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Quinta-feira, 29 de Abril de 2009 - 22h25

> Quem diz o que quer, ouve...

> Rato de internet / O claudicante roedor papudo e bigodudo ataca de novo

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Quem diz o que quer, ouve...

Noite da sexta-feira (16/04). Carnaval fora de época em Itabaiana. O ex-prefeito de Lagarto Zezé Rocha e os deputados federais Albano Franco, Jerônimo Reis e Jackson Barreto conversavam entre si no camarote do prefeito Luciano Bispo. Uma liderança comunitária de Lagarto, com parentesco com o ex-presidente da SMTT de Aracaju e atual secretário municipal de Saúde, Antônio Samarone, cumprimentou o grupo.

Apesar da ligação familiar com um correligionário do governador Marcelo Déda, o líder comunitário lagartense é aliado do ex-governador João Alves Filho desde 2006. Foi acolhido na roda de políticos naturalmente, menos pelo deputado federal Jackson Barreto, que despachou um dos seus gracejos: “Doutor João vai levar fumo em outubro”. Teve como resposta o óbvio: “Quem gosta de fumo é você, Jackson”! Fim de papo e a festa continuou...

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Rato de internet

O claudicante roedor papudo e bigodudo ataca de novo

Ratos há em todos os lugares. A internet está cheia deles, sobretudo os portais de desinformação. O mais gritante de Sergipe abriga um roedor bem papudo, facilmente identificável pelos hábitos e hálito próprios dos murídeos, pela pelagem amarelada, o farto bigode e a proeminência de tártaros.

A principal “virtude” dessa claudicante ratazana é no campo da escrita –descuidada, adornada de trapos linguísticos e precários alinhavamentos gramaticais. A baboseira adulatória só fica menos ruim quando ele publica, como se suas fossem, “opiniões” fabricadas por terceiros, incluindo as de um certo oficial da PM, do conselheiro-avatar do TCE ou as requentadas das panelas de Carlos Cauê e Marcos Cardoso (chefes da Comunicação estadual e municipal).

Talvez preocupado com o futuro incerto, em caso de derrota do Governo da Mudança para Pior em Outubro, o cara-amarrada –ou cara-dura, se preferir– anda nervosinho... Nervosíssimo, aliás, após certa turma do barulho, por falta de uma imprensa menos devota ao governador Marcelo Déda, começar a expor através de múltiplos canais na internet as mazelas que ele tenta abafar.

Ultimamente, a irada ratazana vem reclamando da pesada carga de processos judiciais, resultado das laudatórias mentiras que defeca. Já foi inclusive ameaçado de perder a boquinha por conta dessa diarreica irresponsabilidade com a qual lambuza o jornalismo. Neste mês por exemplo, durante quase uma semana, o descarado roedor foi obrigado a pedir desculpas diárias a um político de Lagarto por ter inventado e noticiado uma denúncia contra ele.

Por tentar arruinar tantas reputações e praticar um jornalismo tosco e imoral, o rato chapa-branca da internet, aquele papudo e bigodudo, pode acabar virando um bajulador sem-portal. Será que alguém vai sentir falta do malaquias?

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(*) Logo abaixo, leia texto onde o ex-presidente do TRE, ministro do STF Carlos Brito, faz campanha eleitoral explícita em favor do governador Marcelo Déda e o define como “maior tribuno do Brasil”.

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Segunda-feira, 26 de Abril de 2010 - 18h15

> A arte da dissimulação / Uma escova de dentes para Jackson Barreto

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A arte da dissimulação

Uma escova de dentes para Jackson Barreto

O historiador, poeta, diplomata e músico italiano Nicolau Maquiavel sabia das coisas. Fundador do pensamento e da ciência política moderna, retratou as entranhas do poder como realmente é –e não como deveria ser. Imune à ética e desprovido de qualquer traço de idealismo, para ele, a atividade política espelha apenas a natureza humana, e assim deveria ser vista. Sem considerar defeitos ou virtudes, pois importaria o objetivo final, não os meios usados para alcançá-lo.

Ultimamente, preocupado com a reação do público diante das investidas pessoais que fazia até meses atrás em palanque, detratando o oponente maior, João Alves Filho –pesquisas internas do governo apontaram o desapontamento do eleitorado com a violência verbal contra o ex-governador–, Marcelo Déda resolveu abster-se de fazer ele mesmo o discurso sujo.

Escalou como detrator oficial o deputado federal Jackson Barreto, especialista em chafurdar com lama qualquer biografia, incluindo a própria. JB, apesar de fundar sua conduta moral na filosofia maquiavélica, não o faz por referência intelectual absorvida através de esforçado estudo. É, digamos, um desavergonhado nato –nasceu assim, despossuído de qualquer mínimo pudor! E, como tal, não lhe importa envergonhar seus eleitores e muito menos os alheios.

A Marcelo Déda, por conta do grande desgaste na imagem provocado pela incompetência gerencial, só resta mesmo usar o vale-tudo para garantir a reeleição. O governador bem sabe, não será fácil ganhar limpo de João Alves Filho. Porém, “o maior tribuno do Brasil” atropela a lógica ao delegar a função de detrator justamente para JB, cujo prontuário policial pesa quase meia tonelada.

Jackson Barreto é capaz de tudo! Um exemplo bisonho ocorreu no final da década de 1980, quando ele era prefeito de Aracaju. Cassado pela Assembleia por meter a mão no dinheiro público, JB chegou a acusar até em programa de TV o então governador Antônio Carlos Valadares, a quem havia ajudado a eleger e de quem tornou-se desafeto, de ter matado de desgosto a mãe dele... Além do hoje senador, JB já agrediu Marcelo Déda, Benedito Figueiredo, Almeida Lima, Maria do Carmo, Albano Franco... A lista é grande, mas não para de crescer.

A bola da vez é Venâncio Fonseca. A voz rouca de Jackson Barreto, inflamada como sempre, vocifera excrementos contra o líder da oposição no rádio e na imprensa, na ânsia de tentar defender Marcelo Déda das suas basificadas críticas –será que JB ainda espera ser um dos indicados do governador ao Senado, mesmo com Almeida Lima na parada e bem cotado em Brasília, e por isso tenta agradar o querido chefe atirando em quem lhe é inconveniente?

Não vale a pena reproduzir aqui uma única vírgula da fedentina verbal de JB. Aliás, quem gostaria de ouvir dele algumas poucas palavras é o programa CQC da Rede Bandeirantes. Por três vezes a equipe do humorístico esteve no gabinete do probo deputado em Brasília sem encontrá-lo. Na última vez, foi-lhe deixado o troféu –uma escova de dentes com múltiplas funções– de terceiro colocado no Campeonato Nacional dos Fichas Sujas do Congresso.

Uma dica ao CQC: encontrar JB é muito fácil. Basta procurar na agenda do governador Marcelo Déda data e hora dos comícios eleitorais disfarçados de atos administrativos, realizados diariamente pelo Governo da Mudança para Pior. O nobre deputado Jackson Barreto nunca falta. Se o ditado popular do comedor de farelos que se mistura com os porquinhos estiver correto...

Por outro lado, a escolha pelo CQC da escova de dentes como troféu para Jackson Barreto é por demais perfeita. Parabéns à equipe do programa. Além de poder usar o presente para lustrar a pesada ficha policial, JB também pode aproveitá-lo para fazer uma limpezinha na boca!