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Sábado, 08 de Maio de 2010 – 09h55

> SEAD envia esclarecimentos


SEAD envia esclarecimentos
Através da Assessoria de Comunicação, o secretário estadual de Administração, ex-deputado Jorge Alberto, prestimosamente enviou informações ao distinto público, a fim de esclarecer os pontos obscuros do meu comentário. Como prezo pela diversidade de opinião, faço questão de publicar na íntegra o material de contestação enviado, logo abaixo:
Com relação à nota “Os jardins da Babilônia de Jorge Alberto”, publicada no ABRA-O-OLHO, do jornalista David Leite, temos a esclarecer:
 1. O objeto do contrato 05/2010 é a contratação de serviço de limpeza e jardinagem e não apenas jardinagem como foi destacado no artigo acima referido;
 2. O Processo Licitatório 015.000.23900/2009-4 (que derivou no Pregão Eletrônico 036/2010), conforme procedimento padrão, foi analisado e aprovado previamente pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), a qual conclui no parecer nº 5.776/2009: “Com efeito, não há de se entrever quaisquer ilegalidades ou impropriedades capazes de impedir que o certame tenha o seu escorreito tramitar, inclusive à conta da imprescindibilidade que a contratação dos objetos exarados representa para os interesses supernos da Administração, com a contratação de empresa responsável pela realização de serviços de limpeza e jardinagem nos lindes da secretaria respectiva (...)”.
 3. O contrato nº 05/2010 é fruto do Pregão Eletrônico 036/2010, o qual foi amplamente divulgado, na forma da lei, tendo, inclusive, a participação de 30 empresas no certame;
 4. Os serviços de limpeza englobam os prédios sede da Secretaria de Administração, dos Ceac Riomar e Rodoviária, além dos Galpões da Sead. A jardinagem atende a sede da Sead (dois pequenos canteiros centrais internos e área externa do prédio, que, embora sejam de pequeno porte, necessitam de cuidados de um profissional específico, ou seja, de um jardineiro);
 5. Compete à empresa vencedora Embelcom Empreendimento Ltda ME disponibilizar, pessoal para a realização dos serviços contratados. Entre os 28 trabalhadores contratados pela Embelcon, encontra-se apenas um jardineiro. Esse profissional foi incluído entre os demais uma vez que a legislação trabalhista impede que agentes de limpeza executem tal trabalho. Também por isso, que o serviço jardinagem foi incluído como objeto do contrato, ainda que grande parte do já referido contrato seja para o atendimento de serviços de conservação e limpeza;  
 6. Quanto ao valor total do contrato, R$ 400.464,00, para o período de um ano, cujo valor mensal é de R$ 33.372,00, ressaltamos que, entre as demais empresas participantes do Pregão Eletrônico 036/2010, a Embelcon Empreendimentos Ltda foi a que apresentou o menor valor entre as 30 participantes do processo, tendo, inclusive, vencido a empresa que anteriormente prestava o serviço. Ressaltamos ainda, que é de competência da empresa Embelcon o pagamento do salário do pessoal por ela contratada, bem como dos encargos trabalhistas, e todo o material e equipamentos por ela utilizados na execução dos serviços;
 Informamos, por fim, que essa forma de contratação existe desde a criação desta secretaria, passando, portanto, por diversos governos e gestões, alterando-se a empresa prestadora do serviço conforme ocorre novo processo licitatório. Portanto, nada há de imoral em todo o processo licitatório, que transcorreu seguindo todos os trâmites e prazos legais.
Segue, em anexo, todos os documentos comprobatórios.
Mais informações podem ser obtidas com a Assessoria de Comunicação da Sead.

Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Administração (Sead)
Comento: a documentação foi analisada e corresponde Ipsis litteris ao informado pela Assessoria de Comunicação da SEAD. O papel da imprensa, sobretudo de quem observa as atividades da Administração Pública, é inquirir, contestar, inferir e aferir. Cabe aos governos manter a população informada sobre como, quando e onde gasta o dinheiro auferido com impostos. A SEAD cumpriu seu papel para tornar suas ações mais transparentes.

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Terça-feira, 04 de Maio de 2010 - 18h00
> Os jardins da Babilônia de Jorge Alberto

Os jardins da Babilônia de Jorge Alberto
O ex-deputado Jorge Alberto é um sujeito corajoso –ou talvez seja alguém completamente desmemoriado! Membro do PMDB do deputado federal Jackson Barreto e aliado do deputado petista Rogério Carvalho, o hoje secretário estadual de Administração deveria saber o quanto espinhoso e malfazejo é tentar unir dinheiro público com a flora.
Um pouco de história. O jornalista Caco Barcelos, especialista em caçar bandidos, produziu em maio de 1988 uma reportagem onde esclarecia um dos motivos para o processo de cassação pela Assembleia Legislativa do mandato de Jackson Barreto, acusado de desviar dinheiro público.
Dizia o repórter na matéria do Jornal Nacional: “Entre os casos estranhos, chama atenção a poda de árvores em Aracaju. As caçambadas usadas para recolher e transportar os galhos cortados pela administração de Jackson Barreto em toda a cidade, se pudessem ser enfileiradas uma atrás da outra, dariam para ir de Sergipe a São Paulo –algo como 2.170 km”.
Dispensável dizer no que se transformaram as peripécias de JB: ação penal 357 –crime contra a administração pública e peculato; ação penal 372 –crime contra a administração pública e desvio de verbas em construções de obras públicas; ações penais 376 e 377 –crime de peculato; ação penal 391 –crime contra a administração pública e desvio de verbas. Todas em tramitação no STF.
No início de 2005 o senador Almeida Lima expôs o gosto do secretário municipal de Saúde, Rogério Carvalho, por capinar terrenos cimentados. Em dezembro do mesmo ano, o Tribunal de Contas do Estado acatou denúncia do parlamentar, questionando a lisura do contrato de jardinagem e capinação firmado entre a Saúde e a Emsurb (Empresa Municipal de Serviços Urbanos). 
A decisão do TCE não deixa dúvidas. A Emsurb foi obrigada a devolver os recursos recebidos a mais –ou seja, o que recebeu pela capinação sem capinar– e o probo deputado Rogério Carvalho, bem como o diretor da autarquia à época, Osvaldo Alves Nascimento, foram multados em R$ 3 mil cada um, por celebrar um contrato nocivo aos cofres públicos.
Agora, o secretário Jorge Alberto apresenta sua contribuição à natureza –e talvez ao bolso de algum espertinho! O Diário Oficial do Estado de 05/04 (foto abaixo) publica extrato do contrato 05/2010 assinado em 03/04 pelo ex-deputado, visando a contratar “os serviços de limpeza e jardinagem destinados à Secretaria de Estado da Administração”, com valor mensal de R$ 33.372,00 e valor final de R$ 400.464,00 –contrato válido por 12 meses.
De duas uma: Jorge Alberto tem uma floresta ainda não desbravada e completamente desconhecida, fincada no subsolo da SEAD; ou os jardins externos da secretaria, juntamente com as jardineiras internas, cujas áreas somadas não ultrapassam 60 m², estão para parir gordos filhotes.
Outra hipótese a justificar o alto custo dos serviços seria a implantação de um novo projeto paisagístico, daqueles de arromba, com plantas esplêndidas, luminescentes até, trazidas da lua Pandora, terra da raça alienígena Na'vi do filme Avatar de James Cameron.
Os galhos de Jackson Barreto; a capinação em terreno cimentado de Rogério Carvalho; os jardins da Babilônia de Jorge Alberto. Essa turma ligada ao governador Marcelo Déda adora o verde...

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Segunda-feira, 03 de Maio de 2010 - 15h20
Edvaldo Nogueira despreza memória da mãe de Jackson Barreto
Lavanderia Eunice Weaver


Edvaldo Nogueira despreza
memória da mãe de Jackson Barreto
O prefeito Edvaldo Nogueira é pupilo do deputado federal Jackson Barreto desde os tempos em que pichava muros e colava cartazes com propaganda eleitoral do aliado. Portanto, causa estranheza a manchete do Correio de Sergipe de ontem: “Ratos invadem creche”.
Segundo conta a reportagem, a creche batizada com o nome da mãe do nobre parlamentar está em completo abandono. Salas com pisos deteriorados, paredes infiltradas, janelas quebradas, berços enferrujados e com colchões velhos e banheiros impróprios para uso.
Convenhamos, se o prefeito comunista-de-butique trata com tamanho desprezo a creche que homenageia a memória da genitora do grande compincha, que avaliação pode ser feita das demais, cujos patronos não teriam filhos tão importantes ou mesmo vivos?
Jackson Barreto é conhecido pela voz rouca, a língua ferina e prontuário policial capaz de arrancar ovações em qualquer presídio de segurança máxima –com um detalhe: ele está solto! Fosse outro o prefeito, certamente já teríamos ouvido os brados com rasteiros impropérios a reclamar tamanha afronta ou talvez um discurso fatalista quanto à incapacidade administrativa.
O “mais popular” prefeito da história de Aracaju tem sorte!
Leia mais e veja imagens da situação da Creche Neuzice Barreto em http://www.infonet.com.br/educacao/ler.asp?id=97968&titulo=educacao

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Lavanderia Eunice Weaver
Parece piada pronta! Interventor da Sociedade Eunice Weaver nomeado pela Justiça, Renato da Silva Barreto já avisou: “Com relação às denúncias (de irregularidades) não posso falar, pois o meu trabalho é de intervenção para manter em funcionamento a sociedade. Ainda não li a decisão inteira da juíza, mas até onde eu sei, meu trabalho não é realizar a auditoria de exercícios anteriores”.
Há algo estranho. Nomeia-se um auditor fiscal e contábil como interventor, no entanto, o trabalho dele “não é realizar a auditoria de exercícios anteriores”. Ora bolas. A quem, então, caberá descobrir onde foram torrados os R$ 30 milhões entregues desde 2004 à Sociedade Eunice Weaver? Talvez, Renato da Silva Barreto não saiba, mas pode acabar enquadrado por crime de prevaricação.
A intervenção solicitada pelo Ministério Público Estadual, com a consequente quebra do sigilo bancário da Sociedade Eunice Weaver, decorreu de graves denúncias, segundo as quais, tudo indica, parte considerável dos recursos repassados pela PMA foram usados em atividades politiqueiras, incluindo a já comprovada contratação de cabos eleitorais, sobretudo do deputado federal Jackson Barreto, e (até talvez) o financiamento de campanhas eleitorais em 2006 e 2008.
Até o momento, apenas a Sociedade Eunice Weaver está sendo punida –nem mesmo seus diretores foram indiciados. Nenhum ordenador de despesas, seja o ex-prefeito Marcelo Déda e muito menos o atual Edvaldo Nogueira, foi sequer chamado pelos promotores envolvidos no processo para explicar-se. Afinal, quem está por trás do biombo dessa descarada lavagem de dinheiro público?
O ex-deputado federal João Fontes teria ouvido de um conselheiro do TCE que apenas quatro pessoas ligadas à ONG receberam dinheiro para fazer treinamento, e questiona: “O Instituto Luciano Barreto Júnior forma mil jovens por ano ao custo de R$ 1 milhão. Qual o trabalho da Sociedade Eunice Weaver? Ninguém é tolo. Há algo preocupante em todo esse mistério”.
O delito moral, referente ao malogrado uso dos parcos recursos de um município pobre, como Aracaju, está absolutamente nítido. O interventor Renato da Silva Barreto tem sim obrigação de esclarecer como R$ 30 milhões simplesmente desceram pelo ralo nas administrações do PT e PCdoB, em apenas seis anos. O crime da Lavanderia Eunice Weaver não pode ficar impune...