** Polêmica do ProInveste **
Da política rasteira ao “Onde está o dinheiro”, mosfios?

Por David Leite* | 06/12/2012 | 13h55 | Política
Destemperado, acusatório e incapaz de admitir que o contraditem, o deputado Francisco Gualberto (PT) atribuiu ao senador Eduardo Amorim (PSC) a responsabilidade direta pela derrota do Governo na questão do ProInveste. Ontem à noite, Eduardo Amorim lamentou que o Cabra do Facão não tenha entendido a democracia do Poder Legislativo e tente encontrar supostos culpados para justificar os problemas do governo que representa. Penso porém, que Eduardo Amorim errou ao não classificar Francisco Gualberto de ingrato e mal-agradecido.
Mais afeito ao meu estilo de deixar tudo em pratos limpos, o sempre espirituoso líder da oposição na Alese, Venâncio Fonseca, disse via Twitter que todos os governos passados (eleitos no período democrático, a partir de 1986) tomaram juntos 890 milhões de reais. Já o governo de Marcelo Déda, sozinho, obteve mais de R$ 1 bilhão. Ou seja, a mesma Assembleia Legislativa que barrou o empréstimo de R$ 727 milhões na quarta-feira, já havia assegurado outros financiamentos ao gestor do PT, ainda mais vultosos!
De volta a Eduardo Amorim, um sujeito elegante no trato e dotado de um tom de voz apaziguador... O senador disse que não vai entrar nesta de agredir por agredir, no que está certíssimo. No entanto, questionou o fato de o governador não ter sentado com os deputados, para mostrar a real realidade do Estado. Fato que, confesso, não me espanta, posto que Marcelo Déda se acha o Rei da Cocada Preta. Então, ele iria conversar sobre o quê?
Disse Eduardo Amorim: “Fui estudar a dívida do Estado e me assustei. Em 2008, era de R$ 800 milhões. Hoje, soma R$ 2,5 bilhões. Isso em (apenas) três anos. E a garantia para o empréstimo do Proinveste? O servidor concorda?” O senador lembra que cinco governos seriam comprometidos com o pagamento do empréstimo. Na opinião dele – e na minha também, reafirmo –, aprovar o ProInveste seria jogar para debaixo do tapete os problemas da gestão atual, deixando que outros governos paguem pela incompetência de Marcelo Déda até 2033 – isso mesmo, até 2033! Convenhamos, o argumento pertine – muito, aliás...
Essa história de quebradeira embute também a preguiça estabelecida neste governo – e aqui vai a minha estrita opinião, sem nada a ver com a do senador. Marcelo Déda, bem afiançou Eduardo Amorim, poderia tentar a liberação de recursos das emendas de bancada (Orçamento da União). O senador afirmou que, nos últimos dias, esteve em quatro ministérios buscando recursos para Sergipe. Por que peste, então, Marcelo Déda – ou quem de direito! – não levanta a bunda da cadeira e corre atrás desses recursos em Brasília, onde quem reina faceiro é o PT?
Em mãos competentes e preparadas para gerir um Estado abarrotado com tanta grana, Sergipe já estaria em voo de cruzeiro há muito tempo. No entanto, graças à preguiça mental, a incapacidade administrativa do PT e à falta de liderança, corre-se o risco de os servidores estaduais ficarem sem o 13º salário neste ano. Que vergonha, para quem prometeu mudança...
Por fim, a pergunta que não quer calar: onde entocaram – ou torraram – tanto dinheiro? Fazer propaganda, ateste-se, não basta...
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PS – Através das redes sociais, ratos de internet supostamente ligados ao governo criaram um meme para atacar o senador Eduardo Amorim. Trabalho que, claro, teria o incentivo de gente ligada à Vice-Governadoria de Sergipe, comandada pelo probo Jackson Barreto. Veja a foto da gandaia petralha logo abaixo; e veja também a vacina preparada por mim, e já encaminhada, via Facebook, Twitter e Twitpic, para o devido compartilhamento. Afinal, guerra é guerra... (Clique nas fotos para ampliar)
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(*) Com informações de Universo Político.com



Quinta-feira, 06 de Dezembro de 2012 | Política
Das piadas que o chefe Marcelo Déda conta


Por David Leite
Ao atribuir à gestão calamitosa da saúde pública estadual no primeiro governo o motivo para ter sido derrotado na Grande Aracaju por João Alves Filho no pleito de outubro de 2010, quando conquistou a reeleição, Marcelo Déda – sempre em busca de vantagens à imagem pessoal, frise-se – saiu-se com uma frase que vista em retrospecto virou piada de salão: “Serei eu mesmo, pessoalmente, secretário de Saúde.” Todos sabemos o resultado da pomposa investida...
Agora, derrotado mais uma vez pela oposição na Assembleia Legislativa, desta feita no embate do projeto do ProInveste – pelas contas, são três batalhas consecutivas perdidas –, a estrela do PT sergipano resolveu criar um tal de “Núcleo de Governança”, cuja missão precípua seria “avaliar as contas do Estado”.
De duas, uma: ou o governador não se tocou que, ao instituir publicamente um grupo destinado à governança, confessa Ele que esta, de fato, não existe – ou mesmo, que jamais existiu; ou o corolário de exímio marqueteiro, decantado ao longo dos últimos anos como divino, seria apenas falação de puxa-sacos!
Ao que parece, o que Marcelo Déda tem de melhor, aquilo que Ele faz com maestria hors concours (vejam quadro abaixo; clique para ampliar), é o pendor à comédia stand up... Oremos!


ATENÇÃO: FALHA GRAVE MINHA!
Foto com Mula da Silva, Madame Rose e Marisa Letícia é montagem descarada e grosseira

A foto original, de autoria de Ricardo Stuckert (Presidência da República), com a qual se realizou a falsa foto produto de montagem, é esta publicada abaixo. E foi feita no dia 22 de fevereiro de 2009, no Sambódromo, no Rio, e mostra Mula da Silva, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o cantor Neguinho da Beija-Flor e sua mulher, a sambista Elaine Reis.
Portanto, como tenho compromisso com a verdade unicamente, é meu dever informar que a suposta foto que ilustra a publicação anterior (QUANTO PUDOR COM OS DESPUDORADOS) é na verdade uma montagem descarada. Pelo que peço desculpas aos leitores e aos envolvidos na foto...
PS - A foto anterior havia sido colhida no site da revista Veja, no blog do colunista Ricardo Setti, jornalista sério e acreditado, que também acabou sendo enganado. Coisas da internet... Afora a foto, as demais informações publicadas no texto são mantidas, porquanto factuais. Abraços.



Quarta-feira, 05 de Dezembro de 2012 | 11h10 | Política e Sociedade
Quanto pudor com os despudorados
(Ou de amantes, raparigas e nêgas)

Por David Leite
A cambada da esquerda – ademais, a turma violenta e voluntariosa do PT – agride o que chama de “mídia” e “imprensa golpista” de... golpista, por divulgar as estripulias despudoradas que tornaram-se lugar comum no Governo Federal desde a ascensão de Mula da Silva ao poder. Mas o faz de pança bem regada! Em verdade, a imprensa nativa é até boazinha com o ex-presidente...
Madame Rosemary Nóvoa Noronha, a Rose, recentemente indiciada na operação Porto Seguro da Polícia Federal por corrupção, tráfico de influência e falsidade ideológica, agindo no escritório da Presidência da República em São Paulo, havia 20 anos mantinha uma “amizade íntima” com Mula da Silva – isso mesmo, gente, a moça (de acordo com a imprensa nativa) era apenas “amiga íntima” do cobra-criada... e só! Santa esculhambação...
Vejam, então, o eufemismo descarado. Fosse Madame Rose amante, rapariga ou nêga de algum ex-presidente da direita ou de um não-petista casado, seria tratada com o substantivo adequado ao que de fato é: amante, rapariga ou nêga! Mas, com Mula da Silva é diferente... O homem é amado pelo povo, fez muito pela Nação e aqui no Brasil a vida privada dos políticos não interessa a ninguém – bem, ao menos até quando a (vida) privada não goza... nas entranhas da (vida) pública!
Nos EUA, Europa e até no Japão, se um político é pego em alguma danação fora do casamento, o assunto é tratado sem delongas, com as palavras devidas: amante, rapariga ou nêga do sujeito, a forma honesta de tratar a questão. Viram como a imprensa no Brasil protege os poderosos de vexames com as respectivas senhoras? Então, não cabe reclamar...
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PS: Abrindo a boca para tirar chacota diante da bruta seriedade da questão a envolver sua amante, rapariga ou nêga – fica a nominação ao critério do(a) leitor(a) –, Mula da Silva teria dito, numa referência ao fato de Madame Rose estar hoje aos 57 anos de vida: “Se eu fosse político de direita, iam inventar namorada mais jovem, 18 anos. Como sou de esquerda, sobrou uma mais velha.”
Ele (Mula da Silva) só não disse que – aliás, ele não dizer nada sério é lugar comum – conheceu Madame Rose quando ela era uma moça bem vistosa e arrumadinha, no frescor dos 20 aninhos de idade. Que ela cuidava de suas contas pessoais e da agenda de trabalho. Hoje, apesar da danação que a transformou na mais nova “celebridade” petista nacional a chafurdar a imagem do Governo, ainda é uma mulher nada mequetrefe... Ao contrário, pode até posar para a Playboy.
Haja cinismo! Eta Braziu sem-vergonha...


Terça-feira, 04 de Dezembro de 2012 | 12h10 | Gestão pública

A arte de saber escolher bons auxiliares
(Mensagem aos novos prefeitos sobre a juventude)

Por David Leite
Saber escolher equipes é fundamental a quem lidera processos, sobretudo quando estes envolvem a gestão pública (governos, prefeituras, secretarias, órgãos etc) – elementar à vida em sociedade.
Sem firulas, vamos ao que interessa: Henry Ford, empreendedor estadunidense, fundador da Ford Motor Company e o primeiro a aplicar a montagem em série para produzir, em massa, automóveis a um preço acessível, dizia que o "gerente profissional – no nosso caso, o prefeito – não tem que gostar de gente (dos que com ele trabalham), não tem que tentar mudar as pessoas (seu jeito de ser), tem é de mobilizar o melhor das pessoas para obter resultados".
Outro empreendedor brilhante, Steve Jobs, fundador da Apple Computers e da empresa de animação Pixar, famosa pelos filmes da série Toy Story, dizia: "Algumas pessoas acham que foco significa dizer sim para a coisa em que irá se focar. Mas não é nada disso. Significa dizer não às centenas de outras boas ideias que existem. Você precisa selecionar cuidadosamente."
Dois conceitos, duas formas de abordagem ligadas pelo mesmo interesse: acertar. E onde entra a turma que faz tal engrenagem funcionar? Basta olhar para o lado e ver o imenso número de jovens dedicados, estudiosos, atualmente afastados da vida pública por conta do caráter nada meritório que hoje a permeia (corrupção) e também pela falta de oportunidade de exibir seus talentos.
Henry Ford e Steve Jobs deram vazão ao espírito empreendedor e criativo de um número incalculável de jovens engenheiros, designers e devotados criativos (publicitários, relações públicas, vendedores etc). Em Sergipe, um político profissional deu crédito aos jovens de sua época, de forma desabrida: José Rollemberg Leite.
Governador de Sergipe em duas ocasiões (de 1947 a 1951 e de 1975 a 1979), ao assumir o governo pela segunda vez, José Rollemberg Leite ousou. Levou à Prefeitura de Aracaju – nequele período, cabia ao governador indicar o prefeito da capital – um jovem engenheiro de apenas 34 anos de idade, que arrebanhou ao seu lado um time de outros jovens espetaculares, dispostos a promover inovação criativa, a fazer uma verdadeira "revolução" – a modernidade os perseguia...
Não é preciso dizer que aqueles jovens – tendo à frente o engenheiro João Alves Filho – idealistas e dotados de espírito público tomaram gosto pela coisa e agora, tanto o Negão quanto o mais destacado dos seus auxiliares daquele primeiro instante, o também engenheiro José Carlos Machado, estão de volta ao comando da Prefeitura de Aracaju. Eles tiveram suas chances. Agora terão a oportunidade ímpar de retribuir, apostando na juventude...
Os exemplos dados servem para todos os novos prefeitos: aproveitar o talento dos jovens (empreendedores e criativos) de Sergipe pode ser o grande diferencial das novas gestões que se iniciam em janeiro de 2013. Gente sem os vícios do poder, com gás e sangue novos, com ideias boas – e alguns até com visões excepcionais. Basta saber escolher bem, tirar de cada um melhor de si sem querer moldar a personalidade de ninguém, focar no que é de fato fundamental e ousar – ousar muito!
É isso que tem faltado à gestão das nossas prefeituras faz tempo...