RODRIGO JANOT, UMA ANTA OU UM ESPERTALHÃO?
Vamos aos fatos, para análise do distinto público, pois o tema pode se alongar e quero ser o máximo objetivo possível:

1 – Político profissional, Aécio Neves certamente não é santo. Contudo, o texto do ministro do STF Marco Aurélio Mello autorizando nesta sexta-feira (30) ao senador retomar as atividades do mandato, com efeito imediato, bate de frente com as incursões “jurídicas” de Rodrigo Janot – e, por consequente, também com as do colega dele, ministro Edson Fachin.
Na decisão, Marco Aurélio Mello diz: “Não cabe ao STF, seja pelo plenário e, muito menos, por ordem monocrática, afastar um parlamentar do exercício do mandato”, pois tal medida “cria perigosíssima jurisprudência que afeta o equilíbrio e a independência dos Três Poderes”.
Ademais, ao justificar o enunciado acima, Sua Excelência foi categórico: “Os delitos supostamente praticados [por Aécio Neves] não estão entre os considerados como inafiançáveis [tortura, tráfico de entorpecentes, terrorismo e crimes hediondos, por exemplo], logo, não fosse suficiente a inexistência de flagrante – o senador não foi surpreendido cometendo crime –, não se teria como prendê-lo, considerada a previsão do artigo 53, § 2º, da Constituição Federal. Vale notar que o ato extremo poderia, pelo voto da maioria dos membros do Senado, ser afastado [anulado, portanto]”.
Em miúdos: errou o PGR e errou o ministro Edson Fachin.

2 – Os abusos de Rodrigo Janot contra o próprio Aécio Neves e contra o presidente Temerário teriam como razão de ser fatos desabonadores ao procurador-geral da República, cujo mandato se encerra em setembro: no caso do primeiro, para impedir o parlamentar de atuar no Congresso Nacional a fim de coibir certos abusos de autoridade, especialmente de juízes e promotores de Justiça; do segundo, como mera vingança pessoal por este ter-se negado a reconduzi-lo ao cargo.
Claro está o uso delinquente da PGR e da Operação Lava Jato, com Rodrigo Janot em ação desenfreada, determinada e inconsequente, porquanto o faz atropelando a lei e o bom senso, para depor a qualquer custo – político e econômico – o presidente Temerário, com a cumplicidade inusitada de parte do STF e de setores da imprensa, especialmente o Grupo Globo.
Pior, com a desculpa esfarrapada de “caçar” corruptos – o Brasil precisa fazer, sim, e todos devemos apoiar a limpeza para livrar-nos dos maus políticos, mas no estrito limite legal e do Estado Democrático de Direito –, Rodrigo Janot fez estranho conluio no qual, em troca de deleções contestáveis e gravações clandestinas contra Aécio Neves e o presidente Temerário, liberou de qualquer punição os maiores corruptores de todos os tempos na história brasileira – Joesley Fanfarrão e Wesley Safadão –, patrocinadores, aliás, da campanha vitoriosa do ministro Edson Fachin ao STF.
Em miúdos: usa o cargo para proveito político [próprio].

Assim dito, sobram duas questões: o senhor Rodrigo Janot age como tem feito por ser uma anta, portanto estaria inepto para o exercício do cargo; ou por ser um espertalhão, portanto, alguém inapto para a função de PGR? Ficam as perguntas…
#SantaDanação