Boa tarde a todos, bom sábado e um grande final de semana. Um texto para que possamos refletir sobre nossa educação pública...


GESTÃO DEMOCRÁTICA, A GRANDE PIADA

Por David Leite | 16/02/2013| 12h50
Lá vamos nós de novo na quebra de braço com os articulados sindicalistas de ocasião, aquela turma que só aparece quando alguma política desagrada. É o caso da decisão sábia do prefeito João Alves Filho em detonar a tal da “gestão democrática” nas escolas da rede municipal, uma estrovenga urdida pela esquerda para fazer valer a utopia de que administrar uma escola é coisa para qualquer um. Não é... Aliás, está longe, muito longe de ser!
Do ponto de vista histórico, o reflorescimento democrático brasileiro na década de 1980 aumentou as reivindicações no âmbito das escolas públicas. Talvez, a principal dessas reivindicações tenha sido a escolha de diretores escolares por meio de processo eletivo. De lá para cá, a tal da “gestão democrática” ganhou espaço e se tornou um princípio fundamental do ensino público brasileiro – incluindo as universidades federais e estaduais.
A princípio, pode parecer uma ousadia deixar a comunidade escolar escolher quem é o mais qualificado para gerir a escola, para ordenar as ações educacionais e prover os recursos necessários para a aplicação correta e funcional dos currículos. Contudo, que avanços houve na qualidade do ensino? O Brasil, 30 anos depois, continua na rabeira da educação, quando comparado com países do mesmo porte de riqueza.
A atividade de gestão escolar exige conhecimento técnico específico, capacidade de liderança, disposição para enfrentar a preguiça – e a sabotagem – de (alguns) servidores e professores ligados a interesses políticos, e acima de tudo dedicação em tempo integral à educação de jovens sob graves riscos sociais. Os exemplos de países civilizados indicam que a escolha do diretor escolar deve obedecer ditames muito bem definidos, numa agenda cujo fim precípuo é valorizar a meritocracia – somente aos melhores deve ser confiada essa tarefa.
No caso do Brasil, a tal da “gestão democrática” tem sido usada apenas para manter a hegemonia de grupos partidários e do sindicalismo de resultados. Os valores que contam na eleição são: ideologia de esquerda, engajamento corporativista e capacidade de deixar tudo como está. Raros são os diretores e reitores eleitos pela comunidade escolar que não se encaixam nessa cartilha...
João Alves Filho está certo! Que seja implantado o regime de meritocracia para a escolha de gestores escolares em Aracaju. Que sejam escolhidos os melhores dentre os melhores. Confesso porém, também tenho cá com meus velcros a fechar a braguilha as minhas dúvidas quanto à capacidade do Negão neste quesito, visto que pisou na bola ao indicar e aceitar a indicação de vários assessores, muitos deles sem qualificação técnica e pior, ligados a partidos e grupos políticos que trabalharam contra sua eleição.
Mas creio que a secretária Márcia Valéria, por ser uma educadora com vasto cabedal científico, com experiência de gestão educacional testada e atestada como eficiente, tratará de impedir que em um momento de inspiração o próprio João Alves Filho – ou talvez atendendo a algum(a) pitaqueiro(a) que lhe costume buzinar os ouvidos – queira substituir a falaciosa “gestão democrática” pela “gestão política”, com fito meramente eleitoral, visando a 2014, um mal tão grave (ou até pior) que a visão da esquerda caolha, que ajudou a estragar a nossa escola pública.
Oremos...

TEM BOI NA LINHA...

Por David Leite | Sexta-feira, 15/02/2013 | 12h35
Hoje cedo, ao Jornal da Manhã da Jovem Pan Aracaju, o ex-prefeito de Aracaju, o milionário comunista de boutique Edvaldo Nogueira Opará, disse que acredita na capacidade que a população tem de discernir. "A sociedade não entra nesse engodo" – referência à suposta dívida de R$ 52 milhões deixada por ele, de acordo com assessores do prefeito João Alves Filho. "Tanto é que não estão nem falando mais nisso", alfinetou.
Edvaldo Nogueira fez também uma revelação interessante: o secretário de finanças da prefeitura Nilson Lima – que já serviu a Marcelo Déda quando este foi prefeito – teria o costume de fazer relatórios catastróficos. "Lembram do relatório apresentado por Nilson Lima sobre João Augusto Gama (prefeito entre 1997 e 2000)? Quando fomos ver, não era nada daquilo. O mesmo ele fez agora", afirmou o ex-prefeito.
Por fim, após dizer-se pré-candidato a deputado federal e defender o nome do vice-governador Jackson Barreto "como o melhor para suceder Marcelo Déda", fez um apelo: "Ninguém deve se meter na minha vida pessoal"...
Lembrei de João Batista de Oliveira e Figueiredo, último dos ditadores militares do golpe de 1964, ao deixar o governo em 1985: “Me esqueçam!”. Foi atendido.

NEGÃO, CADÊ O FUMACÊ? ESTÁ NA HORA...

Por David Leite | Quinta-feira, 14/02/2013 | 12h35
A senhora genitora do ex-prefeito fazendeiro-Opará, o milionário comunista de boutique Edvaldo Nogueira, certamente ainda traz as orelhas chamuscadas pelas incessantes palavras de “carinho” com que era brindada sempre que um mosquito picava – sim gente, mosquitos também picam! – em busca do precioso sangue de quem mora em Aracaju, a cidade da qualidade de vida.
A capital sergipana é sem dúvida o abrigo ideal de diversos insetos da subordem da família Culicidae, amplamente combatidos em partes do Mundo Civilizado com um equipamento simples, de manutenção barata e com eficiência comprovada: o fumacê. Ainda à época do estrelado Marcelo Déda, seguindo até meados do segundo mandato de Foguinho, o serviço funcionava a contento. Súbito, deixou de existir sem qualquer explicação...
Quem mora em apartamento, longe do solo mais de oito metros, acaba não tendo contato direto com essas pestes infernais (quando está em casa, naturalmente). Já quem mora em habitações com até três andares, sofre pra caramba. Ler na rede da varanda é um suplício, se você não aplica repelente. E convenhamos, ficar melado com aquele líquido viscoso e de cheiro duvidoso é triste (e nojento).
Há exatos 45 dias assumiu um novo prefeito. O cabra, como todos sabem, é um grande tocador de obras. Já anunciou que vai abrir uma estrada de norte a sul da cidade, o que certamente é uma ótima notícia. Mas João Alves Filho poderia fazer uma gracinha e mostrar que é bom também nas coisas comezinhas da cidade – afinal, um prefeito é um síndico com poderes ampliados: cadê o fumacê?
Restabelecer o serviço do fumacê deve ser prioridade para o Negão. Ademais, com ele em operação, além de mosquitos e outros bichos morrerem ainda no berçário, o famigerado “mosquito da dengue” também é eliminado – um ganho extraordinário à saúde pública...
Que o prefeito se atente! Traz de volta o fumacê, Negão.
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Atualizado às 18h55 | Por David Leite

O NEGÃO DEPENDE DE MARCELO DÉDA ATÉ PARA O FUMACÊ
Em resposta à solicitação pública feita por mim mais cedo, para que fosse restabelecido o serviço do fumacê em Aracaju, a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa em nota expedida minutos atrás que o combate ao mosquito da dengue será intensificado pelas próximas quatro semanas em 16 bairros de Aracaju. Em quatro deles – Grageru, Centro, Inácio Barbosa e 13 de Julho – diz a nota, apenas pela manhã, das 5h30 às 7h00. Nos demais, o fumacê também passará à tarde, das 17h00 às 19h00.
A notícia ruim é que o prefeito João Alves Filho depende do governador Marcelo Déda para por o fumacê nas ruas, pois de acordo com a coordenadora do Programa da Dengue da SMS/Aracaju, Taise Cavalcante, o veículo fumacê é disponibilizado pelo governo sergipano, quando solicitado pela prefeitura, por se tratar de um programa federal gerido em parceria com o Estado.
Imaginem a cena: se quando o prefeito de Aracaju era aliado do governador o serviço simplesmente foi extinto sem mais nem menos – e ninguém nunca deu a mínima, apesar de a dengue ter vitimado alguns desafortunados da sorte –, como ficará quando essa fase de “amor com amor se paga” vivida por João Alves Filho e Marcelo Déda cair na real da política eleitoreira?
A não ser que o Negão se alie à estrela petista, como já andam aventando alguns setores da imprensa governista (para detonar o plano do senador Eduardo Amorim de eleger-se sucessor de Marcelo Déda), corre-se sério risco...
Por outro lado, talvez já antecipando o que pode vir por aí, a nota da SMS/Aracaju a mim encaminhada encerra-se com o seguinte aviso: “O fumacê não substitui os cuidados que todos devem ter no combate à dengue, não deixando reservatórios de água abertos, não acumulando água em vasos de plantas ou pneus, por exemplo”.
Bem, acho que vou apelar ao repelente, por precaução...