RATOS DE REDES SOCIAIS: VAMOS EXTINGUIR ESTA PRAGA
Ou: “Agente tamém sabemo xafurdar na lama, çi for pressizo”...

Por David Leite | Sexta-feira, 05/04/2013 | 10h50
Nos últimos anos tenho dedicado meu tempo livre ao estudo dos novos fenômenos da comunicação – as redes sociais na internet – e sua influência na sociedade, sempre tão displicente quanto a manipulação de ideias e conceitos.
O uso intensivo do rádio e posteriormente da televisão para causas políticas teve seu tempo áureo – vide Segunda Guerra Mundial (dr. Paul Joseph Goebbels) e embates eleitorais inesquecíveis, como aquele entre John F. Kennedy e Richard Nixon, em 1960. Hoje, o palco político, a nova arena de disputa para consquistar votos e adeptos é a internet, por meio do Twitter e do Facebook.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa. Quando estive adjunto da Comunicação na gestão de João Alves Filho (2005/2006), convenci um reticente César Gama, titular da pasta, a mandar para o quinto dos infernos nossa turma de ratos de rádio, mantidos até então. Foi o contributo para tentar extinguir uma praga vezeira de opinar sobre qualquer assunto com “independência”.
Mas que independência, se eram pagos por nós para nos defender quando atacados pelos radialistas de plantão e por adversários, fosse pessoalmente ou através dos seus ratos de rádio? Que credibilidade pública podiam ter se eram até identificáveis, havendo inclusive um rodízio para não marcar as vozes? Ao assumir o governo, Marcelo Déda achou por bem reativar o ninho e eis que os ratos de rádio voltaram com força ainda maior, daquela feita com uma missão específica: detonar o ex-governo.
Não houve um único dia nos anos de 2007 e 2008 (eleitoral) em que o Negão não fosse lembrado como causador das maiores mazelas perpetradas contra Sergipe, a Administração Pública e, sobretudo, o Erário. João Alves Filho foi alvo da mais insidiosa e patife campanha contra um político sergipano na história recente.
Com o advento da internet e suas poderosas redes sociais que agregam sobretudo a juventude e os adultos mais descolados, surgiu uma nova modalidade de detratores da moral alheia e disseminadores de conteúdo político negativo destinado a adversários: os ratos de Twitter e Facebook.
Reconhecer um desses murídeos é fácil demais: geralmente são jovens, posam de estudantes, de independentes, de desinteressados e, acima de tudo, de politicamente engajados. Porém, todos esses atributos se misturam ao esgoto da política, com essa gente sendo remunerada para realizar o trabalho sujo.
Os exemplos de ações pútridas patrocinadas por políticos são muitos, sobretudo quando estes estão no poder. Na ânsia de esconder do eleitor os ataques pérfidos contra seus adversários – muito por causa da falta de coragem para fazê-lo frente a frente, porque macaco velho sabe em que cipo se balança –, contratam os serviços dos murídeos de redes sociais, muitos a peso de ouro.
Toda expressão do cidadão comum é bem vinda, porquanto ele é de fato o verdadeiro “dono” do poder, sendo os políticos apenas representantes do povo. Assessores remunerados ou não, por seu turno, são de pronto reconhecidos pois se identificam e, assim, emitem opiniões com o selo, a cara do político a quem representam. Os ratos de redes sociais, não! Assim como os ratos de rádio, fingem que são independentes. Contudo, fazem um jogo imundo, usando do oportunismo dissimulado, cujo o fito é engambelar trouxas e desatentos.
Noutras partes do mundo civilizado, os ratos de rádio foram banidos. Entretanto, a praga dos murídeos de redes sociais está disseminada no planeta inteiro onde o acesso a internet é livre. Caberia então aos políticos e seus assessores conscientizarem-se da necessidade urgente – ao bem da política e da própria classe dos políticos – de jogar limpo e obrigar aqueles a quem contratam (e são remunerados para tanto) a se identificarem publicamente. O cidadão comum, o eleitor, o consumidor de opinião não pode mais ser enganado.
Hoje trabalho para o PSC – assim como por 17 anos servi ao Democratas – e não escondo isso de ninguém. Minhas opiniões são públicas. Mantenho este espaço pessoal para discutir política, mas busco sempre elogiar ou criticar com responsabilidade, tendo a verdade como arma primeva e da qual nunca me desvencilho. Causaria-me espécie, portanto, ver (por exemplo) políticos “prestando solidariedade” a assessores que se dizem “perseguidos por aqueles que são contrários a liberdade de expressão”, se este fosse um caso real.
Batam-me um abacate com mel, por favor. Liberdade de expressão? Uma ova. Teriam de ter vergonha na face de carranca... Agora, suponha que um cabra banque ratos de Twitter, empregue-os através de outro poderoso numa secretaria qualquer, dê-lhes a função de detratar o adversário, o adversário vá à Justiça para acabar com uma palhaçada, por exemplo; daí a Justiça lhe dê ganho de causa e mande parar com a esculhambação, e os canalhas ainda receberem a solidariedade pública do mandante – o coautor! Seria, convenhamos, uma santa cara de pau...
Eis o clima em que se vive atualmente em Sergipe, com todas as possibilidades que daí advêm, conforme exemplifiquei na suposição acima. O cidadão que se alerte para não ser enganado! Mas fica o aviso, parafraseando o impagável Stanislaw Ponte Preta, nosso querido Sérgio Porto: Restaure-se a moralidade ou nos locupletemos todos! “Agente tamém sabemo xafurdar na lama, çi for pressizo”...

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PS: Informo, para qualquer fim, que o pensamento exposto acima é de minha total responsabilidade e em nada coaduna com a opinião nem do PSC e muito menos de qualquer um dos seus líderes em Sergipe ou em qualquer outro estado do País. Trata-se de uma manifestação pessoal e restrita deste escriba!

Amigas e amigos, o desmentido de Marcelo Déda...
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ANDRÉ MOURA, BABÁ DE MARCO FELICIANO?
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Por David Leite | Terça-feira, 02/04/2013 | 15h55
Ai, ai... Como diria minha Santa Vó Dona Caçula, pimenta no fiofó dos outros é refresco. Esse tal de Marco Feliciano não perde a chance de provar que é ainda mais sem-noção do que afiançam seu alegres adversários, a exemplo do deputado Jean Wyllys, outro paquiderme intelectual cuja estranha mania – algo abjeto, aliás – é tratar como inimigas as pessoas que dele discordam.
Não é que no final de semana o idiota, durante um ato religioso, comparou ex-membros da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que ora preside, ao próprio Lúcifer? Pessoalmente, penso eu, Marco Feliciano já teve seus procurados 15 minutos de fama. Sim, antes que eu esqueça: tem até um Jô Soares e uma Marília Gabriela agendados!
Todos sabem da minha posição a favor da democrática – por causa do rito legal – permanência do deputado-pastor na CDHM. Mas convenhamos, aquele tagarela nauseabundo não ajuda. Hoje, obrigado pelas circunstâncias, um constrangido André Moura, líder do PSC em Brasília, disse que a fala do pastor causa “preocupação” na bancada. Contudo, voltou a insistir, a decisão de renunciar ao cargo na comissão é “exclusividade” de Marco Feliciano.
André Moura disse ainda não haver mais nada que a liderança do PSC possa fazer sobre o caso, “situação que deixa a todos (os parlamentares do PSC) incomodados”. As declarações do deputado-pastor, na visão do líder, fizeram a coisa tomar proporções maiores, que fogem da alçada da bancada e da liderança.
Trocando em miúdos, o imbróglio Marco Feliciano – mesmo a contragosto de certo radialista sergipano, não é George Magalhães? – terá que ser resolvido pela Executiva Nacional do PSC e pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, não mais por André Moura, que exauriu suas atribuições como líder de bancada.
Na verdade, sabe caríssimo George Magalhães, o que eu queria mesmo era que André Moura fosse babá do deputado Marco Feliciano, como foi Dona Filó lá em casa... Bastava umas palmadas bem dadas e a bagunça estava resolvida!