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Sexta-feira,
03 de Fevereiro de 2012 | 12h30 | Eleições 2012
¿Por
qué no te callas?
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Do
espanhol, significa “Por que não te calas?” – a frase foi
pronunciada pelo rei Juan Carlos de Espanha, dirigindo-se ao
presidente venezuelano, o aprendiz de ditador comunista Hugo Chávez,
durante a XVII Conferência Ibero-Americana, realizada em Santiago do
Chile, no final de 2007.
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Dizem
os antigos, a palavra é de prata, mas o silêncio é de ouro!
A sabedoria popular, por vezes tão desprezada pela intelligentsia,
tem encantos prolíficos nos adágios como o citado – a tal da
hipótese do ouvir, como símbolo máximo da capacidade humana de
aprender com os acertos e erros alheios.
A
filosofia e a sociologia – e, mais recentemente, a psicologia
social – têm estudado o tema por milênios, realidade a dispensar
comentários extras neste escrito, porquanto o foco aqui são as
recentes declarações – e não o silêncio! – de políticos como
o governador de Sergipe Marcelo Déda e o prefeito de Aracaju Edvaldo
Nogueira.
O
primeiro, após a deletéria incursão da Polícia Militar contra fãs
de Rita Lee durante o “Verão Sergipe” na Atalaia Nova, sábado
passado, motivo para a reação verborrágica destemperada,
intempestiva e plenamente dispensável da artista, veio a público
afiançar que não mais pretende processá-la para reaver o cachê
pago pelo governo estadual. Palavras sábias de Sua Excelência
Marcelo Déda, visando talvez a corrigir o ausente silêncio anterior, sem dúvida resguardado pelo “calor do momento”...
Já
o prefeito comunista de boutique, investido da autoridade do
falastrão incontinente, arrazoado nutrido por quem durante anos a
fio incitou greves e a condenação pública dos poderosos de plantão através de discursos inflamados e colóquios de bastidores, hoje, estando no lado contrário do balcão, ressente-se por não ter
conquistado a afeição de servidores públicos, aliados
e sobremaneira da população.
Não
foi ao acaso, portanto, a adução por Edvaldo Nogueira de contraponto (feita ao
www.universopolitico.com)
ante as palavras de João Alves Filho acerca da incompetência
gerencial dele, cujo corolário resume-se em
sentido amplo inversamente proporcional à frustração de cometer
uma pífia gestão, talvez por lhe faltar aptidão técnica para a tarefa ou, quem sabe, apenas por simples
desapego ao esforço de elucubrar – a propaganda que faz sobre a
própria gestão parece ter contaminado o prefeito!
Diz
o comunista de boutique: “Ele (o Negão) foi o maior improvisador
que já existiu aqui. Inclusive, João Alves Filho é um vendedor de
ilusões”. Diante da realidade factual a confirmar a falência plena do “projeto” de Edvaldo Nogueira
para fazer de Aracaju a capital brasileira com melhor qualidade de
vida, atacar o adversário (ex-governador), atribuindo-lhe responsabilidade direta
pela própria má gestão, seria, em última instância, a
melhor opção para livrar o braço da seringa...
Na
contramão, contudo, pesquisas indicam ser tamanho o
descrédito do prefeito que, agindo ele calçado nas
Sandálias da Razão, deveria a partir de agora elogiar o Negão. Talvez assim, munido da imensa antipatia popular que
possui, pudesse Edvaldo Nogueira ser mais bem sucedido na
tarefa de desgastar a imagem de quem hoje desponta como preferido do povo de
Aracaju – em todas as classes sociais, diga-se!
Enfim,
como sugerido no título deste repasto: na falta do que falar, "¿Por qué no te callas?"