QUEM NÃO AGUENTAR QUE SE MATE!
Sempre diligente com a boa notícia, o colega Diógenes Brayner tem fontes seguras na política, e uma delas lhe pôs no caminho uma casca de banana. Em análise sobre a quebradeira – o termo correto é esse – do governo sergipano [no Plenário do FaxAju de hoje], um dos integrantes da equipe econômica que assessora Belivaldo Chagas “desenhou [ao jornalista] um quadro interessante, de uma melhora que muitos já percebem”.
Isso é fato, mas o governador fez pouco para isso – quase nadica de nada! Agora, a grande piada mesmo, a gozação que tenta-se fazer com a cara do eleitor, vem adiante, quando “a fonte” diz que “Belivaldo Chagas pegou Sergipe em ‘estado terminal, entubado em um leito da UTI, respirando, comendo e ‘descomendo’ por sonda. Um quadro triste e de complicada recuperação’”.
Isso também é fato, mas faltou esclarecer que o próprio governador tem culpa nessa insolvência financeira, ora bolas! Belivaldo Chagas foi levado em 2006 pelas mãos do então senador Antônio Carlos Valadares a integrar esse projeto de poder que, graças a essas figuras – incluindo-se aqui os dois piores governadores da história sergipana, Marcelo Déda e Jackson Barreto –, atrasou Sergipe em 50 anos.
Pois é, não há perspectiva de petróleo e gás, energia eólica e quaisquer outras ações de geração de emprego e renda – para as quais Belivaldo Chagas não moveu uma única palha, nem mesmo com orações a Nossa Senhora Santa'Ana, padroeira de Simão Dias, frise-se –, que possibilite resgatar Sergipe dessa letargia econômica, havendo uma única certeza: os próximos dez governadores vão gerir um Estado fraco, absolutamente combalido na saúde fiscal.
Espera-se, contudo, que Belivaldo Chagas ao menos consiga estabilizar a dívida pública e reduzir os gastos, sobremaneira os afeitos à folha dos servidores efetivos e comissionados, sem falar na perigosa situação previdenciária, que pode levar a Administração Pública à quebradeira total. Do jeito que vai, se nada fizer, vai figurar na galeria onde hoje estão as vestais do PT e MDB.
Vida que segue...





O QUE DIZ E POR QUE DIZ JAIR BOLSONARO
Nas palavras do filósofo Eduardo Jardim, “é preciso estudar esses discursos [pronunciados pelo nosso amado presidentO] e, especialmente o da ONU, com olhos abertos e sem preconceitos”. Ele é um dos acadêmicos ouvidos por O Globo em reportagem que analisa 147 falas de Jair Bolsonaro, cujo resumo geral está nesta primeira foto ao lado e nas duas abaixo.
Analisados em detalhe, chega-se à conclusão de que o discurso oficial do mandatário da Nação gira ao redor das mesmas palavras e ideias, muitas usadas durante a campanha [eleitoral de 2018, já que ele permanece em campanha] e voltadas para sua base eleitoral, mas, também, a um mundo conservador que vem crescendo.
Em comunicação – quem é do meio sabe disso – a repetição é fundamental. Muitos políticos ainda não entenderam que apenas umas poucas palavras e ideias são suficientes para formar conceitos no inconsciente coletivo. Neste sentido, Jair Bolsonaro faz direitinho o dever de casa.
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Leia na fonte: https://oglobo.globo.com/brasil/o-presidente-bolsonaro-em-dez-horas-47-minutos-de-discursos-23982241.