“AMO CAPELA, MAS VOU COM JAPARATUBA!” – OU... O DANADO DO SUKITA É UM SUJEITO MUITO CAPAZ! CAPAZ DE TUDO

Um amigo, proprietário de um instituto de pesquisas com atuação em vários municípios sergipanos, com quem sempre debato sobre a política local, vez por outra me renova as informações quanto a eleição para prefeitos, em outubro. Japaratuba está entre minhas curiosidades e, pelo andar da carruagem, tudo indica que o ex-prefeito de Capela, Manoel Messias Santos, vulgo Sukita, vai tentar a sorte como candidato a prefeito daquela municipalidade.
Para quem já esqueceu, Sukita é aquele cabra eternamente maquiado que sacou na boca de um caixa do Banese cheques no valor [somado] de quase R$ 1 milhão, de uma conta corrente da Prefeitura de Capela, faltando uns poucos dias para encerrar o seu mantado, em 2012.
Por causa desse estripulia, ele acabou preso. Ficou um tempo no presídio e, agora solto, resolveu “atacar” em duas frentes políticas: lançar candidata a prefeita de Capela a sua esposa, Silvany Yanina Mamlak, também presa numa operação da Polícia Federal que investigava crimes de lavagem de dinheiro [público] surripiado de contas da prefeitura capelense, que eram abastecidas com verbas federais; e lançar ele próprio candidato a prefeito de Japaratuba.
Segundo as más-línguas, na verdade a candidatura em Japaratuba faria parte de um “plano econômico” urdido pela mente satânica de Sukita com o único objetivo de forçar o atual prefeito japaratubense, o famoso “rei do gado” Hélio Sobral Leite – a alcunha se deve ao pendor dele pela pecuária leiteira –, a fechar um acordo “politico” que lhe permita financiar a campanha da esposa [em Capela] sem tirar do próprio bolso.
A teoria da conspiração faz sentido, dado que hoje Sukita se diz um homem quebrado, pois usa o “pouco” que ainda lhe resta para pagar caríssimos advogados e, assim, manter-se bem longe da cadeia, por causa dos vários processos judiciais por improbidade administrativa aos quais responde. Pela trama, se Hélio Sobral topar o acordo com Sukita, este retira a candidatura e obrigaria o grupo político mantido por ele em Japaratuba, pequeno mas organizado, a apoiar a candidatura do prefeito.
Hoje, no programa do jornalista André Barros [FM Liberdade, Aracaju], a vereadora do Democratas de Capela, Érica Santana, pré-candidata do partido à sucessão naquele município, triturou o velho Sukita. Disse tudo e mais um pouquinho sobre o danado...
Ouçam um resumo da entrevista [abaixo]. O povo de Japaratuba vai saber, por exemplo, que Sukita é “casado” com Capela e pretende usar Japaratuba como amante. Vai saber também em que condições o ex-prefeito deixou as contas públicas daquela cidade e o perigo que qualquer cofre público sofre quando ele está por perto.
Como se ouvirá, Sukita é um danado muito capaz… capaz de tudo!

“CEMUS” O QUARTO (NO) PODER! – OU A “CONVERSA (A)FIADA” DO ILUSTRE PAULO HENRIQUE AMORIM
Quase 550 páginas separam capa e contracapa no caudaloso “O Quarto Poder – Uma Outra História”, escrito pelo jornaTista* Paulo Henrique Amorim (PHA). Resenhar um livro em poucos parágrafos é tarefa para gênios. Tentarei “resumir” a obra – aliás, “obra” era como minha falecida avó Dona Caçula chamava uma defecação.
A primeira impressão é a de que PHA acha o leitor um completo idiota. Mais adiante explicarei por quê.
O livro começa com um esboço do surgimento do rádio no Brasil e a opção tanto deste quanto da iniciante televisão pelo modelo “comercial”, de influência norte-americana. A crítica ao modelo se dá em duas frentes: a opção por um conteúdo não-educativo e a influência do capital sobre a programação.
Até esse ponto, PHA faz firulas, ataca o PIG – o Partido da Imprensa Golpista – e fala dos conspiradores, essa gente sórdida que ao longo da história política do Brasil só pensou em golpe. Trata-se de um preâmbulo para chegar ao “golpe” [de sorte para o País, no meu pensar] contra nossa amada GovernAnta, por ora dispensada das funções de presidente da República.
O livro é um rosário contra a direita golpista e pura louvação aos santificados próceres da esquerda, tendo o notório Mula Lava-jato à frente, absolutamente todos bem-intencionados e mal compreendidos. Sarrafos dialéticos e chibatadas metafóricas são dispensados aos energúmenos ditadores militares, ao esperto Tancredo Neves, ao malvado José Sarney, em Fernando Collor e, sobretudo, contra o nefasto Fernando Henrique Cardoso, o demônio mentor do Plano Real.
Paulo Henrique Amorim tem um malvado de cabeceira, digamos assim: Roberto Marinho! Capítulos inteiros são dedicados ao jornalista, proprietário de O Globo. Histórias peludas e muita dilaceração dos “serviços” prestados – e bem-remunerados – pelo “Cidadão Kane” dos trópicos aos homens do poder, desde 1964 até o leito de morte, quando “faltou”. O líder do PIG tem companhias, mas todas secundárias – os Mesquitas, os Frias, os Nascimento Brito… –, de acordo com o jornaTista.
Como disse mais acima, a primeira impressão que me passa “O Quarto Poder – Uma Outra História” é a de que PHA acha o leitor um completo idiota, que será fácil de enrolar se passando por alguém dedicado a expor verdades absolutas. Talvez ele ignore, mas o respeitável público ficou estarrecido ao saber de algo absurdo, mas o absurdo não existe quando se fala em governos petralhas.
Pois bem, Mula Lava-jato e a GovernAnta repassaram aos jornalistas Paulo Henrique Amorim e Luiz Nassiff, grandes defensores do PT e críticos dos adversários políticos do partido, sobretudo do PSDB, um nadica de R$ 8,3 milhões entre 2004 e 2015. Semana passada, Michel Temer mandou fechar a torneira. O jornaTista PHA perderá, até o fim do ano, R$ 865 mil em patrocínios de estatais e ministérios. Nada mau, hein?
Independente do nosso PHA ser um danado que ganha uma bolada milionária para manter um blog fajuto na Intenet e um canal meia boca no YouTube, usados para desancar os divergentes aos que lhe remuneram tão regiamente, “O Quarto Poder – Uma Outra História” é um livro com narrativa interessante sobre os bastidores da TV e, sobretudo, do jornalismo praticado no Brasil. Não diria que vale os quase R$ 45,00 pagos por ele, mas vale alguma coisa, sim. Há momentos hilários, até porque o vexaminoso PHA tem certa veia humorística, para inglês ver.
Leiam-no com um olho no santo outro na missa…

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(*) – Neologismo cunhado pelo malicioso colega César “Brahma” Gomes, para definir um jornalista/petista de carteirinha; maioria nas redações e no serviço público.

Citações imperdíveis…
Sobre Sergipe – O “Relatório Link” (1960/61), do geólogo norte-americano Walter K. Link, sugeriu começar a exploração do petróleo no Brasil pelo litoral do Estado de Sergipe. A família Franco é citada por deter a concessão de duas emissoras de TV, justamente as com maior audiência no Estado.
Sobre Delfim Neto – “Se Delfim me ligar, diga que eu estou cagando”. A frase está atribuída ao jornalista austríaco, naturalizado brasileiro, Frederico Heller, num momento qualquer em 1974, durante a discussão sobre planejamento econômico no governo.
Sobre a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão – “Tudo que alguém precisa para ser jornalistas não exige mais do que três meses num laboratório do Senai. O resto, o resto é ler Machado de Assis”, segundo o próprio PHA.