REVISTA VEJA CONFIRMA: SERGIPE PERDEU AO
NÃO ELEGER EDUARDO AMORIM GOVERNADOR
Caríssimas e caríssimos, interrompo minhas férias por uma causa justa: dar uma boa gargalhada dos eleitores sergipanos, meus conterrâneos que em outubro cometeram o desatino de acreditar na cantilena que a patuleia governista “vendeu” na TV, para descredenciar um político jovem, com ideias modernas e que agora é reconhecido nacionalmente, pelo mais importante veículo semanal de informação brasileiro, a revista Veja (Editora Abril), como “o melhor parlamentar de 2014”, na avaliação de desempenho feita pela sua equipe de jornalistas em parceria com o Núcleo de Estudos sobre o Congresso (Necon), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp-Uerj). Isenção total, portanto!
O chamado “Ranking do Progresso” de Veja levou em consideração para formular a escolha propostas feitas na legislação capazes de contribuir para tornar o Brasil um país mais moderno e competitivo, na visão do semanário. O Necon desenvolveu uma metodologia que observa todas as etapas de uma proposição, de sua origem à votação final, atribuindo peso específico em cada uma das fases. Também pesaram discursos ou votações em plenário.
Neste tocante, diz Veja para justificar a escolha de Eduardo Amorim: “Ele já vinha se destacando desde que assumira sua cadeira no Congresso por ter uma intensa produção legislativa voltada para o desenvolvimento do país”. Foi destaque o fato do senador do PSC ser “um inabalável defensor da transparência dos gastos públicos, da simplificação da cobrança de impostos e da eficiência dos serviços prestados pelo governo”. Eis, pois, meu povo...
Outro ponto de destaque deu-se ainda em 2013, quando Eduardo Amorim foi relator da receita na Comissão de Orçamento do Congresso Nacional, cuja missão é discriminar o montante de recursos para os gastos do governo do exercício seguinte. A Veja diz que o senador sergipano “chegou a bater de frente com setores governistas e do próprio Legislativo ao defender a rigorosa exposição dos números de crescimento e inflação. Isso causou transtorno ao Ministério da Fazenda, que, nos últimos anos, se acostumou a utilizar sua 'contabilidade criativa' para maquiar as contas públicas”. Ou seja, antecipou-se ao desastre.
Pesou ainda na escolha de Veja a visão moderna de Eduardo Amorim sobre tributação, a luta pela qualificação dos órgãos de fiscalização e controle públicos, além da proposta de criar o Conselho Nacional dos Tribunais de Contas e de reforma política para melhorar a relação entre Executivo e Legislativo.
Trocando em miúdos: Sergipe perdeu uma grande oportunidade ao NÃO eleger Eduardo Amorim para governar o Estado pelos próximos quatro anos. O senador pode se orgulhar do seu mandato, reconhecido agora como o melhor entre todos os demais senadores do Brasil. Sergipe também pode se orgulhar de possuir um representante com visão modernizadora, que busca contribuir com iniciativas visando a ampliar e melhorar o desenvolvimento do país. Não é hora de chorar o leite derramado, mas sim de refletir sobre ações efetivadas – o voto! –, buscando corrigir erros futuros.
Aqui com os meus botões, penso: “Como foi possível manter sob sigilo absoluto e total, inclusive durante o período eleitoral, uma atuação tão pró-ativa e edificante?” De fato, o “prêmio” que Eduardo Amorim ora recebe, através do reconhecimento de Veja, somente reforça a tese de que sua comunicação careceu de inteligência e capacidade de reverberação qualificada, tanto antes quanto durante a campanha. Muito pouco ou quase nada dessa brilhante atuação chegou aos ouvidos dos sergipanos de forma massificada, intensiva e focada, o que constitui verdadeiro absurdo.
Ao senador Eduardo Amorim minhas considerações, e parabéns pela vitória! Vou gargalhar... com sombra e água fresca! #Uia
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Por David Leite ©2014 | 27/12 às 10h40 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar. #Curta #Comente #Compartilhe

QUEM NÃO PODE COM O POTE,
NÃO DEVE PEGAR NA RODILHA
Aprendi com o falecido jornalista Hugo Costa uma frase que me guia e me deixa pronto para toda sorte de desventuras praticadas contra mim por amigos (as piores, diga-se!) e adversários – sei que alguns se acham inimigos meus, mas prefiro não tratar ninguém nesse nível, pois me conheço! Dizia o velho jornalista sergipano: “Quem me enganar está perdoado. O erro foi meu...”
Geralmente, é do meu feitio o comedimento no trato de questões que envolvam a vida pessoal minha e alheia. Contudo, como estamos num fim de ano, pertine fazer um “balanço” das perdas e ganhos pessoais (no âmbito geral) obtidos durante o período. Não me vejo, portanto, acabrunhado para medir “prós” e “contras”, em busca de cometer menos erros de agora em diante. Talvez, seja esta ainda uma forma de ver as experiências de vida como eternos aprendizados.
O Ano do Ressentimento. Percebo que muita gente que me cerca ou que esteja no meu convívio distante se acumula de emoções negativas, sobretudo quanto ao outro – é como se a felicidade pessoal não fosse uma conquista... pessoal, e que não devêssemos buscar nos demais o melhor que possam oferecer. Inveja, cobiça e falta de amor ao próximo marcaram boa tarte das relações em 2014.
O pior dos males, porém, é a ingratidão! Como são ingratas determinadas pessoas... Advém daí, também, parte dos ressentimentos que se embrenham nos corações! Alguns de nós têm a estranha mania de criar problemas onde não há, e muitas vezes praticam a ingratidão como forma de punir o outro. Ledo engano: diminuem-se a si mesmos, sem alcançar qualquer fruto positivo, afinal.
Outra desventura é a onipotência. Há onipotentes de todos o calibres. No entanto, os mais “onipotentes” estão na política e na comunicação, minhas áreas de trabalho – e talvez por isso os veja com maior intensidade. “Quem não pode com o pote, não deve pegar na rodilha”, ensinava com muita propriedade Dona Caçula, minha santa avó, falecida aos 90 anos uma década e meia atrás. A derrota de outubro, fragorosa, expôs mitos políticos e científicos da comunicação.
Entrar numa “guerra” sem bala na agulha é o mesmo que decretar a prévia falência! Só os “onipotentes” acreditam que tudo se ajeitará com o tempo, como fazem as abóboras na boleia de um caminhão. Quem assim se enxerga, desintegra-se com maior facilidade. Neste tocante, 2014 desintegrou científicos da política e da comunicação, pulverizando figuras até então cunhadas como “infalíveis”. Vê-se, pois, que o buraco é mais embaixo. Triste de quem menospreza o adversário, dizia o grande general Sun Tzu dois milênios atrás.
Sejamos práticos, então! Estão perdoados aqueles que me trapacearam – todos! Estão perdoados aqueles que me fizeram humilhar para ajudá-los e hoje praticam a ingratidão sem pejo. Estão perdoados os que tentaram apagar o meu sorriso e agora sabem que gargalhei deles. Também peço perdão: aos que não pude atender a contento; aos que não pude honrar compromissos firmados – fá-lo-ei ao seu tempo, garanto; aos que não pude retribuir amor e carinho; aos que machuquei por palavras e atos; aos que de mim queriam e não alcançaram...
Espero amanhã, talvez já em 2015, inaugurar um novo momento de vida! Mais austero, mais elegante, mais amoroso, mais amantíssimo; menos severo comigo e com os demais; menos em muito, para ser mais em tudo...
Meu abraço fraterno aos leitores, amigas e amigos que me suportaram em 2014. Prometo dar o melhor de mim no ano que chega. Boas festas, e que sejamos ricos em saúde e paz; e que a prosperidade nos abunde a vida... Entro hoje de férias, devendo retornar apenas em fins de janeiro. Havendo algo que valha a pena tratar, voltarei com prazer. Mas quero mesmo é sombra e água fresca.
Abraços a todos...

“!CASTROS, ADIÓS!”
Encerra-se 2015 com a maior rasteira aplicada à esquerda vadia latino-americana, também conhecida como “esquerda festiva” latino-americana – e justamente vindo de quem menos se podia esperar, o presidente preto dos EUA. O cabra vem fazendo uma gestão complicada, com grande intervenção estatal na economia – um fetiche dessa turma da esquerda, imaginar que entende de finanças e gestão econômica – e deliberações por decreto de temas polêmicos, como a legalização dos imigrantes ilegais e a assinatura do acordo com a China sobre a questão ambiental.
O senhor Barack Obama fez cair por terra o maior de todos os argumentos que fazia Cuba, essa imensa fazenda-prisão, o último esteio do comunismo no planeta, ao lado da famigerada Coreia do Norte, também envolvida num processo de isolamento: serão reatadas relações diplomáticas com o país caribenho e a meta é abrandar paulatinamente o embargo, até eliminá-lo por completo. E por que, afinal, contrariar a turma pró-arrocho? “Não funcionou”, resumiu o esquerdista de Havard, acerca do embargo.
O The New York Times é o maior ninho de cobras da esquerda festiva nos EUA – aliás, a imprensa norte-americana, excetuando a conservadora FOX, que desbancou a CNN em audiência, mas perdeu recentemente o posto para a pequena MSNBC, já conhecida com a “Fox News da esquerda”, está infestada desse ofídicos. Não posso negar, contudo, que admiro o sensato colunista Nicholas Kistof, e sempre que algo importante ocorre nos EUA e região, lá vou eu atrás da opinião do calejado jornalista para entender certos detalhes, algo que pode passar ao largo.
Com o título “Welcome Back, Cuba!”, o artigo de Nicholas Kistof de 17/12 na página de opinião do NYT diz de cara que o embargo a Cuba só favoreceu a permanência e manutenção da elite comunista no poder, ao oferecer ao regime dos Castro um bode expiatório para seus fracassos econômicos e político. Exorta o veterano jornalista que “teria sido melhor se os Estados Unidos tivessem permitido invasões de turistas, empresários e investidores na ilha”. Diz ele, com máxima propriedade: “Às vezes, o poder das armas desaparece diante do poder do gracejo”, uma verdade...
Nicholas Kistof lembrou dos tempos de estudante, quando custeou uma visita a União Soviética contrabandeando jeans e “walkman” para moscovitas curiosos – “Meus colegas russos olhavam para minha mercadoria com reverência e, para mim, com inveja”. Em Cuba, estrangeiros reclamam com os nativos da qualidade capenga da internet e da aspereza do papel higiênico, rindo dos cubanos. Como afiança Nicholas Kistof, “Se esses encontros (e bens de consumo) não são letais (para abater o comunismo), exercem no mínimo uma ação corrosiva”. A inveja desperta desejos, ora!
Para finalizar, o caro Nicholas Kistof diz que as medidas propostas por Barack Obama podem não se traduzir em liberdade política para os cubanos, como ocorre na China hoje. No entanto, “As sucessivas ondas de visitantes estrangeiros perturbaram profundamente os chineses que acreditavam no sistema”. Trata-se, portanto, de um grande passo para ir quebrando, pelas beiradas, o repressivo e incompetente regime cubano, apresentando “um mundo novo”, esse em quem vivemos, àquele povo sofrido e carente.
Enfim, o presidente preto dos EUA fez por Cuba o que nem a tosca invasão da Baia dos Porcos conseguiu fazer: abrir as portas para que empresários e investidores do mundo todo possam levar àquele belo pedaço de terra um pouco de civilidade, através das benesses que apenas o capitalismo é capaz de produzir. Cuba vai sobreviver: Castros, Adiós! E diga-se, já vão tarde demais...
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Por David Leite ©2014 | 21/12 às 18h30 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar. #Curta #Comente #Compartilhe

OS PALANQUEIROS DO PT
Tem sido interessante observar o procedimento de determinados entes da imprensa – vou preferir não chamar de colegas pois podem se sentir ofendidos – quanto à postura da oposição no trato com o governo do PT. É como se todos fossem obrigados a aguentar calados as diabruras da gestão da nossa iluminada doutora em economia, a governAnta Dilma Rousseff, em cujo governo foi gestado o maior escândalo mundial com dinheiro público – o petrolão.
Essa turma acusa a oposição de não ter descido do palanque. Ai, ai, Santa Inocência... O que dizer, então, do Nosso Guia, o cabra que descobriu o Braziu? Mula da Silva pode ser um palanqueiro em tempo integral, mas isso não incomoda certos setores da imprensa – ele pode, é metalúrgico, é retirante da seca, é o Filho do Brasil. É tanta gente que não enxerga o que, por exemplo, é cristalino, conforme apresenta em Editorial o jornal “O Estado de S.Paulo”, em sua edição de 14/12. Leiam-no, por favor:

A URGÊNCIA DE LULA
A presidente Dilma Rousseff nem começou seu segundo mandato e seu padrinho, Luiz Inácio Lula da Silva, já está em plena campanha para a eleição de 2018. A bem da verdade, Lula nunca desceu do palanque – desde 2003, os governos lulopetistas se notabilizaram por administrar o País pensando somente na eleição seguinte, transformando o Estado em máquina partidária. Agora, no entanto, parece haver um sentido de urgência na atitude do ex-presidente, porque a oposição se fortaleceu pelo bom desempenho na última disputa presidencial e, também, porque o descalabro econômico e o maior escândalo de corrupção da história brasileira tornaram-se ameaças sérias a seu projeto de poder.
A principal estratégia de Lula e de seus seguidores tem sido atribuir cinicamente à oposição o mau comportamento republicano que hoje caracteriza o PT. “Eles acham que a campanha não acabou”, afirmou o ex-presidente, em discurso na abertura do 5.º Congresso do PT, em Brasília.
Com isso, Lula busca tirar a legitimidade das críticas da oposição, transformando-as em mera artimanha das “elites” para dar um “golpe” em Dilma e em seu partido – quando na verdade é Lula quem desmoraliza a democracia ao sistematicamente desrespeitar os que não votam nos petistas nem aceitam o assalto ao Estado. Para esse fim, vale tudo: no mesmo pronunciamento, Lula defendeu os envolvidos no escândalo da Petrobras, dizendo que eles já foram condenados pela imprensa antes mesmo da análise do caso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) - uma maneira nada sutil de dizer que, se o STF acatar as denúncias, só o fará por pressão dos jornais.
Na construção desse discurso contra a oposição, Lula especializou-se em ofender a inteligência alheia, apostando numa espécie de amnésia coletiva. “Eu perdi em 89, e todo mundo sabe como perdi, entretanto não fiquei na rua protestando, fui me preparar para a outra”, afirmou Lula, referindo-se à eleição presidencial de 1989, quando foi derrotado por Fernando Collor. Insinuando que a eleição de Collor não foi legítima (“todo mundo sabe como perdi”), Lula quis dizer que, apesar disso, não fez protestos como os que a oposição hoje faz. E foi adiante: “Quando a gente perdia, a gente acatava o resultado”.
Não é preciso fazer um grande esforço para lembrar que o PT sempre fez oposição sem trégua – votou contra o Plano Real e contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, para ficar em apenas dois exemplos da inconsequência do partido – e promoveu uma campanha sistemática para minar o governo de Fernando Henrique Cardoso, especialmente no segundo mandato. Líderes do partido, que hoje dizem “acatar o resultado” das eleições e se queixam das manifestações contra Dilma em razão do escândalo da Petrobras, chegaram a defender o impeachment de FHC diante das suspeitas de irregularidades nas privatizações. Era o “Fora FHC!”. Hoje, porém, Lula não se constrange em pedir que cessem os protestos contra Dilma porque ela “precisa governar”: “Deixem a mulher trabalhar, gente! Ela ganhou as eleições”.
Empenhado em ditar os rumos do segundo mandato, para fortalecer sua eventual candidatura em 2018, o ex-presidente, sempre que pode, cita as próximas eleições. “Eles (a oposição) começam a ficar apavorados com a perspectiva do quinto mandato”, discursou Lula, dando a senha para que os correligionários o ovacionassem. Em seguida, bem ao seu estilo, disse que “ninguém tem de pensar em 2018”, mas deixou clara a pressão sobre Dilma, ao dizer que espera dela o “sinal que ela vai dar do ponto de vista econômico, das políticas sociais, de desenvolvimento”.
Lula parece saber que é do desempenho de Dilma que depende sua força e a de seu partido para enfrentar a tempestade do escândalo de corrupção e sobreviver no poder em 2018. Essa é sua grande aflição e a razão pela qual imputa tudo o que se diz sobre o escândalo na Petrobras a uma campanha para “destruir” o PT.
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Por David Leite ©2014 | 19/12 às 10h10 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar. #Curta #Comente #Compartilhe

CUIDADO, O FACEBOOK PODE ESTAR
MANIPULANDO SUA MENTE, AGORA!
Fico impressionado com o avanço do Facebook sobre a vida das pessoas, e a influência direta causada pela rede social em escala global. Dia desses, todos ficamos estarrecidos quando se divulgou que durante uma semana, em 2012, o Facebook manipulou o algoritmo usado na distribuição das postagens na página de notícias de 700 mil usuários para verificar como elas afetavam o humor daquelas pessoas.
A vagabundagem, chamada de “estudo”, foi conduzida por pesquisadores de duas instituições de ensino americanas (Universidade de Cornell e Universidade da Califórnia) associadas ao Facebook. Quando se tornou público, em junho deste ano, ao ser publicado na 17ª edição dos Anais da Academia Nacional de Ciência, gerou grande mal-estar.
De acordo com o texto de apresentação do trabalho acadêmico, a intenção dos pesquisadores era “verificar se o número de palavras positivas ou negativas nas mensagens lidas pelos usuários resultaria em atualizações (comentários e postagens) positivas ou negativas nas redes sociais”.
Observou-se que os usuários que tiveram a distribuição de notícias manipulada utilizaram palavras positivas ou negativas, a depender do conteúdo ao qual foram expostos. O que se sabe, conforme afirmam os autores da pesquisa, é que “Estados emocionais podem ser transferidos de uma pessoa para outra por meio do contágio emocional, levando os indivíduos a experimentarem as mesmas emoções de modo inconsciente”.
Vejam ao que estamos expostos nas redes sociais: os resultados provam que emoções expressas no Facebook (e não apenas nesta plataforma, diga-se) podem influenciar as nossas próprias emoções, o que evidencia o contágio em larga escala via redes sociais. Noutras palavras: os chamados “metadados” capturados diariamente pelo Facebook para estudar tendências, podem ser manipulados para provocar reações adversas e inconscientes nos usuários.
Trata-se de uma arma muito perigosa, portanto, sobretudo pelo fato de o próprio Facebook, maior rede social do mundo, informar ter mais de um bilhão de usuários ativos. Vejam que esse é um tipo de “serviço” que pode interessar às grandes corporações capitalistas e aos governos.

IDIOTA – “David Leite, você é um idiota e fala do que não sabe!” A bela frase me foi dita seis meses atrás no calor de uma discussão sobre a manipulação praticada pelas redes sociais por um amigo a quem muito respeito – aliás, trata-se de um dos melhores profissionais da publicidade e da propaganda do país. Havia eu comentado sobre um estranho comportamento do Facebook em relação aos vídeos publicados na plataforma, advindos doutras redes sociais, especialmente o YouTube.
Um grupo de discussão foi criado por mim, envolvendo vários profissionais de Comunicação, para avaliar se havia mesmo alguma patifaria ocorrendo. Foi feito um experimento com um vídeo de um cliente atendido pela maioria dos envolvidos. Para minha surpresa, não houve nada de anormal naquela experimentação em particular – o vídeo foi publicado no Facebook com a ferramenta própria da plataforma e como link para o YouTube. De fato, o vídeo do YouTube obteve melhor audiência.
Aceitei a pecha de “idiota que nada sabe”, e segui minha viagem pela vida! Semana passada, uma reportagem da revista Época intitulada “Quem é o dono do que você produz” narrou a batalha travada pelo Facebook contra o rival YouTube, serviço do corrente Google. “Oxente”, pensei eu, “será que eu tinha alguma razão e o Facebook já tramava algo sórdido?” Vejamos...
Conforme Época, “o primeiro passo do Facebook foi dar prioridade a vídeos feitos com sua própria ferramenta de publicação, em detrimento dos filmes de outros serviços como YouTube, Vimeo ou Vevo”. Posteriormente, a rede social de Mark Zuckerberg radicalizou e decidiu que “os vídeos que não forem publicados com a ferramenta do próprio Facebook, não poderão mais ser vistos em seu site”. Resumindo: o Facebook quer você publicando menos vídeos na concorrência!
Suponho que a falha no nosso experimento, apesar de minhas observações empíricas já apontarem para a ocorrência da patifaria, decorreu do próprio algoritmo do Facebook, visando a estimular a produção de conteúdo, cujo fim é fazer dinheiro com propaganda. Tanto o YouTube quanto o Facebook se esforçam diuturnamente para atrair criadores de conteúdo, sobretudo os amadores. No nosso caso, era apenas a contingência financeira agindo, creio – o vídeo era patrocinado.
Eis pois que hoje sou um “idiota” sabedor que o Facebook estava agindo, sim, contra a concorrência. E pior ainda, o fazia às escondidas – como fez com o tal “estudo” citado acima. Depois da péssima repercussão da notícia, o Facebook resolveu voltar atrás. Em nota, disse que não está “limitando ou restringindo a exibição de vídeos de nenhum player externo”. Contudo, a empresa afirmou que desde a quarta-feira 3/12 alguns usuários notaram uma “alteração” nos vídeos externos dentro do Facebook. Ah, bom!
Google e Facebook, como afiancei, brigam pela audiência. Portanto, é um vale-tudo...
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Por David Leite ©2014 | 13/12 às 13h50 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar.

ALELUIA, O CONGRESSO NACIONAL LIVROU-SE
DO PEQUENO DEPUTADO MENDONÇA PRADO
Diz a boa regra da guerra que não se deve tripudiar sobre o adversário derrotado. Não é este o caso, ao menos não é esta a declarada intenção deste escrito. Mas, sigamos... Todos sabem o que penso sobre essa esquerda vadia, também conhecida como “esquerda festiva” – dos filósofos esquerdoides, então (a começar pelo vagabundo do Jean Paul Sartre), tenho até náusea. No entanto, Alain de Botton passa no teste da minha cadeira de balanço, sobretudo pelo debochado “As consolações da filosofia”.
Nele, baseado no princípio socrático de raciocínio, o pensador francês ensina que é possível “desenvolver opiniões nas quais poderíamos, mesmo diante de uma tempestade, sentir uma confiança legítima”. Isso porque “Sócrates nos encoraja a não nos deixarmos abater pelo ar confiante das pessoas que não respeitam tal complexidade (referência à autonomia de raciocínio) e formulam pontos de vista sem dedicar-lhes, ao menos, o mesmo rigor que um oleiro dedica à sua arte”, que vem a ser moldar formas e contornos a partir de uma massa amorfa de barro.
Agora, passada a tempestade eleitoral e já fincado noutras “consolações”, encontro no filósofo Luiz Felipe Pondé, um pensador que admiro, um “encaminhamento” contemporâneo para compreender melhor o gesto tresloucado do deputado Mendonça Prado, a culminar hoje com sua despedida – sem retorno futuro, espero! – do Congresso Nacional: “A era do ressentimento” é um livro relativamente pequeno, mas capaz de explicar por que tantos (a exemplo do pequeno deputado) vivem angustiados, movidos por um desespero que cega, bestialmente, e embota a razão.
Quem acompanhou o processo eletivo deste ano ficou sem palavras diante do comportamento excessivo de Mendonça Prado. Uma coisa é a política, outra são todos os ritos advindos da civilização para a boa convivência. Juntar-se a Jackson Barreto, a quem chamava de ladrão e insinuava que tinha hábitos semelhantes ao ex-deputado Clodovil Hernandes, já falecido – creio que a alusão se refere à língua solta –, extirpou-lhe um palmo e meio. Imaginava ser um gigante no combate contra o desafeto Edivan Amorim, porém, de fato, tinha apenas o tamanho de um bonsai de limoeiro. Tanto fez que os votos sumiram...
A esperança do parlamentar nanico para permanecer na vitrine chamada Brasília, mesmo sem ter no Planalto Central qualquer relevância política, partidária ou pessoal, seria André Moura acabar castigado num processo judicial controverso, que lhe ameaçava a brilhante carreira, após uma votação surpreendente (mais de 75 mil votos), e diante da campanha sórdida que enfrentou, patrocinada por Jackson Barreto, tendo o auxílio luxuoso do próprio Mendonça Prado. O Tribunal Superior Eleitoral não permitiu a consolidação do que seria uma aberração jurídica ímpar, e com a decisão homologada ontem à noite, os votos do candidato reeleito serão agora validados pelo TSE e pelo TRE de Sergipe.
Foi-se o que era doce... Pelas contas, a coligação governista elegeu quatro deputados federais: Fábio Mitidieri, Fábio Reis, Valadares Filho e o pastor Jony Marcos. Já o grupo do senador Eduardo Amorim elegeu Adelson Barreto, Laércio Oliveira e agora consolida André Moura. Na sobra (quociente), a coligação de Jackson Barreto obteve 664 votos a mais que a coligação de Eduardo Amorim e, assim, emplaca mais um parlamentar, João Daniel, que fechou 52.959 votos contra 44.263 votos de Mendonça Prado. Com a entrada de André Moura, o quociente subiu. Não obstante, a coligação governista ainda fecha ganhando, com 113.536 votos contra 112.872 votos – diferença de 664 votos, perfazendo a média que define a sobra dentro dos votos válidos, que totalizam 1.052.826. A matemática eleitoral é cruel, como se vê!
Enfim, depois de tanto aprontar e achincalhar os adversários, inclusive praticando ingratidão com o sogro, prefeito João Alves Filho, que muito lhe ajudou e fez dele o cabra que é, Mendonça Prado agora virou apenas um ponto de interrogação em meio aos ressentimentos. Resta saber se, desempregado, correrá para sentar no colo quente do meu querido amigo governador Jackson Barreto (leia-se, a máquina governamental) – levando toda a corriola de jaburus que o acompanha e reverbera os impropérios – ou se vai dar um tempo, esperando a poeira baixar, para se refazer junto àqueles a quem maltratou demais e que, apesar da cretinice, ainda o consideram uma pessoa da “família”. Triste fim...
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Por David Leite ©2014 | 12/12 às 06h15 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar.
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CASSAÇÃO PARA AGAMENON SOBRAL E LUCIMARA PASSOS
O assunto é sério! Os aracajuanos não merecem certos representantes no Parlamento municipal. Pior é assistir parte da imprensa ser tolerante com certas figuras que já ultrapassaram todos os limites da decência. Ainda mais grave é o comportamento leniente do conjunto dos vereadores com os pares incorrigíveis e abusados – o nefando “corporativismo”. Claro, todos sabem a quem me refiro: em particular, ao vereador Agamenon Sobral, e de modo endêmico à vereadora Lucimara Passos.
Agamenon Sobral não mereceria uma única linha neste escrito, não tivesse o cujo comportamento similar ao de alguém nascido nas cavernas, há 50 mil anos. O cabra é tão inconsequente e indecoroso que, a título de mostrar que é macho de verdade e sabe “polemizar”, propôs uma surra de couro cru e banho de sal para uma moça que supostamente teria tentado casar sem calcinha e foi barrada pelo sacerdote. Descobriu-se depois que a tal “notícia”, motivo da afetação de Agamenon Sobral, veiculada num jornaleco distribuído na Câmara Municipal, ainda por cima era falsa.
Alguns podem concluir acerca da idiota contumaz de Agamenon Sobral: “A estupidez humana não tem limites”. De fato, parece não existir um ponto de inflexão no caráter jocoso de alguns da espécie. Vejamos, a propósito, a reação estapafúrdia da vereadora Lucimara Passos contra o colega boquirroto. Ao discursar na tribuna da Casa, mostrou sua calcinha em protesto aos comentários feitos pelo parlamentar, sobre a dita noiva ser “uma vagabunda” que merecia “surra”. A emenda saiu muito pior que o soneto...
Já havia escrito ontem que, no meu pensar, tanto faz para o bom andamento dos trabalhos no Parlamento de Aracaju se Lucimara Passos, no desempenho das funções de vereadora, use ou não calcinha por baixo das demais vestes. No entanto, num parlamento já bastante desacreditado e sem foco nos inúmeros problemas de Aracaju – sobremodo diante da gestão broca e antiquada do prefeito João Alves Filho –, o gesto da comunista serviu para aprofundar o ridículo, constituindo, ao fim e ao cabo, mera palhaçada, cuja consequência maior foi fazê-la aparecer.
Não adianta Lucimara Passos aludir ao ato estúpido o objetivo de “chamar a atenção contra as atitudes de preconceito (perpetradas pelo energúmeno Agamenon Sobral) relacionados à mulher, atitudes essas que ajudam (sem dúvida) a promover o preconceito contras mulheres que não seguem determinado padrão de comportamento”. Se pretendia denunciar o colega pateta, evitando “calar diante de uma pessoa que tem acesso à tribuna da Câmara de Vereadores e à imprensa para fazer esse tipo de comentário”, que usasse de outros expedientes mais dignos à Casa.
Como afiancei, a questão é séria – aliás, a calcinha exibida por Lucimara Passos despertou curiosidade: será mesmo que a comunista costuma ir ao trabalho montada num “fio dental”?
Como afiancei, repito, a questão é séria! Trata-se de respeitar a liturgia da Casa do Povo. Inda bem que na sessão seguinte Agamenon Sobral não tentou exibir a própria cueca (se é que usa), porquanto seria transformar a tribuna da Câmara de Aracaju em verdadeiro picadeiro. Preferiu, no caso, aspergir no ar generosas porções de aromatizante de ambientes, dando a entender que a calcinha utilizada no protesto pela colega não estaria assim tão “cheirosa”, digamos – pareceu-me uma peça novinha...
Por essas e outras, tivessem coragem e aposentassem o “esprit de corps”, este seria o momento de ouro para os vereadores de Aracaju se livrarem do colega Agamenon Sobral, em função das recorrentes incivilidades e da constante falta de decoro parlamentar; e por consequência, na mesma toada, da contendora exibida, Lucimara Passos, que parece possuir no cérebro menos neurônios e mais excretas, mesmo que a imprensa de Sergipe – caso do editorial do Jornal da Cidade de hoje, por exemplo – ache linda a atitude dela e até defenda que foi correta sua inconsequência.
Cassação já para esses incautos! Os aracajuanos, cujo saco já está mais do que bem cheio, agradecem por esse ato de sabedoria!
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Por David Leite ©2014 | 27/11 às 11h42 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar.

O XIBIU NU DE LUCIMARA PASSOS
Muitos de minha geração iniciaram-se grandes onanistas, tendo como “intencionada” a peituda e bunduda Ilona Staller (nascida Elena Anna Staller), húngara naturalizada italiana, hoje uma posuda senhora, ativista política. No passado, a ex-atriz pornográfica, cantora e (atualmente) escritora, foi considerada sex symbol internacional. Atingiu o estrelato sob o pseudônimo de Cicciolina.
Cicciolina começou a vida como modelo, mas daí em diante viveu aventuras dignas do cinema. Foi agente do serviço secreto da Hungria comunista, comprou um casamento com um coroa para obter cidadania italiana; escapou para Milão (Itália), e lá começou a fazer filmes pornográficos baratos. Em Roma, apresentou um badalado programa de rádio com temática erótica. Seduzida pelo sucesso de Cicciolina e seus shows, a gravadora musical RCA a contratou e, assim, Ilona Staller tornou-se também cantora.
Cicciolina, quem diria, acabou na política – foi eleita em 1987 para o parlamento italiano, sendo a segunda deputada mais votada, lutando contra a OTAN, energia nuclear, a fome e a censura. Lutou ainda pelos impostos ambientalistas sob a emissão de CO2 dos automóveis, pela liberdade sexual, legalização da prostituição, direitos humanos e dos animais, e educação sexual nas escolas.
Porém, de todas as estripulias da danada da Cicciolina, a que mais me fez tornar-me um admirador profundo, dentro dos meus limites, claro, foi seu desprendimento pela causa da paz mundial. Por duas vezes – em 1992 e início de 2000 –, a atriz se ofereceu para copular com Saddam Hussein e Osama Bin Laden (respectivamente), desde que baixassem as armas! Haja disposição e coragem...
Aliás, algumas mulheres são assim: dispostas, decididas e corajosas! Vejam o notório exemplo da vereadora de Aracaju Lucimara Passos. No Dia de Combate à Violência contra Mulher, para contrapor o colega Agamenon Sobral, que teria criticado uma moça que tentou casar sem calcinha e foi barrada pelo sacerdote – “Ela devia ganhar uma surra de couro cru e tomar banho de sal”, teria dito –, a representante comunista discursou na tribuna da Casa usando apenas vestido e terninho... sem roupa íntima.
De fato, tanto faz para o bom andamento dos trabalhos no Parlamente de Aracaju se Lucimara Passos esteja ou não de calcinha por baixo das demais peças. Dizem, a propósito, que Cicciolina jamais usou calcinha, mesmo como deputada. Penso eu, no entanto, que se queria fazer algo diferente, um “protesto” de verdade, a vereadora deveria discursar de xibiu e peitos nus, provando assim que naquela Casa o vale-tudo não tem limites.
Ademais, seria uma importante oportunidade para onanistas de plantão checarem se ela corresponde ao biótipo de falsa magra.
Quando o tema principal da Câmara dos Vereadores é a (falta da) calcinha da vereadora Lucimara Passos, erguida por ela enquanto rebatia declarações de um sem-noção, resta-nos o consolo de que, mesmo não sendo uma Cicciolina da vida – longe disso, aliás! –, a edil do PCdoB já pode estrelar propaganda de peças íntimas. Perdemos a vergonha, mas ganhamos uma pop star...
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Por David Leite ©2014 | 26/11 às 11h48 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar.


 ELEIÇÃO TEM DESSAS COISAS
Não adianta chiar: Dilma Rousseff está reeleita, e ponto final. Não cabe agora discutir se o PT merece ou não estar aonde chegou, mais uma vez. Minha missão hoje é buscar entender a mecânica do voto do brasileiro. Como ele foi dado em cada região e possíveis motivos para a influência de vários fatores, usando como base os dados obtidos com a totalização feita pelo TSE.
Comecemos por um número espetacular, mas corriqueiro em todas as eleições presidenciais desde 1989: do total de eleitores inscritos para este pleito (142.822.046), 64,6 milhões não votaram em nenhum dos candidatos no primeiro turno; já no segundo turno, foram 37,2 milhões de eleitores que se abstiveram (30,1 milhões), votaram branco (1,9 milhão) ou anularam o voto (4,6 milhões).
A tendência histórica para o segundo turno, quando o eleitor tem apenas dois candidatos, é que o percentual de votos brancos e nulos caia, se comparado com o primeiro turno. Ontem, por exemplo, votaram em branco ou anularam o voto 6% dos eleitores, enquanto no último dia 5 foram 10%. Trata-se de um padrão repetido em todas as disputas decididas no segundo turno.
Já as abstenções têm padrão inverso: o número de pessoas que não vai votar costuma aumentar do primeiro para o segundo turno das eleições. Neste ano, o número de abstenções passou de 19% para 21% entre a primeira e a segunda votação. Num comparativo com as eleições passadas, o número ficou praticamente estável, em torno de 20%, sendo que em 2010 houve um número recorde de não comparecimento: 22% do total.

Votação pelo Brasil – A vitória do PT foi assegurada basicamente pelo Nordeste. Como ocorreu no primeiro turno, Dilma Rousseff venceu em todos os Estados da região também no segundo turno. O Maranhão deu o maior percentual de votação à petista, 78,7% contra 21,4%. Já em Pernambuco, onde os tucanos esperavam melhorar a performance – Marina Silva e Aécio Neves obtiveram juntos no primeiro turno 53,9% dos votos –, a petista fechou com 70,2% contra 29,8% do tucano. Fator indiscutível da vitória: o PT superou 70% dos votos em cinco Estados, todos no Nordeste.
Também pesaram na derrota tucana as votações obtidas no Rio de Janeiro (45% contra 54,9% pró PT), Estado onde a oposição não teve candidato a governador e, portanto, ficou sem um interlocutor, ao contrário de Dilma Rousseff, que aglutinou em torno de si todos os demais pretendentes; e Minas Gerais (47,5% contra 52,4% pró PT), Estado que, de acordo com o próprio coordenador da campanha tucana, senador Agripino Maia, presidente do Democratas, recebeu de Aécio Neves atenção menor do que a dedicada a outros importantes colégios eleitorais.
O caso de Minas Gerais é emblemático para o PSDB: Pimenta da Veiga, candidato tucano ao governo foi derrotado fragorosamente ainda no primeiro turno, assim como o próprio Aécio Neves.
O dado peculiar, digamos assim, é que, se a votação ocorresse apenas com os eleitores das capitais dos Estados – o candidato do PSDB venceu em 15 sedes administrativas (incluindo Belo Horizonte e Brasília), enquanto a petista conquistou 12 –, Aécio Neves superaria Dilma Rousseff com vantagem de 7%, ou 53,77% dos votos (13,4 milhões) contra 46,23% (11,5 milhões). Prestem atenção a este detalhe porque ele será crucial para fechar a avaliação.

Razões para o voto – “A culpa é do povo pobre do Nordeste, que depende do Bolsa Família”. Em resumo, para boa parte dos eleitores tucanos – não apenas os residentes no Sul/Sudeste –, esta seria a causa maior da derrota de Aécio Neves.
A questão exige retórica um tanto mais elaborada! A campanha de Dilma Rousseff comunicou melhor que a de Aécio Neves, é fato. Um dado crucial: a taxa de “ótimo” e “bom” da presidente melhorou 40%, saindo de miseráveis 32% para sólidos 46%, após ter início na TV a alquimia marqueteira de João Santana – a internet, redes sociais e as plataformas móveis tiveram muita relevância, mas nada comparável ao impacto causado pelas inserções televisivas.
Mesmo que Aécio Neves tivesse virado o jogo, não o alcançaria por efeito de sua frágil comunicação de campanha, e sim por um outro fator que o fez catalisar milhões de votos: dois em cada três eleitores queriam mudança... As tentativas do tucano de embutir no debate o tema “corrupção” até contribuíram para reforçar a indignação, contudo foram insuficientes para driblar o verdadeiro “que” que moveu a cabeça do eleitor: “Arriscar uma mudança, por quê, se por aqui a coisa não está assim tão ruim?”. Eis o mote elementar usado pela campanha do PT, que acabou convencendo.
A concordar com tais assertivas, vem em meu socorro o professor da UFPE Marcus André Melo, para quem a força eleitoral do PT entre os mais pobres não adviria desse fenômeno político moderno denominado “lulopetismo”, mas de um bem mais antigo, o “qualunquismo” – o governismo arraigado somado à indiferença e cinismo cívico –, termo italiano que significa “qualquer um”.
Ou seja, a adesão desse contingente de menos favorecidos se daria não ao líder de plantão, seu ideário e/ou projeto redistributivo de renda. O pobre, dependente das ações governamentais, caso do Bolsa Família, votaria em qualquer candidato, desde que lhe proporcionasse benefícios palpáveis. Segundo Marcus André Melo, em artigo publicado no site do cientista político Simon Schwartzman (16/01/2014*), “O argumento do qualunquismo tem sido defendido com base nas evidências de que o eleitor dos grotões (leia-se, interior do país) sempre tende a apoiar quem está no governo, mesmo quando não mantém afinidades eletivas com ele.
De fato, “As pesquisas mostram que nas últimas cinco eleições presidenciais o voto nessas regiões (Norte/Nordeste) tem sido invariavelmente governista”. A força intuitiva desse argumento pode ser corroborada observando-se o mapa que ilustra esta publicação. O voto petista efetivamente concentrou-se nos Estados mais pobres. Excetuando o Acre (terra de Marina Silva), Roraima e Rondônia, Estados onde Aécio Neves venceu a candidata do PT, a votação de Dilma Rousseff no Norte/Nordeste foi avassaladora. “Quem está na oposição só tem a oferecer ideologia e princípios: por isso o PT, como o MDB antes dele, nasceu urbano e cosmopolita”, argumenta o professor pernambucano.
Trocando em miúdos: vieram do interior do Brasil, de todas os Estados – e não das zonas com melhor poder aquisitivo e, portanto, melhor escolaridade (capitais) – os votos para a reeleição da presidente. Dito assim, os responsáveis pela votação de Dilma Rousseff não foram apenas os eleitores pobres do Norte/Nordeste, mas a maioria dos brasileiros que têm baixa renda, e que sob a democracia apoiam medidas redistributivas. Os dados estatísticos do TSE sustentam esse argumento robustamente.
Por fim, diante da tese muito satisfatória do “qualunquismo” para explicar a divisão acirrada de votos que se viu neste pleito, como nunca antes na história destes país, e a conclusão óbvia com a vitória do “lulopestismo”, fica uma certeza: enquanto parcela significativa do país continuar a depender de políticas públicas afirmativas e do auxílio financeiro governamental, o eleitor de baixa renda ainda votará no presidente que redistribui mais e melhor (e no oligarca local que aprovar a emenda ao Orçamento).
A democracia tem dessas coisas! Mas, ao menos por enquanto, não se inventou nada melhor que ela. Por enquanto...
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Por David Leite ©2014 | 27/10 às 17h20 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar. #Curta #Comente #Compartilhe   

#RecordarÉViver | Coisas da política
EM QUAL JACKSON BARRETO SE DEVE
CRER: NO DE ONTEM OU NO DE HOJE?
Aqui serão poucas as palavras... O vídeo que ilustra esta postagem fala por si. Os sergipanos sabem que a política linguaruda é regra para Jackson Barreto. Os exemplos são muitos. Por duas décadas, a Família Franco despertou no filho de Santa Rosa de Lima eloquente comichão verbal. Para não melindrar os demônios, vou omitir os adjetivos nauseabundos proferidos por Jackson Barreto em vários palanques ao definir a Rede Cabaú (TV Sergipe). Tudo mudou após a privatização da Energipe (hoje, Energiza). Uma “botija” secreta – falam ainda num tal “eletrochoque” aplicado por Albano Franco – teria feito Jackson Barreto esquecer o abismo que supostamente o separava do adversário e a ele juntar-se, compondo a chapa como candidato a senador em 1998. Perdeu para Maria do Carmo.
Como para Jackson Barreto tudo é possível, se os fins justificam os meios, atitudes bajulatórias à alma alheia fazem parte do seu imenso rosário politiqueiro, quando interessam, claro! Não que tais palavras possam ter qualquer valor num pleito seguinte... Vejamos a eleição de 2010: o então candidato a vice-governador de Marcelo Déda desbundava elogios a um dos candidatos a senador de sua chapa. Dizia o boquirroto Jackson Barreto acerca de Eduardo Amorim: “Conheci o deputado (federal)... no exercício do seu mandato (2006/2009). Quatro anos de mandato... tenho certeza que Sergipe ganhou muito. Não tenho a menor dúvida que Eduardo Amorim, senador por Sergipe, será a voz do novo. Ele interpreta esse sentimento de mudança que nosso Estado está vivenciando” (veja vídeo).
Eis aqui a inusitada contradição: hoje Jackson Barreto esculhamba Eduardo Amorim pelo mesmo motivo que o elogiava em 2010. Ele não tem a menor dúvida que a candidatura do senador à sucessão governamental será “a voz do novo... que interpreta esse sentimento de mudança que nosso Estado está vivenciando”. Posto assim, fica fácil entender o desespero que o compele a detratar e maldizer o adversário em entrevistas e palanques, inclusive o eletrônico. A questão é: o que Jackson Barreto diz deve ser levado a sério? Em qual Jackson Barreto se deve crer: no de ontem ou no de hoje? É por essas e outras que dizem que peixe morre pela boca...
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Por David Leite ©2014 | 30/08 às 12h04 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar. #Curta #Comente #Compartilhe

EDUARDO AMORIM DEIXA
OS GOVERNISTAS ATÔNITOS
Era para ser um passeio, sem maiores consequências futuras, na opinião da brilhante equipe de estrategistas da campanha governista: Jackson Barreto, auxiliado pela professora Sônia Meire, detonaria Eduardo Amorim ainda no primeiro bloco do debate da TV Cidade, realizado ontem à noite! Faltou combinar com os “russos”...
Demostrando simpatia, muita firmeza e calma (diria, até certa frieza), Eduardo Amorim deixou atônitos os que o imaginavam um frei franciscano, disposto a ser imolado em nome de uma campanha sórdida, que o quis pintar como acessório político do irmão mais velho e ligado a malfeitos, quando foi secretário de Saúde.
A estratégia dos mais inteligentes marqueteiros miou... Aliás, miou feio! Eduardo Amorim não apenas foi coerente em suas respostas, como ainda fez perguntas contundentes, a ponto de deixar nervoso o candidato governista, que em alguns momentos pareceu-me visivelmente aborrecido com a performance do concorrente.
Diante do desempenho de Eduardo Amorim no debate de ontem, os governistas terão de encontrar outra estratégia para descaraterizar a personalidade forte e centrada do candidato da oposição. Um adversário focado, que foi subestimado, pode surpreender, e foi exatamente o que ocorreu. Seria o começo do fim?
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Por David Leite ©2014 | 27/08 às 08h55 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar. #Curta #Comente #Compartilhe  

SÓ PODE SER UMA GRANDE PIADA, GENTE...
Curioso por novidades, acordo e já abro os jornais – eles sempre trazem alguma surpresa! Hoje, quase caio da cama... Há muito tempo não via uma manchete com cara de piada pronta, daquelas que fazem gargalhar às escâncaras e nos levam a pensar que a humanidade, sim senhores, é movida pelo bom humorismo.
Refiro-me à manchete do vetusto Jornal da Cidade, a nos informar que o danado, o caro doutor (ele gosta de ser chamado assim) deputado Rogério Carvalho, e o companheiro do MST, e de estripulias, deputado João Daniel, resolveram denunciar, pasmem, um esquema de “compra de votos” no interior de Sergipe.
Piadas são sempre bem-vindas. Adoro gargalhar... Algumas piadas chegam a ser geniais, como a que li ontem, não lembro onde, segundo a qual, graças aos Céus o doutor Rogério Carvalho concorre ao Senado pelo PT, com o número 131. Já imaginaram se ele fosse do PSL, cujo número é 17? Nem quero pensar...
Mas, voltando à vaca fria: sinto certa ponta de inveja em doutor Rogério Carvalho e no pupilo do MST, João Daniel. Faz uns dias, o líder da oposição Venâncio Fonseca denunciou justamente a turma governista ligada a ambos. Acusação: pagar caro pelo apoio de liderança políticas. Falam do PT como “o partido milionário”.
Agora, são os acusados de ontem, essa gente supostamente forrada de muito dinheiro – pelo menos, é o que se ouve a toda hora nas rodas políticas – e dotada de uma ânsia de poder incomensurável, a reclamar na mesma toada. Só pode ser piada! Ou como diria um amigo rabugento, “santa falta de criatividade.” É fogo, mesmo...
Enfim, mesmo diante de certas piadas de mau gosto, confesso que ainda prefiro rir delas, a levar uma vida madorrenta e de cara amarrada. Prefiro rir de mim mesmo e dos outros. Vamos rir, gente!
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Por David Leite ©2014 | 26/08 às 10h47 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar.

PRESO PELA PF, O EX-DIRETOR DA PETROBRAS
PAULO ROBERTO COSTA TEM MUITO A CONTAR
Os jornais brasileiros inundaram hoje as bancas (e tablets, no meu caso, afinal) com uma manchete poderosa, do tipo arrasa quarteirão, capaz de derrubar meia república e abalar as estruturas da campanha governista em Sergipe.
O ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa queria implantar uma refinaria de dinheiro sujo em Sergipe. Virou até garoto-propaganda (veja no link abaixo) de uma campanha paga com dinheiro do povo sergipano. Agora, para salvar a própria pele, ele decidiu recorrer à delação premiada. Trocando em miúdos: o “homem-bomba da Petrobras”, o garoto-propaganda da refinaria os sonhos do governador Jackson Barreto – um engodo de milhares de empregos – vai entregar algumas cabeças premiadas.
Quem tem orelhas, tem medo...
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Veja abaixo vídeo com a propaganda enganosa do Governo de Sergipe – dinheiro público jorgado no ralo!

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Por David Leite ©2014 | 12/08 às 13h45 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar.
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CARTAS DO ALÉM: A IMPRENSA DE SERGIPE
SE VULGARIZA A CADA DIA – O QUE DÁ PENA!
Certa feita, escrevi num artigo publicado pelo Jornal do Dia (04/03/2013), tratando sobre falatórios no rádio e supostas análises políticas inspiradas na malandragem, que “o pudor ético de certos colegas de imprensa parece se esvair com a proximidade de eleições”. O texto aludia ainda que “o ataque aos adversários ganha ares de extravasamento, com atos infames, por vezes beirando a obscenidade”. A profecia enfim se materializou, diante do desespero dos governistas, cujas ações maldosas já não bastam. Chegou o momento de apelar para a invenção de notícias.
Em períodos de campanha eleitoral, torna-se comum a publicação de palavras distorcidas, de “notícias” horrorosas e “críticas” apimentadas, vindas de todos os lados. Malfeitos pregressos, gafes e até questões envolvendo a vida pessoal dos candidatados são reverberadas um tom acima, como forma de “denunciar” e “esclarecer”. Até este ponto, a imprensa pode ser classificada como “azeda”, “parcial” e até “vendida”. Porém, com fatos fundados na verdade, qualquer meio de comunicação pode e até deve explicitar seu pensamento sobre qualquer tema, inclusive a política.
Passado tal ponto – ou seja, o limite entre a verdade, a meia-verdade, a galhofa e a mentira deslavada, eivada de maledicências –, a imprensa deixa de cumprir a norma constitucional garantida pela liberdade de expressão, para adentrar no campo do crime: a calúnia, a injúria e difamação! Se mentir sobre algum fato já seria um decreto de morte para a credibilidade de qualquer meio de comunicação, inventar notícias extrapola qualquer fronteira da decência e da ética, merecendo o “profissional” de imprensa que assim age a qualificação de moleque – em alguns casos, até de perigoso marginal.
Aos exemplos: semanas atrás, utilizando como disfarce uma suposta crônica literária, o ouvidor do Governo de Sergipe e articulista dominical do Jornal do Dia, Luiz Eduardo Costa, transcreveu uma carta “escrita” do além pelo ex-governador Augusto Franco, com severas queixas ao filho Walter Franco, por permitir ao neto que leva seu nome figurar como candidato a vice-governador de Sergipe na chapa do senador Eduardo Amorim. Tratava-se de um insulto ignóbil a honra do falecido, que em vida tinha verdadeira ojeriza ao beneficiário da missiva, o candidato Jackson Barreto.
Hoje, foi a vez de Cláudio Nunes, do portal Infonet, publicar uma mensagem supostamente psicografada, que ele “não imagina quem enviou e muito menos quem é o destinatário, mas mensagem é mensagem...” Sim, às favas os fatos jornalísticos. É tempo de eleição! Mais adiante, alguém no rádio sugeriu que a tal mensagem seria do auxiliar de Edivan Amorim que cometeu suicídio duas semanas atrás. A questão é: um publica, como se nada soubesse; outro reverbera, já sabendo de tudo! Com as cartas do além, a imprensa de Sergipe se vulgariza a cada dia – o que dá pena!
O primeiro caso deixou a família Franco perplexa e muito irritada. Contudo, a decisão da maioria foi a de “esquecer” o triste episódio, em respeito à memória do ex-governador. Sorte de Luiz Eduardo Costa e do Jornal do Dia, que escaparam de mais uma reprimenda judicial – juntos, já colecionam mais de 50. Quanto à apelação de Cláudio Nunes, ela resume o tipo de alma jornalística que habita aquele corpo. Tratar de forma jocosa a finalidade espiritual da psicografia, além desvirtuá-la em favor de um embate político- eleitoral, é demonstração cabal dos fins a justificar os meios...
Parcela do jornalismo sergipano parece ter esquecido a máxima segundo qual é preciso respeitar para ser respeitado. Minha grande dúvida é: a culpa pelas patifarias seria apenas dos comunicadores sociais ou estariam eles a agir apenas de acordo com quem lhes encomenda (e paga) os serviços sujos, aqui denominados de mandantes? Por seu turno, veículos que aceitam publicar tais vigarices não poderiam ser tachados como coautores? Da mesma forma, não seria o público (ouvinte ou leitor) cúmplice, ao garantir audiência aos veículos que se prestam a publicar tais vigarices?
A campanha de Jackson Barreto tem utilizado como peça de campanha um trecho de um discurso de Marcelo Deda, no qual o falecido governador elogia o candidato governista. Na ausência de fatos concretos que deponham contra os concorrentes do candidato que apoiam, jornalistas ligados ao governo usam “mensagens do além” para criticar adversários. Muita gente comenta que, semanas antes de desencarnar, Marcelo Déda teria gravado uma mensagem na qual pede votos para Jackson Barreto. Diante dos abusos atuais, não duvido que, se de fato existir, essa mensagem não seja usada em breve. A coragem dessa turma para mexer com os espíritos já está mais do que provada. Fiquemos de olhos bem abertos!
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Por David Leite ©2014 | 12/08 às 13h45 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar.

UMA CARTA DE DESAMOR DO SENADOR VALADARES
AO EX-AMIGO JACKSON BARRETO – QUE BELEZURA!
A política de Sergipe tem personagens danados, sempre muito ligeiros no arrocha e afrouxa. Um exemplo em destaque é o do nobre senador Antônio Carlos Valadares. Em 1994, seis anos após catapultar Jackson Barreto da Prefeitura de Aracaju sob acusação de corrupção, com uma canetada apoiada pelo então deputado estadual Marcelo Déda, o coronel de Simão Dias juntou-se novamente ao ex-prefeito, que concorria ao Governo de Sergipe contra Albano Franco, à época aliado do governador João Alves Filho. Quem leu (ou viveu os fatos) conhece bem a história: Jackson Barreto venceu no primeiro turno, mas foi derrotado fragorosamente no segundo.
E sabem quem colaborou para a derrota do cabra capaz de tudo? Ele próprio, o senador Antônio Carlos Valadares, a quem o prosaico deputado federal José Almeida Lima, ex-quase tudo (prefeito, deputado estadual, senador.. – agora, talvez até político) definiu como “figura não afeita a agressões, nem tem aparência assustadora. Ele não altera a voz, que é sempre monocórdica, não obstante residir aí o grave perigo, pois com essa monotonia, frieza e perfídia, ele calcula e tempera a gosto suas traições e maldades políticas. É que Antônio Carlos Valadares não se sente bem se não trair. É questão de sobrevivência da própria alma! É a sina, embora ele tenha recebido, ao longo dos anos, os estímulos positivos por conta desse seu comportamento!”
Na carta de desamor que ilustra esta postagem, tem-se um modelo refinado do pérfido “modus operandi” de sobrevivência política, talhado pelo honrado senador. Nela, sem pejo ou mesuras, Antônio Carlos Valadares admite que se juntou naquela ocasião ao desafeto por necessidade política, mas que dele se desgarrava, semanas depois, também por necessidade política, tudo isso durante o “interregnum” de um único pleito eleitoral. Haja versatilidade... Contudo, mesmo se tratando de alguém cuja palavra vale o mesmo que pirita, não se deve desconsiderar o teor da missiva, recheada de queixas (todas verdadeiras) típicas do fim de uma paixão arrebatadora (neste caso, política)...
Sobretudo à juventude, a carta de desamor de Antônio Carlos Valadares a Jackson Barreto servirá como um condão, a traçar claramente o perfil dos dois políticos, que ora mais uma vez estão amasiados (politicamente, falando), novamente por “necessidade política”. Aos demais eleitores (de todas as idades e matizes ideológicos), a epístola serve de indelével referência sobre a capacidade humana de abstrair-se de lembranças incômodas, quando os interesses pela manutenção do poder gritam alto, às turras. Santa Danação!
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Por David Leite ©2014 | 10/08 às 11h00 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliar.
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ENTREVISTA | JOÃO FONTES 
Ex-deputado pelo PT até 2006, o empresário João Fontes é conhecido dos sergipanos pela independência de suas posições políticas e, em especial, pela contundência das palavras. Fiz questão de convidá-lo para abrir esta série de entrevistas que #VerdadesQueIncomodam fará neste período de campanha, como forma de contribuir para o debate de ideias e, acima de tudo, buscar se inteirar dos bastidores da política. A série de entrevista é denominada de Abra-O-Olho, que também é o nome deste blog que mantenho desde 2007. A seguir, um resumo da entrevista (são aproximadamente 17 minutos, que você ouve no link abaixo) com o ex-petista João Fontes, um dos signatários, quando esteve deputado federal, da Lei da Ficha Lima.

“O SENADOR VALADARES ESTEVE COM SUKITA PARA
TRATAR SOBRE A CANDIDATURA DO EX-PREFEITO”
Claro que o tema do momento, a prisão e soltura do capelense Manoel Messias dos Santos (vulgo Sukita), não poderia deixar de figurar numa entrevista com João Fontes, cujos ex-companheiros de partido, José Dirceu e José Genoíno, hoje repousam na cadeia da Papuda (DF). Mais ainda por ter ele sido, juntamente a deputada pelo PSB Luíza Erundina (ex-prefeita de São Paulo, pelo PT), um dos signatários da lei que hoje tenta impedir a presença de mal políticos na vida pública do País.
Aliás, o controvertido Manoel Sukita revelou numa entrevista ao Cinform desta semana alguns fatos muito interessantes. O mais peculiar deles é que, ao chegar ao presídio onde ficou por 40 dias e quarenta noites, o ex-prefeito, acusado de meter a mão no erário capelense, foi julgado pelos colegas de detenção, para ser aceito. Detalhe: foi aprovado pela cambada de todos os pavilhões. O que o fato sugere? No meu entender – e João Fontes diz o que pensa sobre isso –, a turma da bandidagem sabe reconhecer um grande líder. A malandragem se respeita...
Voltado à entrevista... João Fontes se disse intrigado com o fato de o senador Antônio Carlos Valadares não ter visitado o ex-vice-presidente do PSB na prisão e, somente depois de duros recados de Manoel Sukita, de que abriria a boca, percebeu que não poderia ignorar o caso, que ao fim e ao cabo, promete ser explosivo. Mesmo que o próprio senador negue, e isso seja reverberado por segmentos da imprensa, a verdade é que ele esteve sexta-feira (de modo quase invisível) com o correligionário, conforme afirmou o próprio Manoel Sukita ao ex-deputado.
João Fontes não acredita que o PSB tenha condição de negar legenda a Manoel Sukita para que seja candidato a deputado estadual pelo fato de haver uma ligação estreita dele com a cúpula do partido em Sergipe, a quem representava publicamente. Ao Cinform, o ex-prefeito até afirmou ser ele mesmo e o deputado Valadares filho dois “patrimônios” do partido. Mas, se o PSB o fizer, estaria a endossar um político que a Justiça autorizou prender – e depois, a soltar – sob severas acusações de uso indevido do dinheiro público. O ex-deputado também acha estranho que o povo de Capela esteja se mobilizando para um ato de desagravo que o ex-prefeito organiza no próximo sábado, com o qual espera reunir 50 mil pessoas. Haveria até uma missa católica na programação.
O ex-deputado petista, que foi expulso do partido por divergir da conduta da agremiação no Congresso à época do Mensalão, também fala sobre a queda de Dilma Rousseff nas pesquisas e como isso pode influir no quadro eleitoral sergipano, trata sobre a falta de renovação política e de novas lideranças em Sergipe e deixa um recado perturbador à imprensa: “Não podemos ter aqui uma imprensa que silencie à malandragem. A imprensa é para informa, e não para deformar os fatos. Acho que Manoel Sukita é um péssimo cliente para quem deseja entrar no campo da assessoria política”. E q1ual comunicador social ousaria trabalhar para o ex-prefeito?
Ouçamos a entrevista...


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Por David Leite ©2014 | 23/07 às 10h40 | Reprodução permitida, se citada a fonte.
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MANOEL SUKITA, O MAIS NOVO HERÓI DE SERGIPE...
OU, ANTÔNIO CARLOS VALADARES QUE SE SEGURE
O Brasil é o país das sacanagens! A agremiação que ora comanda a nação, o histórico PT, começou como um partido de presos políticos na ditadura, e hoje é um partido de políticos presos. Repousam na penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, o ex-ministro do governo Lula da Silva, José Dirceu; o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-deputado José Genoino, que presidia o partido durante as patifarias do Mensalão.
Vejam só, anteontem, Ruy Ferraz Fontes, delegado titular da Divisão de Investigação de Crimes contra o Patrimônio da Polícia Civil de São Paulo, informou que o notório traficante de drogas Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chamado agora de Russo entre os cafajestes paulistas, continua faceiramente a dar ordens de dentro do presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau (SP), por intermédio de outros detentos, de familiares e, claro, de advogados.
Não causa surpresa, portanto, que o ex-deputado mensaleiro Valdemar Costa Neto, comande o PR de sua cela na Papuda, em igual situação ao ex-colega Roberto Jefferson, que de uma Casa do Albergado em Niterói (RJ), onde cumpre pena, dê as ordens às lideranças do PTB. E todo mundo sabe que José Dirceu continua como homem forte do PT, influindo até nas eleições do Distrito Federal, onde definiu nomes preferenciais para concorrer a deputado federal pelo partido.
Sergipe não poderia ficar por baixo nessa lambança. No domingo, após 40 dias recluso ao presídio da Terra Dura em Aracaju, acusado de meter a mão no Erário, Manuel Messias dos Santos (vulgo Sukita), ex-prefeito de Capela e ex-vice-presidente do PSB/SE (até dois meses atrás), foi liberado pela Justiça Federal. De fato, ele está isolado no partido – tão logo foi preso, os antigos correligionários se afastaram dele! No entanto, os recados enviados diretamente da detenção surtiram efeito. Para piorar, avisou que será mesmo candidato a deputado estadual pela legenda.
Aliás, interessantes são os comentários dos curiosos sobre os tais “recados”. Há quem garanta que Manoel Sukita teria dito que, se abrir aqueles lábios e bochechas maquilados, um famoso radialista, meia dúzia de jornalistas safados e uns políticos tirados a vestais da probidade perderiam o sono – e mais alguns cabelos no cocuruto, em alguns casos muito específicos! O ex-prefeito é uma bomba chiando... A turma do PSB não tem colhões para negar-lhe a legenda. E hoje na imprensa, de acordo com o comentarista Diógenes Brayner, a informação é de que membros do partido de Manoel Sukita “se assustaram, não se sabe por que”, com a possibilidade de ele vir a persistir na intenção de candidatar-se neste pleito.
Capela até parou para rezar pelo seu filho “injustiçado”, o novo herói de Sergipe. Daqui a pouco, quem vai acabar atrás das grades são os policiais, os promotores e os juízes que autorizaram as prisões da quadrilha que assacou por dois mandatos os cofres públicos capelenses, cujo líder máximo era o próprio ex-mandatário. Nem no “Bem Amado” de Dias Gomes seria possível imaginar uma romaria chorosa, em devoção a um santo do pau oco, um improbo!
Convenhamos todos, diante do exposto, a situação mais complicada é a do senador e presidente do PSB/SE, Antônio Carlos Valadares, atualmente aliado do governador Jackson Barreto. Por falar no cujo, tentando ajudar a candidatura governista, à qual se juntou após ser um de seus mais severos críticos, o coronel de Simão Dias disse que, do “outro lado (referência a oposição), resolveram se juntar os milionários”. O empresário Augusto Franco Neto, candidato a vice-governador na chapa de Eduardo Amorim, mostrou-se surpreso com a assertiva: “O senador queria porque queria, até pouco tempo, uma composição com meu nome. Como não deu certo, agora não presto mais”.
Voltando a Manoel Sukita... O PSB não lhe pode negar legenda, até porque o ex-prefeito era, antes de ser preso, um dos mais aguerridos articuladores da candidatura de Antônio Carlos Valadares à sucessão. Seria também seu financiador? Sabemos que a candidatura do senador miou por falta de apoio político e de coragem dos socialistas, não por falta de suporte financeiro, tudo indica.
Trocando em miúdos: o senador tem o milionário que merece, um “ficha suja”, um “malaquias” tirado a esperto, um falastrão sem papas na língua ferina, que a ninguém respeita; uma mercadoria pega em flagrante delito sacando na boca de um caixa do Banese um milhão de reais dos sofres da Prefeitura de Capela, em dinheiro vivo. Se não quer assumir o pacote que ajudou a embalar desde a mocidade, Antônio Carlos Valadares pode até dá-lo de presente a Jackson Barreto, cuja extirpe se assemelha muito a de Manoel Sukita.
Enfim, um dia é da caça, o outro do caçador! O ex-prefeito Manoel Sukita ainda vai dar um trabalho miserável àqueles que, no momento mais severo da vida do cabra que já foi flanelinha e virou empresário do ramo de venda de automóveis, lhe deram um barulhento pé na bunda...
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Por David Leite ©2014 | 17/07 às 14h50 | Reprodução permitida, se citada a fonte | Com informações da imprensa e fontes de pesquisa | Clique na imagem para ampliá-la.
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