VAIAS A JACKSON BARRETO...
E UMA TEORIA DA CONSPIRAÇÃO
A vida é muito engraçada, muito! A gandaia está em polvorosas com as supostas vaias ao governador Jackson Barreto durante a homenagem ao grupo baiano Chiclete com Banana feita pela Polícia Militar no Pré-Caju – volto para tratar deste assunto num outro escrito. Um vídeo circula nas redes sociais com a gravação dos tais apupos. Não é preciso ser engenheiro de som ou perito num laboratório de fonética forense para observar que não há vaia.
Ouve-se apenas o barulho de fundo típico de multidões muito aglomeradas e conversando, aumentado de modo exagerado nas falas de Jackson Barreto e em volume normal quando o vocalista Bell Marques usa o microfone para agradecer a honraria dos sergipanos. O vídeo depõe contra o áudio no momento final, quando o governador retorna para bajular o artista. Agora imagine: alguém vaiado fragorosamente voltar para o bis? Santa danação...
Todos sabem, sou afeito a teorias da conspiração. A movimentação em torno do suposto vídeo é muito estranha. Inicialmente, a circulação ocorreu “despretensiosamente” via WhatsApp, passou pelo rádio e aportou no Facebook e no Twitter. Os governistas e agregados, como o deputado Mendonça Prado, foram escalados para fazer um carnaval contra a “armação”.
Voltemos ao babado! Além dos já citados agregados, o secretário adjunto da Comunicação Sales Neto botou a boca no mundo com o discurso manjado do prejuízo à imagem de Jackson Barreto. Anunciou inclusive a pretensão do governo de submeter o vídeo a perícia, contudo acatou o pedido de Mendonça Prado para não o fazer, por “ser uma fraude deslavada”. Inconformado com o verdadeiro Gilmar Carvalho, por ter este veiculado a aberração no “Jornal da Ilha” (Ilha FM), o governador em pessoa saiu do seu santíssimo altar para desancar o cabra via Facebook.
Disse JB que a inveja é uma coisa que mata e sugeriu ao Cão-Cão que “peça perdão a Deus por estar a servir tão mal aos seus patrões”. Fez até uma inconfidência quando revelou que numa hora difícil da vida de Gilmar Carvalho, o teria “ajudado a não passar fome”. Tudo muito estranho! O “vitimizado” olha os acontecimentos como sendo consequências de fatores alheios ao seu controle, permitindo assim que a culpa seja sempre de variáveis externas ou do alheio. Sobrou para o jornalista e deputado, que num ato de estupidez monumental apresentou no seu programa de rádio o áudio com as supostas vaias. Jackson Barreto é especialista em vitimização...
Ora, se o jornalista Gilmar Carvalho – quanto aos demais que divulgaram a peça, há sempre gente tapada em todos os lugares – tivesse visto o vídeo, saberia ser resultado de uma mente rica em excrementos. Daí minha suspeita de ter aquela fecunda idiotice saído das coxias do segundo andar do Palácio do Governo ou da turma que cerca o deputado Mendonça Prado, com o fito de atrair algum otário para divulgá-la como sendo algo real e factual; e em seguida acusar a oposição de promover e ser autora e produtora da fatídica, em benefício da bafejada vitimização de Jackson Barreto.
Teorias da conspiração são apenas isso: elucubrações atemporais e dispostas a duvidar de qualquer versão “oficial” de “fatos”. Já estive na entranhas do governo (no mesmo segundo andar) e sei a quantidade de “boas ideias” advindas de amplos setores, despachadas todos os dias para aqueles gabinetes, por gente que se acha muito, muito esperta, mesmo; e “só quer ajudar”, claro. Talvez seja esse o caso! Mas como disse, talvez... apenas talvez!
Por David Leite (c) 2014 | Publicação autorizada se citada a fonte.

PROJETO CARNALITA: O FEITIÇO VIROU CONTRA
O APRENDIZ DE FEITICEIRO JACKSON BARRETO
Objetivamente, qual foi a contribuição política de Jackson Barreto para a implantação do projeto Carnalita em Sergipe? Honestamente, apenas em prejuízo ao estado! O governador encheu tanto o saco com assertivas mentirosas e loroteiras, tentando fazer politicagem com as negociações sobre onde afinal ficaria a indústria, que a Vale do Rio Doce agora quer desistir de implantá-la em Sergipe. Tudo por causa da falta de liderança e de traquejo do boquirroto.
Não há dúvida que o prefeito Ezequiel Leite – aliás, não apenas ele; o próprio ex-prefeito Manoel Messias Santos (vulgo Sukita), aliado do governo, pensa da mesma forma – está correto ao exigir “critérios da proporcionalidade”, com o ajustamento da distribuição dos impostos em favor de Capela. Fosse Jackson Barreto menos futriqueiro e a situação já estaria resolvida. Mas o governador resolveu radicalizar! Passou a atacar o senador Eduardo Amorim e o deputado federal André Moura, por serem do partido do prefeito, como se fossem os responsáveis legais pela posição tomada por Ezequiel Leite.
Para piorar a já chafurdada situação, em vez de buscar apaziguar os ânimos – até mesmo porque intentava criar um factoide político –, Jackson Barreto chegou ao desplante de sugerir que o prefeito capelense seria um iletrado funcional, sem escolaridade, depois da publicação de uma nota à imprensa: “Sempre acreditei que ele era uma pessoa alfabetizada, mas essa nota é de quem nunca passou pela escola”, afirmou o falastrão. Tem gente que a vida trata com bruta dureza, mesmo assim ignora o que seja decoro.
Agora que o feitiço virou contra o aprendiz de feiticeiro, após ouvir do diretor Industrial de Potássio da VRD, Francisco Cisne, que a empresa começará a desmobilizar o Projeto Carnalita, Jackson Barreto reuniu-se ontem afobado com empresários para expor uma nova proposta sobre a repartição de impostos para os municípios envolvidos – antes tarde do que nunca! Assim, o ICMS decorrente da comercialização do minério extraído no subsolo de Capela fica com Capela e o que for extraído em Japaratuba, em Japaratuba. Bingo...
A questão, apequenada pela disputa política estúpida, pode finalmente ter um epílogo à altura dos interesses maiores de Sergipe. Como bem sugeriu o deputado federal André Moura, presidente do PSC, “o bom-senso numa discussão é fundamental”. Que assim seja!
Por David Leite (c) 2014 | Reprodução autorizada se citada a fonte!


PRÉ-CAJU, FESTA PARA ANGARIAR APOIOS
Os políticos adoram festa com multidões, oportunidade para reencontrar e conversar com o eleitor, bajular os aliados e garimpar apoios importantes. Não seria diferente com o Pré-Caju 2014 – a única prévia carnavalesca ainda em atividade no Brasil, até onde sei. Basta uma rápida pescada nas páginas dos mais famosos homens públicos para constatar a assertiva.
Entre os mais badalados esteve o prefeito de Aracaju João Alves Filho. Como não fui ao Pré-Caju, vou crer no dito na página dele do Facebook: "Durante o período em que esteve no camarote (da PMA, no sábado), o prefeito de Aracaju foi ovacionado por artistas e pelo público presente". Até acredito! O Negão, mesmo derrapando aqui e ali, ainda tem a confiança do povo, cuja crença numa administração operosa ainda perdura e o mantém com aceitação positiva.
Estamos num ano eleitoral, momento de pré-campanha para a conquista de apoio político. Os mais antigos costumam afiançar: gestos contam mais do que palavras! João Alves Filho recebeu no camarote da PMA o governador Jackson Barreto, encaminhado pelo deputado federal Mendonça Prado e sua esposa Ana Maria Alves de Mendonça. O mesmo Negão deu-se a andar até o camarote da Rede Ilha, onde foi cumprimentar o senador Eduardo Amorim, o deputado federal André Moura e a presidente da Assembleia Legislativa Angélica Guimarães, os três líderes máximos do PSC em Sergipe.
Fim de semana alegre e de muita folia, para quem é político, também! Além do gesto de ir pessoalmente cumprimentar o talvez futuro aliado numa chapa PSC/DEM, João Alves Filho declarou ao Jornal da Cidade edição de ontem (circulou às 15h00 do sábado), na coluna do jornalista Ivan Valença, a informação mais desejada pelo grupo do senador Eduardo Amorim, mas que deixa de cabelos em pé a turma liderada pelo governador Jackson Barreto! Questionado sobre uma provável candidatura, um quarto mandado de governador, o prefeito garantiu: "Vou me ater aos interesses da PMA". Se é assim, havia, sim, motivos para tantos risos e gargalhadas no Camarote da Rede Ilha...

SUPOSTA CANDIDATURA AO SENADO DE ELIANE DÉDA MIOU
O Jornal da Cidade de ontem confirmou uma notícia que eu já havia publicado em #VerdadesQueIncomodam faz tempo: a viúva do governador Marcelo Déda não é filiada ao PT de Sergipe e, por isso, não poderá ser candidata. O diário menciona a consulta feita ao "listão" do Tribunal Regional Eleitoral, na qual não se verifica qualquer vínculo partidário. Enfim, ficou como mentiroso o ex-presidente do Diretório Municipal do PT/Aracaju Usiel Rios, que andou dizendo por aí que a ex-primeira-dama teria se filiado ao partido quando casou com o falecido governador. Quem deve estar arrasada é a cara Madame Eloísa Galdino, espécie de cabo-eleitoral de Eliane Aquino Déda...

O SENADOR VALADARES SERIA UM MERO CRIADOR DE CASO?
Triste de quem entrar na lista de desafetos do poder, não é senador Antônio Carlos Valadares? O analista político do Jornal do Dia Gilvan Manoel, resumiu o sentimento dos governistas: "Obrigado pelo PSB nacional a montar um palanque competitivo para (o presidenciável) Eduardo Campos, (o senador Antônio Carlos) Valadares percebeu que o caminho mais fácil é se aliar a João (Alves Filho), mas precisava de uma razão objetiva para deixar o bloco de (Marcelo) Déda, hoje liderado por Jackson (Barreto). Por isso criou a chama 'crise da Caixa (Econômica)'." Simples assim, gente! Danou-se...

O PT AFUNDOU DESDE QUE MARCELO DÉDA SE FOI
Um partido é em grande parte um corolário e a visão do seu líder. O PT tinha em Marcelo Déda o grande líder, o pensador, o estrategista e, acima de tudo, um mandatário respeitado e querido. Ao deixar o mundo terreno tão cedo, o ex-governador legou uma lacuna irreparável ao Partido dos Trabalhadores –por sua culpa mesmo, aliás, ao não fomentar o apreço por novas lideranças. Ao Jornal do Dia ontem, o deputado federal Márcio Macêdo intuiu: "O PT tem que reaprender a fazer política." A ausência do falecido líder seria a oportunidade para, a partir do legado deixado por Marcelo Déda, reconstruir o PT e prepará-lo aos novos desafios a vir...
Por David Leite © 2014 | Com informações da imprensa