¿HASTA CUANDO?”
Por norma velada – ou seja, aquela que cala, não necessariamente porque consente –, tratar na imprensa de temas envolvendo o Poder Judiciário tem sido evitado pelos analistas políticos, muitos deles, como eu, com vários processos em tramitação.
Um tema atual são os proventos de juízes. Sem dúvida, o salário de um magistrado não deve ser baixo a ponto de tornar atraente aceitar subornos. O abuso da remuneração excessiva, no entanto, afronta a Constituição por envolver rendimentos e benefícios pagos acima do teto permitido.
Se a Justiça não dá exemplo, quem o fará?
Assim dito, causa indignação a nota publicada hoje em jornais de todo o Brasil pelo colega Cláudio Humberto sobre os valores pagos pelo Judiciário sergipano a desembargadores do Tribunal de Justiça, em especial a um deles, que em janeiro, conforme o jornalista, recebeu “meros” R$ 326 mil reais. Santa danação...
Cabe, então, perguntar ao modo do memorável bolero: “¿Hasta Cuando?”.

FOI MINHA AVÓ, DONA RITA LEITE…
Ai, ai… sabe a anedota sobre quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha? Pois bem, a “visita” de Maria do Carmo Alves ao Iate Clube na campanha de Valadares Filho ainda rende história.
Hoje, meu amigo Gilmar Carvalho opinou sobre a querela e ouviu ainda a opinião do deputado Luciano Pimentel, ligado a Valadares Filho. Antes de dizer-se plenamente crédulo na teoria da conspiração, o danado jornalista leu ao microfone da MixFM nota escrita ontem pelo arguto colega Jozailto Lima no blog “JL Política” – ele que, também, assessora o citado deputado.
Diz o texto: “É meio nauseabunda, bastarda e tardia esta tese de que o governador Jackson Barreto plantou a senadora Maria do Carmo naquele fatídico evento de campanha de Valadares Filho na segunda-feira, 10 de outubro do ano passado, no Iate Clube. E desrespeitosa, até. Pelo menos para com Maria, que é tratada nessa questão como se fosse uma autômata. Uma atarantada, manietada e manipulada por alguém.”
Luciano Pimentel discorda do assessor Jozailto Lima, e sacramenta: a senadora pode, sim, ter sido usada “inocentemente” para figurar, a sua revelia – pois não seria seu perfil –, numa ação de marketing que, por fim, beneficiou a campanha de Edvaldo Nogueira, porquanto colou no adversário a pecha de “aliado” do ex-prefeito João Alves Filho, marido da senadora.
E quem, pelas pestes, teria levado Maria do Carmo ao Iate Clube, o tal conspirador?
Na mesma MixFM, nesta segunda-feira (13), em entrevista ao ardiloso Marcos Couto e ao próprio Gilmar Carvalho, o deputado Robson Viana assegurou que não fez o convite nem teve qualquer parcela de responsabilidade no imbróglio. Bem, se não foi ele, só pode ter sido minha querida avó Dona Rita, que do alto dos seus 88 anos de muita formosura, armou aquela patifaria!
Em Sergipe, diz a abelhinha da bela Thaïs Bezerra, tudo se sabe… #Uia