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Domingo,
13/11/2011 | 12h37 | Política
O
mistério da incestuosidade entre ONGs e políticos
canalhas finalmente revelado
...
Que
havia algo estranho na relação entre políticos e
Organizações Não-Governamentais estava claro.
Faltava entender a mecânica por trás da incestuosidade –
ou noutras palavras: como o dinheiro público era desviado, em
benefício de esquemas eleitorais e caciques partidários.
A
queda do ex-ministro do Esporte Orlando Silva foi didática
para desnudar o “modus operandi” que partidos de todos os matizes
– no caso em voga, o vetusto PCdoB – utilizam para financiar
campanhas, aquilo que espertamente Lula da Silva definiu como
“recursos não contabilizados”.
Afora
a queda do falastrão Nelson Jobim do Ministério da
Defesa, todos os demais cinco ministros que tombaram no cadafalso da
gestão Dilma Rousseff, o foram pela mesma razão: usar
ONGs para desviar dinheiro público a fim de financiar
candidatos a cargos eletivos em todos os níveis.
No
caso de Sergipe, uma ONG em especial ficou famosa, a Eunice Weaver,
beneficiária de mais de R$ 30 milhões repassados pela
Prefeitura de Aracaju ao longo de mais de seis anos, desde o primeiro
mandato de Marcelo Déda, até sua substituição
pelo então vice-prefeito Edvaldo Nogueira.
Marcelo
Déda, portanto, não descobriu a pólvora! Apenas,
como fizeram seus colegas do PT e de partidos agregados, usou de
todas as “facilidades” proporcionadas pela ausência de
rigor na fiscalização das contas de Organizações
Não-Governamentais que firmam parcerias com os governos. Hoje,
um punhado de notas fiscais (no país da nota fria) vale para
justificar a bufunfa dadas às ONGs...
Explico:
quando o presidente FHC quis implantar em 1997 um novo modelo,
segundo o qual só receberiam dinheiro público entidades
que apresentassem metas a ser atingidas, critérios objetivos
de avaliação de desempenho e indicadores fidedignos de
qualidade e produtividade do trabalho contratado, quem se opôs?
Pimba! O PT... O partido de Marcelo Déda entrou com
representação no Superior Tribunal de Justiça
para derrubar a inovação de FHC.
Não
é preciso dizer o que ocorreu a partir de 2003, quando o
“cumpade” Lula da Silva assumiu o poder. Também creio,
seja dispensável lembrar do famoso “Mensalão”, que
os petistas tentam agora transformar num “conto de fadas” da
imprensa golpista.
Mais
uma vez, Marcelo Déda se vê envolvido com ONGs que atuam
em Sergipe, captando verbas do Ministério do Trabalho para
supostamente realizar cursos de “capacitação
profissional” de jovens pobres. A conta se perdeu num emaranhado de
informações contraditórias, sobretudo porque o
governo busca mais confundir que informar. Oposicionistas já
falam num novo tombo, esse de mais de R$ 20 milhões.
Mas
entendamos a aflição da turma governista, afinal a
eleição se aproxima...