Sexta-feira, 15.02.2008 - Ano II - Edição Número 224

UMA NOVA “MICARETA PICARETA”?
Os shows do fim de ano na praia de Atalaia podem chafurdar a sagrada imagem de probidade do prefeito comunista Edvaldo Nogueira. Ontem, em entrevista ao “Comando Geral” de Augusto Júnior na RÁDIO JORNAL, Lucimara Passos Lindeberg, presidente da Fundação Cultural de Aracaju (Funcaju), confirmou os estratosféricos valores pagos pela Prefeitura de Aracaju para comemorar a chegada de 2008. Seria uma nova “Micareta Picareta”?
Por enquanto, sabe-se apenas sobre os inacreditáveis cachês destinados a cobrir despesas da roqueira Rita Lee (R$ 350 mil) e da sambista Beth Carvalho (R$ 198,4 mil), publicados no DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO (26.12.2007). Detalhe: tudo foi pago com dinheiro vivo e antecipadamente. A senhora Lindeberg justificou a diferença garantindo ser os preços de shows “normais” diferentes dos de datas festivas, caso da passagem do ano. Mas o argumento foi detonado ontem mesmo pelo jornalista Carlos Batalha, ao vivo no programa “Batalha na TV” da TV CIDADE/TV CAJU.
Fingindo ser um empresário disposto a contratar as mesmas artistas para shows fictícios em Maceió, localidade até mais distante que Aracaju, Batalha obteve preços extremamente menores. Na conversa com o jornalista, o empresário da Poladian Produções, José Antônio, disse que Rita Lee poderia tocar no Dia das Mães na capital alagoana por R$ 130 mil de cachê + 22 passagens São Paulo/Maceió/São Paulo + o caminhão-baú que transporta o equipamento usado no show + hospedagem, alimentação. Tudo ficaria em pouco mais de R$ 160 mil. No caso de Beth Carvalho, o cachê seria de R$ 45 mil + 18 passagens Rio/Maceió/Rio e os extras (caminhão, hospedagem, alimentação), conforme disse a Batalha o empresário da Música e Mídia Produções, Afonso Carvalho, responsável pelos contratos da artista. O preço final do show seria de aproximadamente R$ 75 mil.
Se as peripécias com o reveillon das cantoras-vovós chocam pela gritante diferença nos preços dos cachês, indignação maior causa o combinado com o artista baiano Ivo Gato, contratado para criar, produzir e aplicar a decoração natalina nas ruas de Aracaju. Conforme o DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO (27.12.2007), a prefeitura desembolsou a bagatela de R$ 650 mil pelo trabalho do rapaz. Detalhe: sem licitação! Não desconsiderando o talento de Gato, além de tratar injustamente os artistas plásticos de Sergipe, com um cachê tão bem nutrido como esse, a prefeitura poderia trazer os mais premiados criadores da tradicional Beija-Flor, a escola pentacampeã do carnaval carioca, cujos adereços são admirados no mundo inteiro.
O líder da oposição na Assembléia, Venâncio Fonseca, já avisou: dona Lucimara Passos Lindeberg deve reunir a documentação que detalha todos os gastos com os festejos do Natal e Ano Novo custeados pela Funcaju porque será convocada a explicar-se já na segunda-feira vindoura, quando recomeçam os trabalhos legislativos. A convocação é necessária, pois não estão incluídos nos gastos até agora tornados públicos os custos com palco, som, luz, hospedagem, alimentação e deslocamento pela cidade da trupe de artistas e auxiliares. Sem falar de despesas outras, como os valores recolhidos ao Ecad, produção...
Juntando tudo, a comemoração da chegada de 2008 pode ter consumido mais de R$ 1 milhão e 500 mil dos cofres públicos municipais. Uma farra digna das mudanças apregoadas!
Talvez estejamos a enxergar apenas a ponta de um imenso iceberg dessas estripulias de campanha do prefeito-candidato Edvaldo Nogueira. A farta distribuição de grana às associações comunitárias para trazer de volta à vida o carnaval de Aracaju, por exemplo, ainda é um mistério.
Como a Polícia, o Ministério Público e a Justiça ignoraram a famosa “Micareta Picareta”, a impunidade parece ter instigado os comunistas do PC do B a agir igualzinho aos aliados do PT, que usaram o dinheiro da Prefeitura de Aracaju para impulsionar a candidatura a governador de Marcelo Déda, com a antecipação vergonhosa da propaganda eleitoral do então ainda prefeito, conforme denúncia da revista VEJA (10.05.2006), e que ficou por isso mesmo. Assim, de grão em grão...
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PS: E por falar em festa, quanto afinal vai custar o projeto Verão, que reúne muito mais artistas e tem infra-estrutura desdobrada entre o Mercado Central (Rua da Cultura) e a praia de Atalaia, e envolve além dos shows atividades desportivas? Vem bomba por aí!

Quinta-feira, 14.02.2008 - Ano II - Edição Número 223

ROBERTO LESSA
Foi com profunda tristeza que recebi a notícia da morte do jornalista Roberto Lessa, enterrado ontem à tarde. Ex-companheiro de Rede Jornal, amigo de longos e inesquecíveis papos regados aos tintos chilenos mais concorridos no prestigiado LeCappiattii; jornalista paradoxal, que fazia das letras um jogo a ser decifrado pelos leitores. Roberto Lessa era persona intensa. Amava a vida em cada fôlego, “como se não houvesse amanhã”. Por ela foi tragado como objeto quase psicodélico: queria brilhar, sempre! E este conjunto de personalidades conflitantes e ao mesmo tempo harmonizadas fez dele alguém especialmente singular, que fará muita, muita falta! Caríssimo amigo Roberto Lessa, descanse com os anjos! DL//
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TODA ADULAÇÃO TEM SEU PREÇO
As irregularidades na compra de alimentos para alunos da rede estadual, tornadas públicas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Sintese), tumultuam a boa vida do governador Marcelo Déda. Sintoma maior é a ordem dada por ele ao secretário, magnífico professor José Fernandes Lima, para que adiasse as programadas férias e retomasse o controle da situação. As graves denúncias do Sintese sobre estranhos desencontros, digamos assim, nas contas do Programa Nacional de Alimentação Escolar apresentadas pela Secretaria Estadual de Educação, apontam o superfaturamento de preços e a utilização de recursos do Tesouro estadual para a compra de alimentos, apesar de ter sobrado R$ 1 milhão e 200 mil dos repasses feitos à SEED pelo Ministério da Educação destinados exatamente para tal finalidade. Com a descoberta desta “economia”, cai por terra o tal do “economismo” divulgado pelo Governo do PT como obra sacrossanta da administração Marcelo Déda. Economismo, segundo o blog PENSANDO ASSIM, é como foi batizada a onda de economia usada pela Comunicação estadual para disseminar a crença de que as compras no ex-governo eram bem mais caras do que agora. Diz um trecho do relatório do Conselho de Administração Escolar (CAE): “Comenta-se na imprensa que o Governo do Estado teria conseguido realizar uma economia significativa, com a redução de preços. Não é bem assim. O Estado de Sergipe pagava por coxa e sobrecoxa de frango mais de 76% do valor efetivamente devido, mesmo considerando o preço mais elevado do pregão promovido pela UFBA. Na mesma linha, seguia o peito de frango”. A inusitada coragem do Sintese ao contrariar mais uma vez o leniente governador Marcelo Déda, denunciando os desmandos praticados pelo governo do PT agora na área da Educação, contrasta sobremaneira com a postura covarde, submissa e cautelosamente “zelosa” do jornal CORREIO DE SERGIPE. Na manchete de capa da edição de ontem, como se para evitar atritos ou aperreios, o diário comete um desatino jornalístico-gramatical: “MPE vai investigar supostas denúncias de irregularidades na merenda escolar”. Como assim? Seriam supostas as denúncias referendadas pela unanimidade dos integrantes do CAE, inclusive com o voto da representante do próprio governo do PT? Imaginem: se denúncias oficializadas são “supostas”, que pensará o jornal sobre o escabroso teor das irregularidades? Melhor nem cogitar! A sofreguidão adulatória parece ter contaminado de vez o indulgente CORREIO DE SERGIPE, que para eximir-se, tal qual Pilatos, chega ao ponto de abusar da estupidez, da ignorância lingüística a fim de evitar qualquer mínima reclamação da realeza petista, agindo como “garoto de recados” visando abrandar estripulias do governo da mudança já sobejamente escancaradas! Ninguém merece... .
CORAÇÃO ENAMORADO
O PT tem um modo muito peculiar de tratar quem considera um estorvo. Dia desses, o clima Na Fundação Cultural de Aracaju (Funcaju), órgão da Administração Municipal, era de quase condolências. Os nervos afloravam à pele desde que se soube por lá que a Petrobrás, a principal financiadora dos eventos promovidos pela Prefeitura de Aracaju, depois dela própria, havia entrado na Justiça com uma ação de indenização de mais de R$ 400 mil por causa da não divulgação da marca “Petrobrás” nos anúncios do Forró-Caju 2007. Talvez, devido ao imbróglio, os festejos juninos da Capital neste ano não sejam exatamente como pretende o aliado do PT, prefeito Edvaldo Nogueira Foguinho. Outro vacilo da Funcaju, que deixou Foguinho de cabelos em pé, é não ter pegado carona na mídia nacional da Secom estadual para divulgar o Projeto Verão de Aracaju. O governo do PT fez publicar anúncios na mídia de Salvador, Rio e São Paulo, mas apenas dos eventos realizados por ele em Itaporanga e Pirambu. Entretanto, comentam as más línguas, Edvaldo já teria “esquecido” a falta de interação na fundação. Ele teria por lá interesses mais que meramente administrativos...

Terça-feira, 12.02.2008 - Ano II - Edição Número 222

AS PERIPÉCIAS DE ELOÍSA GALDINO
Mês passado, para demonstrar com desconcertante categoria como emporcalhar o prato em que já aplacou a gula, o CORREIO DE SERGIPE publicou “entrevista” (20.01.07) com a secretária estadual de Comunicação Social, Eloísa Galdino, onde, sem ouvir o “outro lado”, o insosso jornal trazia na manchete de página: "Secom desperdiçava dinheiro público". Não é gozação, não! O bate-papo começou com a secretária expondo em detalhes como teria encontrado a Comunicação no início do governo de Marcelo Déda: “Por ali habitavam práticas administrativas precárias, o caos, os gastos sem planejamento, o desperdício de dinheiro público, a desordem. Muita gente nomeada e sem nenhuma função administrativa e assessorias de comunicação desarticuladas”. Inexplicavelmente, o CS perdeu uma imensa chance de questionar madame Galdino sobre quando ela pretende devolver aos cofres públicos o valor gasto com a viagem do carro oficial que foi apanhá-la e a acompanhantes no aeroporto de Salvador, no retorno das merecidas férias no início deste ano. Também não a questionou sobre a estranha reforma paga pela Secom no imóvel de número 05 da Rua José Oliveira Filho, conjunto Leite Neto, ao custo de R$ 206.980,01 – apesar de a casa em questão valer no mercado imobiliário no máximo R$ 200 mil. Segundo a desinibida jornalista Thaís Bezerra (JORNAL DA CIDADE, 27.01), especialista em mexericos, o imóvel teria sido alugado por R$ 1.300,00/mês – alugueis de construções similares na área custam no máximo R$ 800,00 – e serviria de abrigo para um certo “projeto Mídia Jovem”, sonho pessoal da secretária. Sem citar nomes, madame Galdino disse ainda na esquisita “entrevista” que a comunicação governamental agora é tratada como “um direito do cidadão e dever do Estado, e não para beneficiar esse ou aquele grupo”. Naturalmente, ela deveria estar falando sobre os cidadãos marcianos, já que recentemente o jornal O ESTADO DE S. PAULO lhe pediu informações quanto aos gastos com viagens internacionais feitos em 2006 pelo governo da mudança e madame Galdino ligou os ouvidos de mercador e deu de banda para a centenária publicação. Também sobre este tema, não foi questionada pelo desinteressado CORREIO DE SERGIPE. Depois de “arrumar a casa” e aplicar a marca petista na Secom, com direito a “mudanças simples” como realizar “uma licitação inédita no Brasil, sem a ocorrência de um ruído sobre a seriedade e a transparência do processo”, madame Galdino terá daqui em diante de refazer conceitos, “respeitando as idiossincrasias” das opiniões discordantes, para tentar manter de pé a tão decantada seriedade da licitação comandada por ela no ano passado, cujas irregularidades, para ficar numa palavra amena, foram desprezadas não apenas pelo CS, mas por todos os demais órgãos de imprensa sergipanos. Aos fatos: A carioca PPR – Profissionais de Publicidade Reunidos, primeira colocada na licitação da Secom, deixou de apresentar a Certidão Conjunta de Débitos Relativos a Tributos Federais e a Dívida Ativa da União (desacordo com o item 5.1.3 do edital). Foi inabilitada! No momento em que se deu o problema, um dos membros da comissão recebeu uma ligação no seu celular para tratar do assunto, fato confirmado por representantes de outras empresas presentes ao certame. Não se sabe quem teria sido o interlocutor, mas sem qualquer explicação plausível, a Comissão Especial de Licitação resolveu de pronto rever a inabilitação, antecipando uma justificativa pela manutenção da PPR na “concorrência”. Detalhe: sem que a própria empresa tivesse feito neste sentido um pedido formal por escrito à comissão, como obriga o edital. A seriedade da licitação de madame Galdino cai por terra quando se observa a falta de isonomia no tratamento das concorrentes. Por exemplo, a Comissão Especial de Licitação desclassificou a empresa CCA - Comunicação e Propaganda por chegar 10 minutos depois da hora marcada no edital para abertura das propostas. Mas permitiu à distinta e poderosa PPR, com os times já em campo, inserir um documento estranho – exatamente a certidão que havia motivado a inabilitação – ao envelope lacrado, entregue antecipadamente pela empresa. Somente a PPR teve tamanho prestígio. Em outra fase do processo (item Proposta Técnica, envelope “B”), as empresas Insight Propaganda e Marketing, SLA Propaganda e Daniel do Valle Assessoria e Publicidade foram desclassificadas. A Insight teria descumprido o edital ao não datar ou numerar as peças e ainda ter grampeado as folhas da proposta. A SLA caiu por não ter datado e numerado sequencialmente cada peça da proposta. Já a Daniel do Valle manteve a assinatura da empresa numa das tabelas de custos e também foi inabilitada. Depois, generosamente, a comissão voltou atrás e reconsiderou a desclassificação. Alegou que seria “melhor para o Estado selecionar a proposta mais vantajosa”, mesmo que esta decisão fosse frontalmente contra as regras do edital. Era mais uma permissividade a atentar contra a retidão da licitação. Tratou-se aqui, por enquanto, apenas sobre alguns dos muitos “furos” observados em uma licitação santificada pela obsequiosa Secretaria de Estado da Comunicação Social, sob a égide da bem intencionada Eloísa Galdino. Como, ao que parece, o propósito de escolher as empresas de propaganda que realmente interessavam ao governo do PT foi devidamente cumprido, o resto que se dane! Assim, a cada dia, a “seriedade”, a “transparência”, a “economia do dinheiro público”, o “zelo pela comunicação governamental” ensejados como fatos meritórios pelo governo da mudança no CORREIO DE SERGIPE parecem existir apenas nas palavras autocomemorativas de madame Galdino publicadas pelo risível jornal. E assim caminha a humanidade...

Segunda-feira, 11.02.2008 - Ano II - Edição Número 221

A BOCA TORTA E O CACHIMBO DE DÉDA
A propalada transparência na licitação para a publicidade e propaganda do governo do PT, conduzida pela obsequiosa Secretaria Estadual de Comunicação, pode ser na verdade o próximo cachimbo a entortar a boca do governo Marcelo Déda. Aos poucos, observam-se detalhes conflitantes a permear as empresas importadas “vencedoras” do certame – PPR Profissionais de Publicidade, do Rio de Janeiro, e Link/Bagg, da Bahia. Curiosamente, como se possuidora de contatos com o além ou ligada a poderosos místicos, a agência Quê Comunicação, ganhadora em novembro último de 40% da conta de publicidade do governo da mudança, já estava instalada em Aracaju desde 31.01.07, sob o CNPJ 05.411.322/0005-70, cujo titular é a PPR (Profissionais de Publicidade Reunidos). A empresa, segundo evidências, pode ter prestado consultoria informal à Secom desde então, enquanto a licitação, paralelamente, era conduzida. A fama da Quê/PPR no submundo das espertezas contra o erário público vai longe. Segundo auditoria do Tribunal de Contas da União feita na Petrobrás, “a agência teria recebido indevidamente honorários por serviços que em momento algum foram efetivamente prestados”. Outras irregularidades citadas no relatório do TCU contra a Petrobrás, envolvendo a Quê/PPR, são a "subcontratação indevida, ausência de cotações de preços e licitação, fracionamento de despesa e realização de despesas com festividades". Numa daquelas coincidências conspiratórias, os fatos narrados no citado relatório ocorreram exatamente à época em que estava no comando da Petrobrás o sergipano José Eduardo Dutra. Outra infeliz coincidência: a Quê/PPR é unha e carne com a corrente petista “Articulação”, do presidente Lula da Silva, do “chefe da quadrilha” José Dirceu e do governador Marcelo Déda. A empresa presta serviços, digamos assim, a várias administrações petistas (especialmente em São Paulo) e a empresas do governo federal, como os Correios. Aliás, é justamente nos Correios onde o TCU vasculha novas e inusitadas tramóias da Quê/PPR. Um relatório muito esclarecedor está sendo finalizado pelos auditores do tribunal. A Link/Bagg, por sua vez, tem uma fraterna ligação com a DNA Propaganda do carequinha Marcos Valério, aquele bom moço do mensalão, que segundo o Grande Molusco “nunca existiu”. Ambas atuaram juntas em várias “concorrências” e “campanhas” do interesse do PT. Recente auditoria do TCU nos Correios verificou que a Link/Bagg “recebeu comissão sem prestar serviços, não justificou a terceirização de agências por ela sublocadas e apresentou propostas fraudulentas para comprovar a subcontratações de produtos e serviços”. Soa como repetição das mesmas contravenções cometidas pela Quê/PPR na Petrobrás. Mas aqui não há coincidência. O TCU crê num provável esquema engendrado em larga escala em vários órgãos da administração pública onde empresas de publicidade são usadas para fins muito específicos. E não apenas a federal! . Velha Conhecida – A Link/Bagg trabalhou para Marcelo Déda em 2000, na eleição que o levou à prefeitura de Aracaju. Serviu-o quando prefeito e depois trabalhou nas suas campanhas de reeleição à prefeitura e ao governo. No caso da Secom de Sergipe, a Comissão Especial de Licitação, ao analisar os documentos apresentados pelas agências concorrentes, detectou a falta da imprescindível Certidão Conjunta de Débitos Relativos a tributos federais e também a referente à Dívida Ativa da União da Link/Bagg. Declarou, então, a empresa inabilitada, ou seja, fora da licitação. Não valeu de nada! Como acabou vencedora do certame, a dita certidão deve ter sido devidamente “encaminhada”, ainda não se sabe como! Com tal rosário de incúrias a chamuscar as agências Quê/PPR e Link/Bagg, só resta pedir aos Céus que elas não se utilizem da renomada experiência em ilicitudes para seviciar os cofres públicos sergipanos, atendendo interesses comezinhos! Supondo, claro, que já não o tenham feito desde que aqui aportaram. É esperar e ver para qual lado a fumaça vai apontar... .
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MAMAS OU NÃO, MOFIO?
Em 19.11.07, o DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO publicou o decreto de nomeação do vestuto e zaratustro “faz-de-tudo” Zoroastro Penha Sant'Anna para o cargo de consultor técnico-operacional (CCE-07: R$ 2.279,49/mês) na Secretaria de Saúde, a partir de 01.12.07. Dez dias depois da suposta posse, o jornalista baiano-carioco-paulistano, radicado em Sergipe desde quando foi exilado pelos conterrâneos, escreveu seu “Adios muchachos” (Portal INFONET, 11.12.07). Era, para desespero dos credores e satisfação de certos desiludidos ex-amigos, o tchau do distinto. Mudava-se para o Sudeste! Escreveu ele na missiva do adeus: “...o fato é que resisti às oportunidades de trabalho para mudar de Sergipe, preferi ficar para fazer parte da mudança de Sergipe. Entretanto, agora não posso deixar de atender à convocação do Ministério da Cultura para assumir a Assessoria de Análise e Pesquisa de Programação da TV Brasil, nossa emissora pública, no Rio de Janeiro, onde acabo de chegar”. A pergunta que não quer calar: estaria o primo da fofoqueira Bernadete a mamar sem trabalhar, recebendo salário do governo mudancista do PT, que tão lisonjeadamente ajudou a eleger? Alguém por acaso viu o decreto de exoneração do rapaz?