UM AMOR REPRIMIDO?
Tão corriqueiros têm sido os bafafás protagonizados pelos danados Agamenon Sobral e Lucimara Passos nas sessões da Câmara de Vereadores em Aracaju que um a mais até cansaria, não fosse pela teimosia dos nobres parlamentares por tentar superar, digamos, o inusitado. Algo do tipo, “O coração de todo mundo bate, só o meu apanha?” – aliás, depois deste belo poemeto, o arrocheiro Pablo foi alçado, ao menos para meu cafajestismo musical, a um novo Caetano Veloso! Tanto faz, eu diria...
O vídeo abaixo, primor de delicadezas, traz caudalosos afagos, carinhos mil e juras de desamor permutadas, com direito a notas taquigráficas para os anais do Legislativo da capital sergipana, afinal, as gerações futuras também precisam compreender como se deu a evolução da espécie humana naquela Casa do Povo.
O vereador é um “cavaloeiro” – sim, um aristocrático cavaleiro montado em si mesmo! Para ele, as palavras teriam a mesma função de um cinturão. Tome uma... A contraparte também vocifera em vernáculo cavernoso, no sentido neolítico do termo – fase na qual os seres humanos se comunicavam com linguagem ainda pouco desenvolvida, baseada em parca quantidade de sons, sem a elaboração de palavras: o berro bastava!
A parte cujos frouxos risos ainda me abundam às escâncaras vem de Agamenon Sobral, o galante. Uma pessoa desassombrada. Ele explica com pureza de detalhes, porém sucintamente, qual parte ele menos corrobora na colega, e lhe incomoda: a vereadora (indiciada por improbidade administrativa) – nas palavras de prezado Agamenon Sobral, “vereadora indiciada por corrupção” – Lucimara Passos adora um barraco...
Dúvida: a edil estaria a portar as roupas íntimas, hoje? ‪#‎Uia‬
– – – – – – – – – – – –
Por David Leite ©2015 | 21/05 às 19h59
Reprodução permitida, se citada a fonte.

OXENTE, CABRA! COMIGO, NÃO...
Na coluna Plenário de hoje, o jornalista Diógenes Brayner – para mim, o mais bem informado de Sergipe em amplos setores sociais, e não apenas na política – informou que “Gilmar Carvalho será apresentador de (um) programa de TV”, e até já teria assinado contrato com a TV Atalaia para comandar a edição local do espalhafatoso “Cidade Alerta”, “com um viés político”.
No programa de hoje (Ilha FM), tratando sobre a nota de “Plenário”, o radialista fez algumas considerações. O colega seria “um querido amigo”, mas precisava corrigir uma informação, “não que Diógenes Brayner seja mentiroso. Mas quem passou, não disse a verdade ou a avaliação está equivocada, o que é natural, afinal de contas eu também me equivoco. Somos humanos”.
Pausa rápida – Isso é demais para meu velho fígado: Gilmar Carvalho não é um extraterrestre disfarçado de gente? Sempre, mais e mais me “surpreendo” com a comunicação sergipana.
Voltando! Após ler a nota de “Plenário”, Gilmar Carvalho a classificou de “equívoco muito grande”. Lembrou ser o “Cidade Alerta” um programa policial, terá “O” toque e o estilo dele, garante que será um programa policial “diferente de todos os outros programas policiais, inclusive nacionais. Mas não terá, em hipótese alguma, em instante algum, conotação política” – e fez questão de repetir o trecho “em hipótese alguma, em instante algum, viés político”, como se, de antemão, precisasse convencer a si mesmo de que falava somente a verdade, nada mais do que a verdade.
De toda sorte, Gilmar Carvalho confirmou a assinatura do contrato na sexta-feira, 15, com a TV Atalaia, de um ano de duração com possibilidade de prorrogação. Na verdade, conforme afiança Diógenes Brayner, o danado “está bem animado com a (suposta) candidatura a prefeito da Barra dos Coqueiros” e ontem mesmo teria recebido apoio de um vereador local, eleitoralmente influente.
Eis, pois, um dado importante sobre o poder de programas na mídia eletrônica para transformar comunicadores sociais em políticos com mandato eletivo: foi-se o tempo! Otoniel Bareta tentou emplacar o filho vereador por Aracaju, em 2012. Perdeu! Ano passado, Adelson Barreto quis fazer do filho de criação, hoje vereador em Aracaju, deputado estadual (na “sua” vaga!). Perdeu! O próprio Gilmar Carvalho amarga quatro derrotas consecutivas, em busca de uma cadeira na Alese.
Microfone pode até trazer notoriedade. Pessoas como os “artistas” citados acima fazem grande sucesso junto ao público, sobretudo o popular. Mas fazer brotar votos, nem sempre funciona...
– – – – – – – – – – – –
Por David Leite ©2015 | 05/05 às 10h50
Reprodução permitida, se citada a fonte.

‪#‎Curta‬ ‪#‎Comente‬ ‪#‎Compartilhe‬