MARGINAIS, APENAS MARGINAIS
Ai, ai, lembro de Luiz Eduardo Costa e de Eduardo Oliva a escrever loas intelectuais por causa do sórdido ataque de fascistas da direita – sim, há os fascistas da esquerda também, como o finado Fidel Castro [que o Inferno o tenha] – por ocasião do sepultamento do ex-senador Eduardo Dutra. Para quem não se recorda, uns vigaristas distribuíram panfletos difamatórios contra o político petista na porta do cemitério, em meios a familiares e amigos. Um descalabro! Ambos os jornalistas chiaram, sofreram, talvez até tenham intimamente chorado…
Ontem, o Brasil inteiro – e boa parte do mundo desportivo – vivia a dor da perda da delegação da Chapecoense, de colegas meus da imprensa, além da tripulação de um avião sinistrado na Colômbia. Enquanto isso, sem pejo ou respeito ao luto coletivo, uma cambada de maloqueiros patrocinados pela CUT, PT e PC do B fez de Brasília uma praça de guerra, em protestos contra a PEC 55, criada para evitar que governos irresponsáveis, como os do PT, apoiados pela CUT e pelo PCdoB, gastem além dos valores arrecadados, a fim de evitar às gerações futuras assumir a conta pela ganância política alheia.
Não sou contrário a quem quer que seja protestar! Gritar é humano, e a tal PEC 55, assim como a reforma da Previdência, é matéria cujo debate é bem-vindo, mas no campo das ideias. Destruir patrimônio público e privado, vandalizar e promover quebra-quebra são ações do banditismo político e não da verdadeira política. Essa cambada fascista da esquerda, ainda chorosa e inconformada com o fim do desgoverno dos golpistas do dinheiro público, quer impor sua agenda no grito, na irracionalidade, na mão grande! Só cadeia, para acalmar esses pulhas…
Será que Luiz Eduardo Costa e o professor Eduardo Oliva escreverão loas intelectuais contra esses imorais e indecentes? Dirão, conforme fizeram no passado – com toda razão, aliás –, que é preciso respeitar os mortos e a dor de familiares, amigos e, neste caso, de toda uma torcida? Dirão os nobres colegas que esse tipo de atitude é reprovável em todos os seus aspectos e que, protestar é direito, mas dentro dos limites da civilidade e do respeito ao próximo? Talvez, não! Talvez Luiz Eduardo Costa e Eduardo Oliva até achem que os marginais estão certos, porque esquerdistas. Talvez, talvez, talvez…
Meus sentimentos às famílias enlutadas, aos amigos que agora choram a dor da perda de pessoas amadas, e aos torcedores e simpatizantes do Chapecoense. Que a falta de respeito de uns poucos canalhas não destoe do sentimento dos brasileiros civilizados: descansem em paz, camaradas!





A DANAÇÃO DA “REVOGAÇÃO” DO IPVA
O notório desgoverno do festivo Jackson Barreto é um verdadeiro “mangue”, marcado pela esbórnia administrativa, pelo caos fiscal e pelo [ab]uso da máquina pública para fins políticos. Para além disso, dois recentes episódios exemplificam a extremada incompetência gerencial, quase sempre atribuída aos desmandos de terceiros, jamais do próprio desgovernante. Vejamos…
Na quinta-feira (17), Cristian Oliveira, presidente do Ipes Saúde, informou que mais de seis mil servidores municipais de Aracaju deixariam, no dia seguinte, de ser atendidos pela autarquia por falta de pagamento pela prefeitura. Quatro dias depois, o desgovernador revogou a decisão. Por baixo dos panos, críticas ao presidente do Ipes Saúde, que teria agido sem consultá-lo.
Já na quarta-feira (23), foi publicada no Diário Oficial uma portaria alterando o calendário de pagamento do IPVA. A chiadeira foi geral, sobretudo porque o desgovernador Jackson Barreto havia negado em entrevista à TV Sergipe qualquer mudança no prazo de concessão de desconto para veículos comuns, apenas para os de locadoras com contratos com o próprio desgoverno.
Nesta sexta-feira (25), a medida foi revogada e Jackson Barreto, amiúde, alegou ter o secretário da Fazenda Jeferson Passos publicado a portaria sem seu conhecimento. Aliás, diz o secretário de Comunicação Sales Neto, que o calendário deve ser o mesmo de 2016. O desconto de 10%, entretanto, ocorrerá somente para quem pagar em janeiro, independente da numeração da placa.
Ou seja, fica [quase] tudo no mesmo... Santa danação!