço, o fim da eletricidade em oposição ao magnetismo, novas fontes de energia com ênfase na fusão de partículas, o futuro da educação... esses, dentre outros, são os temas tratados de modo, por vezes, irônico, mas com a elegância dos grandes mestres.
Um passeio pela ciência do século XX e suas consequências para daqui a 50 anos, 100 e até mais. Michio Kaku mostra que os avanços científicos podem dar ao homem mais tempo de vida, com aparência jovem. Por outro lado, ao mesmo tempo questiona como usar esses novos poderes de maneira a evitar que a preguiça e a leniência impeçam o surgimento da “sociedade planetária”.
Este, aliás, é o ponto que mais me chamou a atenção para a visão de futuro de Michio Kaku: como os novos poderes tecnológicos influenciarão para que a nossa “perfeição” não resida no aprimoramento genético, mas no aprimoramento do caráter. O objetivo final seria encerrar o ciclo de selvageria que tanta violência tem deflagrado, seja por conta do fundamentalismo religioso, do preconceito ante à diversidade, do sectarismo, da intolerância...
Como bem lembra o professor Michio Kaku, “A natureza humana não mudou muito nos últimos 100 mil anos, mas agora temos armas nucleares, químicas e biológicas para acertarmos velhas contas”.
Por fim, diz Michio Kaku que esta é mais importante geração humana que já pisou sobre a Terra, porquanto tem a importante tarefa de decidir que rumo tomaremos: se vamos nos destruir, numa hecatombe nuclear, ao persistir no modelo de sociedade primitiva, dividida entre pobres e (abastadamente) ricos; ou se vamos avançar, para construir um mundo melhor para a maioria absoluta dos seres humanos, valorizando sobretudo o conceito de democracia, no mais extremado dos seus significados: a convivência com o contraditório, com o diferente de nós!
E para haver o culto aos valores democráticos, ensina Michio Kaku, devemos cultivar a educação de qualidade, a fim de preparar a humanidade visando este novo ciclo de mudança social e política. Diz ele: “A forma mais garantida de intensificar o debate democrático, vigoroso é a educação, pois somente um eleitorado educado pode tomar decisões a respeito de tecnologias que determinarão o destino da nossa civilização”.
Podemos resumir numa palavra todo o discurso de Michio Kaku: sabedoria! A humanidade vai precisar dela, se quiser chegar às estrelas um dia... e se quiser manter-se viva. Reformar o sistema educacional decadente, para enfrentar os desafios do futuro, deve ser a meta de todos os governos. A chave para a verdadeira democracia – um sistema imperfeito, certamente, mas até agora o menos pior dentre os já experimentados – é um eleitor esclarecido, dotado de sabedoria, informado e bem preparado para enfrentar um debate que se dará ao longo deste século, chegando até o longínquo ano de 2100, quando já seremos parte humanos, parte frutos da tecnologia – que avança a passos largos!
Uma leitura que vale a pena...

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Veja palestra com o físico Michio Kaku no Museum of Science, em Boston / Massachusetts, proferida em 23 de março de 2011, tratando sobre o livro – material em inglês, ainda sem tradução (legendas)... 


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Serviço

A Física do Futuro
Autor: Kaku, Michio
Editora: Rocco
Categoria: Ciência Exatas / Física
Páginas: 415
Preço: R$ 59,50

Resumo: Um dos principais autores de divulgação científica atualmente, o físico Michio Kaku prevê o progresso científico da humanidade até 2100 em A física do futuro. Sustentado por mais de 300 entrevistas com os mais importantes cientistas do mundo, o livro derruba os mitos e confirma as previsões futurísticas que têm chances de se tornarem reais. Os relatos são divididos por períodos e em campos distintos do avanço científico e tecnológico – como a computação, a inteligência artificial e a medicina. Além de revelar o que o futuro nos reserva nessas áreas, Kaku tece uma importante reflexão sobre as perdas e ganhos dessa aventura.