Sexta-feira, 11 de Setembro de 2009 – 19h15

Leia Nesta Edição:

>>Chiquinho Ferreira Não Tira o Negão da Cabeça

>>A Velha Dorminhoca da Palestra do Negão e a Vagabundagem Insossa do Palhaço Cláudio Nunes

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Chiquinho Ferreira Não Tira o Negão da Cabeça

Chiquinho Ferreira é um profissional diversificado. Já defendeu Albano Franco (assessor da Saúde), João Alves Filho (adjunto da Comunicação) e agora, secretário-adjunto de Carlos Cauê (Comunicação), tem a ingrata missão de “explicar” o governo da mudança para pior, sob o comando de Marcelo Déda.

Chiquinho Ferreira talvez esteja enferrujado ou quem sabe já não possua a mesma disposição de outrora para resguardar a imagem do chefe maior. Ontem ele gaguejou diante do deputado Venâncio Fonseca. O líder da oposição não perdeu a oportunidade de ironizar.

Num debate radiofônico, Chiquinho Ferreira comentava uma informação dada pelo deputado e usou na justificativa o slogan do primeiro governo do Negão: “Contra fatos não há argumentos”. Venâncio Fonseca deu o tiro de misericórdia: “Veja Chiquinho, mesmo agora defendendo Déda, você não consegue esquecer o governo de João Alves”...

Aliás, Chiquinho Ferreira deveria fazer uma faxina completa nos esgotos da Secretaria de Comunicação e livrar-se dos “ratos” de rádio. Os ouvintes já não suportam os mesmos murídeos a mamar do leite quente governamental desde a gestão do jornalista André Barros, criador do “departamento de ratos” estatal. Prestaria um grande serviço.

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A Velha Dorminhoca da Palestra do Negão e a

Vagabundagem Insossa do Palhaço Cláudio Nunes

A senhora da foto abaixo é bastante conhecida nos escritórios privados e repartições públicas do Centro Comercial. Frequenta tais ambientes em busca de uns trocados para manter-se de pé. Bate “ponto” diariamente na Assembleia.

Ontem não foi diferente. Ao tentar entrar na galeria pública ao lado do plenário legislativo ela foi barrada. Após rápida discussão, a segurança permitiu a entrada.

Cansada de guerra por despossuir tetas onde possa mamar confortavelmente, a pobre mulher sentou-se para descansar e meio minuto depois já estava no terceiro sono. Pelas lentes do prestativo fotógrafo César Oliveira, e graças à vagabundagem de Cláudio Nunes, comandante do Diário Oficial Eletrônico do governo estadual (Portal Infonet), a imagem da pedinte foi usada (sem autorização dela, frise-se) para reforçar a campanha de “marketing” governamental apelidada nos meis políticos de “Operação Neguinho”. Leia a “análise” produzida por Cláudio Nunes:

Palestra tão conhecida que deu sono...

Nas galerias várias lideranças políticas do interior e ex-secretários e assessores dele. Alguns populares foram chamados para a palestra, mas pelo jeito não estavam nem aí, ou já conheciam o discurso. Na foto César de Oliveira, uma mulher cochilando durante a palestra ontem.

A “Operação Neguinho” foi engendrada pelo “publicitário” Marcelo Déda com o objetivo de desmoralizar e constranger seu principal adversário político. Engloba ações patrocinadas com dinheiro público na mídia e táticas de guerrilha nos bastidores (veja os textos “O Zabumbeiro e os 40 Mamadores” e “A TV Alese Sumiu” logo abaixo).

A “análise” da palestra do Negão feita hoje pelo lisonjeador Cláudio Nunes é até o momento o exemplo mais galhofeiro a comprovar quanto o desespero de uns gera destempero moral e idiotia em outros...

Para quem como Marcelo Déda se acha uma liderança espertamente inteligente e detentora de elevado coeficiente intelectual, o governador deveria cercar-se de assessores melhor qualificados. Investidas estúpidas e sem suporte na realidade factual, a exemplo da do pateta Cláudio Nunes, solapam a “Operação Neguinho”, que assim correria um sério risco de naufragar na praia.

Enquanto Cláudio Nunes baba (ou mama?) os bagos do chefe sem deixar escorrer uma gota de saliva, tentando provocar com a melação estridentes risos na plateia, o que se ouve são os murmúrios típicos de um pré-apupo! Nem em circo de quinta categoria seria possível encontrar palhaço tão vagabundamente desqualificado...

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Novo Domínio

Estamos de domínio novo. Agora ficou mais fácil indicar o ABRA-O-OLHO aos amigos e colegas: www.abraoolho.com.br.

Quinta-feira, 10 de Setembro de 2009 – 19h45

>> O Zabumbeiro e os 40 “Mamadores”

>> O Deputado Babador

>> A TV Alese Sumiu

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O Zabumbeiro e os 40 “Mamadores”

A história é antiga. Um cara chamado Ali Babá tinha 40 inseparáveis companheiros. Edvaldo Nogueira nem de longe se aparenta com o moço malévolo das “Mil e Uma Noites”. Entre ele e o famoso larápio há apenas uma interessante semelhança: o número de parceiros reunidos numa recente empreitada...

O “secretário” Edvaldo Nogueira sabe agradar o chefe dele como poucos. Já mandou até tirar faixas de rua de um evento em homenagem a um desafeto do patrão. Semana passada, ele aprontou de novo. Desta feita contra quem anda a incomodar Marcelo Déda.

O almoço organizado na sexta-feira 04/09 pelo Zabumbeiro com os 40 “mamadores”, plenamente usado, abusado, requentado e re-requentado durante uma semana inteira pelo Adulatório Estatal aboletado na imprensa, era apenas uma das muitas ações do “marketing” governamental --a “Operação Neguinho”-- contra sua principal ameaça política.

Já sabemos, as tetas da máquina administrativa da Prefeitura de Aracaju foram mamadas sem escrúpulos para divulgar o rega-bofe pré-eleitoral e também para repercutir a tal “nota de solidariedade” ao choroso prefeito de Poço Verde, Tonho de Dorinha. Não seria surpresa se o banquete no qual se decidiu o bombardeio ao adversário também tivesse sido financiado pelas mesmas mamas.

Se assim o foi, outra característica a unir Ali Babá e o prefeito zabumbeiro afloraria das sombras: usar o dinheiro alheio para bancar homéricas farras!

Brindemos à mudança...

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O Deputado Babador

Estava eu sem entender o silêncio público do deputado Jackson Barreto quanto à abusada recomendação do ex-mandatário para os prefeitos “mamarem” os benefícios do governo até o ano vindouro, quando as composições eleitorais começam a valer.

O elétrico deputado possui uma língua nervosa. Não perde qualquer mínima oportunidade de fazer de um limão uma limonada na bajulação rouca a Marcelo Déda. Calado assim? Por quê?

A explicação talvez esteja na quilométrica ficha corrida do probo Jackson Barreto, através da qual, pode-se concluir, seja ele um especialista em “mamadas”.

Como o deputado, a julgar pela carrada de processos no STF, supostamente mama com tal volúpia e profissionalismo que não deixa escorrer nem uma única gotinha do leite quente, tratar sobre tema tão rijo poderia provocar-lhe uterina excitação.

Ao bem do coração (e da decência), melhor calar...

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A TV Alese Sumiu

A mãe do acaso pariu nos braços do presidente da Assembleia, Ulisses Andrade, um rebento rechonchudo. Uma inesperada pane nos equipamentos da TV Alese tirou a emissora legislativa do ar horas antes da palestra de João Alves Filho, agendada para hoje de manhã.

Apenas 15 deputados, cerca de 50 amigos fieis ao ex-governador e os funcionários do legislativo estadual assistiram a apresentação sobre “Aquecimento Global e a Crise Mundial da Água”. Quem quis ver a palestra pela TV encontrou só chiados.

Ao “saber” de tão estranha circunstância, Ulisses Andrade cobrou os reparos para restabelecer o sinal ainda hoje. Ao convidado, garantiu a reprise da palestra “o mais breve possível”.

Aliado de primeira hora do governador das mudanças para pior, Ulisses Andrade nem precisou aderir à campanha de “marketing” engendrada por Marcelo Déda para abafar a imagem do adversário maior custe o que custar. Em seu socorro, o irmão mais moço do acaso veio à luz!

Santa coincidência. Amém...

Dúvida deste incauto escrevinhador, sem qualquer traço de piada: em qual horário mesmo (e quando) o nobre deputado Ulisses Andrade planeja exibir a reprise inédita da palestra do Negão? Pergunto pois adoro zapear madrugada afora!

Domingo, 06 de Setembro de 2009 – 18h55

Racismo ou Apenas Vício Exacerbado?

Murmúrios de “esconjuro” de meia em meia hora, reforçados com o sinal da cruz a cortar a face nos quatro ângulos. Batidas na madeira várias vezes ao dia. Rezas de joelhos sob milho pisado. Macumba, feitiços... O adulatório oficial aboletado na imprensa de Sergipe, bancado com dinheiro público para manter sempre lustrada a imagem de Marcelo Déda, está apreensivo.

Não ocorre ao acaso a enxurrada de ataques contra João Alves Filho, especialmente através do Jornal do Dia, Diário Oficial do governo Marcelo Déda. A razão para tanto alvoroço vem do resultado da última pesquisa de opinião pública, realizada e publicada pelo Cinform (31/08), a confirmar a tendência de polarização entre o governador das mudanças para pior e o ex-mandatário.

Afinal, essa turma do barulho já percebeu: a eleição de 2010 não será “aquele passeio”, conforme se imaginava.

A avassaladora máquina de guerrilha montada pela Secretaria de Comunicação para minar os anseios políticos de João Alves Filho até tentou abafar. Mas os programas “jornalísticos” do rádio matutino não puderam ser plenamente contidos. Acabou nos ouvidos do povo o fato de Marcelo Déda ter usado o termo “neguinho” para menosprezar o adversário.

Na sexta-feira 28/08, o governador tentou se defender da grave acusação de racismo feita por Democratas: “A expressão ‘Negão’ é usada pelo próprio ex-governador como um nome promocional de campanha. Tenho raízes negras (...) Certas práticas que assentam em outros, não assentam comigo”. A declaração buscava encerrar o “caso”. Ouça a negativa do governador (clique > abaixo).

Dado a inebriar-se com doses cavalares de vaidade antes de subir aos palanques, Marcelo Déda simplesmente “esqueceu”, numa espécie de amnésia seletiva­, do discurso pronunciado em Glória (14/05), na inauguração do recapeamento asfáltico da rodovia entre Itabaiana e Canindé, apelidada por ele de “Rota do Sertão”. Ouça o momento no qual o governador faz referência a João Alves Filho e seus três mandatos de governador com o termo “neguinho” (clique > abaixo).

“Neguinho” pode ter várias conotações, quase todas sempre muito carinhosas. É geralmente usado no trato entre amigos e familiares, não importa se brancos, amarelos ou negros. Porém, como empregado por Marcelo Déda em seu discurso, cujo personagem-alvo era o Negão, torna-se depreciativo, porquanto busca diminuir o adversário.

Não enxergo na “definição” feita pelo governador traços de racismo. É apenas uma overdose de cinismo, reação típica a afligir viciados em vaidade pura, como Marcelo Déda. Com a “droga” a lhe percorrer as veias, o governador quase sempre está num “estado alterado de consciência”. O real adentra o surreal! Se “crime” houve, foi o da mentira descarada, agora desmascarada.

Ao faltar com a verdade, quando deveria somente lamentar-se por uma bobagem dita em palanque, Marcelo Déda apenas reafirma sua crença de que Sergipe seja repleto de idiotas, todos crédulos contumazes dos seus encantamentos poéticos. O que ele diz está dito...

Apesar de ter tido acesso à gravação acima publicada, a imprensa de Sergipe simplesmente ignorou o fato por razão peremptória: garantir o sustento mínimo, porquanto, sem as verbas do governo estadual (e da Prefeitura de Aracaju) muitas empresas de comunicação deixariam de existir –que o diga o Jornal do Dia.

O secretário Carlos Cauê já deixou claro. Quem não encampar o seu projeto de “comunicação política” será encaminhado sem lamúrias ao cadafalso. Alguém arrisca?

Por outro lado, a camarilha aboletada na imprensa, especialmente os jornalistas disfarçados de “analistas políticos”, nada podia comentar. Estavam todos ocupados com a execução da “Operação Neguinho”, cujo objetivo é acuar o adversário e provocar reações adversas no eleitorado, cada vez mais balançado. Alea jacta east...