EDUCAÇÃO:
VERGONHA NACIONAL; E OUTRO
BRASILEIRO
AGUARDA NO CORREDOR DA MORTE
De
volta ao batente, após alguns dias de sombra e água fresca, a
notícia mais lamentável (para o futuro do país) diz respeito ao
terrível desempenho dos alunos brasileiros no Enem 2014.
O
ensino nas escolas públicas brasileiras anda ruim demais, já havia
diagnosticado a Prova Brasil, cujos resultados, avaliando crianças
do 5º e 9º ano do fundamental e do 3º ano do ensino médio, em
português e matemática, foram divulgados em novembro.
Um
resumo da tragédia: a cada dez alunos, nove terminam o ensino médio
sem aprendizagem adequada em matemática – 65% não sabem
reconhecer um quadrado, um triângulo ou um círculo; e cerca de 60%
não conseguem localizar informações essenciais num conto ou
reportagem.
A
Prova Brasil é usada para compor o principal indicador da qualidade
da educação nas redes pública e privada no país, o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Em 2013, 23 estados
ficaram abaixo da meta projetada – menos Amazonas, Pernambuco, Rio
de Janeiro e Goiás.
Agora,
além da queda na nota da redação do Enem, meio milhão de
candidatos zerou a prova. Especialistas apontam justamente o provável
número de “analfabetos funcionais” como causa fundamental para
resultados tão desesperadores. Ou seja, são alunos aprovados em
anos anteriores e no final do ensino médio, mas que não sabem ler
um enunciado, explicar uma ideia ou escrever um texto com
encadeamento e lógica.
Todos
os indicadores convergem para o mesmo diagnóstico: estamos na
rabeira! O Pisa (prova internacional de competências), por exemplo,
fornece resultados similares há anos, num ranking em que os alunos
brasileiros ocupam o desonroso 58º lugar entre 65 países.
Está
comprovado que somente a educação de qualidade consegue diminuir as
desigualdades econômicas e sociais, um dos maiores gargalos a
impedir o aumento da produtividade, e por consequência, do
desenvolvimento sustentável no Brasil. O Enem traz o alerta
importante: não podemos mais adiar a reforma no sistema educacional,
ou a competitividade do país estará seriamente ameaçada.
Morte... aos traficantes de drogas – Na Indonésia estão algumas das mais badaladas e belas praias do planeta, chamarizes para surfistas e aventureiros do mundo inteiro.
As
ilhas de Bali e Java são destinos obrigatórios no sudeste da Ásia.
Maior arquipélago do mundo, fincado na encruzilhada de dois oceanos
– o Pacífico e o Índico – e dois continentes (Ásia e
Austrália), a Indonésia é um mosaico de culturas, reunidas sob
forte pressão religiosa.
De
uns tempos para cá, intelectuais e políticos seculares lutam para
manter a harmonia religiosa do país – o hinduísmo e o budismo são
também presentes –, e as vozes moderadas estão revoltadas com a
direção tomada, sobretudo no governo de Susilo Bambang Yudhoyono,
substituído em fins do ano passado por Jako Widodo, um populista
amplamente favorável à pena de morte.
Com
mais de 250 milhões de habitantes, a Indonésia é o país com maior
maioria muçulmana (87%) do mundo e sofre um processo de
radicalização islâmica e intolerância contra tudo o que não for
muçulmano. O turismo é levado a sério, no entanto a caça às
drogas elevou-se sobremaneira.
Jako
Widodo é o primeiro presidente do país sem vínculos com a ditadura
do general Hadji Mohamed Suharto, outro populista sanguinário.
Elegeu-se com a plataforma de ampliar o cerco aos traficantes. Punir
com a morte entra no bojo dessa “política” de governo – um
recado aos cartéis ocidentais para evitarem o país, que se
transforma a cada dia em foco do jihadismo.
O
surfista brasileiro Rodrigo Muxfeldt deve ter o mesmo destino de
Marco Archer Cardoso Moreira, o conterrâneo fuzilado no sábado. Na
Indonésia, tolerância mesmo apenas com assassinos. Só em 2014
foram soltos mais de 300 terroristas, e mais de 1000 tiveram penas
comutadas nos últimos dez anos.
Dilma
Rousseff andou pregando o diálogo com terroristas. Talvez agora a
nossa governanta se convença que é tarefa amplamente impossível
manter relações amigáveis, quando envolve essa gente configurada
nos ditames e ideias da Idade Média.
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Por David Leite ©2014 | 19/01 às 12h25 | Reprodução
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