QUANDO AFRONTA O PT, NADA VALE
A turma da esquerda deve nos achar um país de imbecis – 220 milhões de brazucas idiotas, descontados os espertos esquerdistas, claro. Na CartaCapital desta semana, o jornalista Mino Carta lamenta “As agruras do jornalismo honesto”. Claro, o jornalismo-referência resume-se ao praticado na revista semanal de propriedade dele e nos blogs chapas-brancas. Afora este núcleo do sacrossanto jornalismo governista nacional, tudo mais – tudinho! – é porcaria.
O choro sem pejo de Mino Carta ainda repercute a fogosa passagem – mas insossa, do ponto de vista da economia nacional – da nossa amada GovernAnta Dilma da Mandioca pelos Esteites. Lá, “face to face” com os desaforados da imprensa canarinha, a danada pedaladora aplicou umas bofetadas na tal delação premiada – essa cachorrada! –, instituto legal sancionado por ela mesma no mandato passado.
Mino Carta reclama, choroso, da delação, pois, “Ao manifestar antipatia pelo delator, a presidenta exprime um sentimento global (…) sentimento comum não somente do Oiapoque ao Chuí, mas também em todo o planeta”. Deve ser o DataCartaIbope em ação! Porém, lá em casa ninguém foi entrevistado.
Não importa o que haja, se alguma coisa afronta o PT, seja lá o que for, não vale. Vejam como estão na sofrência os governistas aflitos com o ressurgimento do danado do impeachment. O desassossego é grande, afinal, são quase 24 mil apaniguados em cargos comissionados federais. Para onde vai todo esse povo se amanhã a camarilha de Mula Brahma da Silva for, enfim, desaboletada
Hôme, sei não, viu! Oremos, amados irmãos de dor...

Por David Leite | 07/07/2015 às 14h18

SERÍAMOS TODOS UNS MANÉS?
Recordar é viver, mas antes de girar a roda do tempo, para confortar corações afetados pela sofrência, uma frase do genial Otto von Bismarck: “Política é a arte do possível.” Aliás, dele também, podemos adaptar um aforismo bastante realista: “Quanto menos as pessoas souberem como se fazem as salsichas e a política (aqui ele falava das leis), melhor dormirão à noite.”
Fico a imaginar que muita gente de bom coração – e certos cafajestes oportunistas, com microfone de rádio à mão e coluna domingueira em jornal diário – ainda possa imaginar a política com a mesma inocência sacrossanta percebida no “Jardim do Éden” antes de Adão e Eva terem provado a maçã. Por essa ótica, quatro anos atrás, o hoje prefeito João Alves Filho teria aplicado um “golpe” em Albano Franco, então comandante do PSDB, para entregar o partido a seu eterno e fiel aliado José Carlos Machado, um dos homens públicos mais respeitáveis de Sergipe.
Santa bobagem! Era o jogo da política em ação, minha gente. Apenas isso. O Negão não aplicou golpe algum, como agora não há golpe de Eduardo Amorim ao aceitar o convite para se transferir de mala, cuia e correligionários mais próximos para o PSDB. Faz parte do jogo, é a tal “arte do possível” milenarmente arraigada à política. Albano Franco não tinha intenção de apoiar JAF em 2012, como não apoiou. Todavia, o Negão não podia sair isolado – lembremos ainda do plano de candidatar-se ao governo em 2014, deixando quem na prefeitura? José Carlos Machado!
O plano não deu certo, como se sabe, pois o grupo optou pelo apoio legítimo à candidatura de Eduardo Amorim. Hoje, o quadro para 2016 exige outros termos e condições – afinal, cada pleito tem sua história. Se não quiser partir para a reeleição isolado, o grupo de João Alves Filho, incluindo o caro José Carlos Machado, terá de fazer política e isso significa discutir uma nova composição de chapa. Falar em golpe é coisa de quem acha que todos somos uns manés.
Aliás, para quem não tem estômago, que vive a eterna sofrência quando alguém como José Carlos Machado perde espaço, serve bem a máxima de Otto von Bismarck sobre salsichas e política...

Por David Leite | 06/07/2015 às 10h05