SANTA INSENSIBILIDADE – OU SERIA IRRESPONSABILIDADE?
Os brasileiros todos deveriam ler com bastante atenção o editorial desta quinta-feira (27) d’O Estadão. Resume extraordinariamente o lado danoso do Ministério Público, através do corporativismo e da insensibilidade – e eu acrescentaria, da irresponsabilidade com o País.
Baseados na premissa da “farinha pouca, meu pirão primeiro”, promotores de Justiça pleiteiam reajuste salarial de 16,38% sobre os proventos, cujo salário bruto inicial começa em R$ 28 mil.
Como diz o editorial, “fica difícil acreditar que esse tipo de mentalidade, tão interessado no próprio bolso e tão indiferente à situação do País e dos brasileiros, seja capaz de promover a apregoada renovação moral e institucional. É mais crível que a recolocação do País nos trilhos, também na esfera moral, venha a ocorrer pela via oposta, com a diminuição de corporativismos e a redução dos privilégios”.
O Brasil tem castas! Aqui, altos servidores públicos fazem lobby aberto nas Casas Legislativas em Brasília para manterem-se amplamente privilegiados, isso desde a formatação da “Constituição Cidadã” de 1988. Que ninguém se engane, a guerra contra a reforma da Previdência advém também dessas castas, a exemplo do MP. Na mesma toada, a perseguição ao presidente Temerário, creiam, tem vários panos de fundo! A questão é: até quando o povo suportará calado o peso desses “vestais”?
Num momento no qual as despesas do Estado Brasileiro estão muito acima das receitas recolhidas de todos nós e é necessário, com urgência e de forma continuada, cortar gastos, as pretensões salariais dos membros do MP são pateticamente imorais, para dizer o mínimo! A situação é drástica e exige de todos uma cota de sacrifício. Mas quem dirá isso aos privilegiados do Brasil

#SantaPatifaria #BrasilMostraSuaCara

DOS “CAROS AMIGOS” DA ESQUERDA
Como epíteto, a já designar ao que se presta, a revista “Caros Amigos” se diz “A primeira à esquerda”. Para quem ignora a existência do periódico mensal, trata-se de publicação muito badalada e respeitada entre petralhas e afins. A edição deste mês presta-se a, digamos assim, avaliar [em matéria de capa] “As cartas marcadas das reformas” e informa no subtítulo da matéria em questão o seguinte: “Parlamentares financiados por grandes empresas e que também são eles próprios empresários são a ponta de lança do rolo compressor contra os trabalhadores.”
No caso da reforma trabalhista, já disse e reafirmo, sou amplamente favorável. O Brasil precisa modernizar-se e passou muito do tempo para isso ocorrer. Pode haver, sim, aqui ou ali algo a ser pontuado e até melhorado no decorrer do processo – e para isso existe o Congresso Nacional, com seus vários matizes representativos da sociedade –, porquanto o debate sobre uma lei publicada não se encerra com o ato de promulgação. O tempo se encarrega de apontar erros e acertos.
Ao fazer um suposto apanhado histórico para justificar a atual crise, “Caros Amigos” a avalia, claro, pela ótica do embate capital/trabalho. O velho discurso da esquerda surge revigorado ante o padrão “desenvolvimentista” e basicamente estatal praticado nos governo petralhas a partir do segundo mandato de Mula Lava Jato do Acarajé – o Nine! – e que, sem dúvida, afundou o país com a tal da “Nova Matriz Econômica”, que de nova mesmo tinha apenas o nome. Uma tragédia…
Quem tiver a oportunidade de ler “Anatomia de um Desastre”, livro de Claudia Safatle, João Borges e Ribamar Oliveira, encontrará “pari passu” a construção dessa desastrada e tresloucada ideia, que descambou na atual crise, cujo governo do presidente Temerário conseguiu minimizar: a inflação baixou, os empregos começam aos poucos a surgir e os investidores já apostam no país, de novo.
Lá pelas tantas, como se fosse crime pertencer ao empresariado ou representar a categoria no Congresso Nacional, a revista “denuncia” políticos cuja biografia no Senado e Câmara dos Deputados indica como atividade laboral a posse ou gerência de empresas. Esses são dos infernos!
A ladainha do panfleto esquerdista pode ser sintetizada no fato de a “burguesia, tendo como eixo a diminuição do conflito distributivo por meio da redução dos custos da força de trabalho (terceirização, reformas trabalhista e da Previdência)”, apostar nas reformas como “perspectiva de recompor margens de lucros ou enfrentar um ambiente de maior concorrência internacional”. Em resumo, o Brasil deve permanecer como ilha do atraso e jamais eles irão permitir a expansão do capital e, por conseguinte, do emprego, se não for como eles querem.
O deputado por Sergipe Laércio Oliveira é citado em dois momentos no texto de “Caros Amigos”. No primeiro, quando se informa ter ele recebido na campanha R$ 116 mil da siderúrgica Arcelormittal Brasil S/A e ter sido relator da Lei da Terceirização. Mais adiante, é apontado como “interessado na total terceirização”, citando ser fundador da Multiserv, empresa sergipana de prestação de serviços e autor da já famosa frase “ninguém faz limpeza melhor do que mulher”. Só pode ser piada! Queriam o quê, que o deputado fosse contra a terceirização? Haja caradurismo.
Leio “Caros Amigos” para rir um pouco das idiotices esquerdóides, da falta de visão geopolítica do mundo, da incompreensão quanto à fatídica mudança no mundo do trabalho proporcionada pelas novas tecnologias, sobretudo a “inteligência artificial” e a internet. Também a leio para me aprofundar na estratégia eleitoral do PT e corriola, pois ali está o berço do pensamento “intelectual” dessa gandaia.
Um bom domingo a todos!