::: EDIÇÃO EXTRA :::

A FORÇA DAS PALAVRAS
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A vivência do poder promove em alguns da espécie humana a sensação de deificação, de soberba. Hoje pela manhã, o secretário Nilson Lima (Fazenda) exibiu com truculência a qualidade inferior dos poderosos deslumbrados. Tratou com extrema deselegância a assessora de Comunicação do deputado Mendonça Prado, jornalista Elis Moura. Ela falava com Gilmar Carvalho (ILHA FM) sobre licitações publicadas no DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO vencidas pela empresa baiana PostData, cujos diretores foram presos pela Polícia Federal na operação “Jaleco Branco”, deflagrada ontem em Salvador (BA). O Cão-Cão então questionou o secretário Nilson Lima sobre as informações de Elis Moura. Foi quando ele disse que não a responderia por ser ela despreparada, sem conhecimento da legislação de licitações (não obstante ter a colega trabalhado na Secretaria de Administração durante dois anos), por não ser gestora pública e, finalmente, porque a jornalista era uma coitadinha que não representava ninguém. Sem argumentos a contrapor as evidências, o poderoso secretário preferiu desqualificar Elis Moura a ter de responder como a PostData acabou por “vencer” uma concorrência na Secretaria de Fazenda, na qual ficou em 12º lugar. O tempo continuou quente quando Mendonça Prado entrou no ar. O deputado defendeu a assessora e iniciou um debate com Nilson Lima. O programa do radialista e deputado tampão Gilmar Cravalho estava no fim e o duelo entre ambos ficou para segunda-feira. Pode ser desagradável, mas caso compareça mesmo na segunda-feira, Nilson Lima vai precisar explicar muita coisa. Como a PostData conseguiu convencer as 11 empresas que a precederam no ranking da licitação a desistir do contrato, que até o ano passado era de R$ 3 milhões e agora foi majorado para R$ 5,5 milhões? Por que ele não tem cumprido a obrigação constitucional de aplicar 12% do orçamento na Saúde e 25% na Educação. Que diabos ele fará dos quase R$ 800 milhões de reais entocados nos cofres estaduais desde janeiro e como economizou tanta grana se o estado estava quebrado, conforme ele dizia? Nilson Lima tem muito a declarar. Já surpreendeu ao confessar como verdadeiras informações aqui publicadas. Não consta que seja covarde. Se realmente aparecer no programa de Gilmar Carvalho para enfrentar o deputado boca-ferina Mendonça Prado, será um espetáculo imperdível. Vale a pena sintonizar a ILHA FM às 06h00 de segunda-feira, pois o duelo promete ser daqueles...
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::: Sexta-feira, 23.11.2007 - Edição Número 195 :::

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. DÉDA, MENSALINHO E A FARRA DOS CONSELHOS
Digamos que seja “interessante” o comportamento do bando vermelho infiltrado na imprensa sergipana. Digo interessante por considerar a palavra bastante útil para definir certas vagabundagens. Ontem, no programa de uma destas antas que falam no rádio o que nem privada, se tivesse ouvidos, aceitaria ouvir, gargalhei com a resposta do líder oposicionista Venâncio Fonseca por não ter apresentado na gestão passada projeto visando acabar com a mamata das gordas remunerações paga aos membros dos conselhos das autarquias estaduais. Para quem pegou o bonde andando, vale recordar que os petistas e agregados, quando estavam na oposição, desciam o malho no ex-mandatário por conta dos conselhos. Da escolha dos nomeados à remuneração, tudo era um excrescência. Hoje, daí o motivo das minhas frouxas gargalhadas, os caras de pau do PT se lambuzam sem mínima vergonha, recebendo não de um ou dois conselhos, como ocorria até 2006. Mas de cinco, seis. Alguns apaniguados faturam só com jetons R$ 15 mil/mês + salário (R$ 12 mil/mês) + diárias (sabe-se lá quanto!), etc... Se você é do tipo observador(a), já deve ter percebido o jogo de esconde-esconde da banda podre da imprensa local, regiamente remunerada para encobrir certas canalhices do governo do PT. Esses filhos da pauta governamental nada comentam sobre as safadezas e a criminosa irresponsabilidade na gestão da saúde pública, por exemplo. Para os patifes colaboracionistas, a segurança vai muito bem, obrigado. E estudante tomar tapa da tropa de elite da PM do PT é nada mais que corretivo, para ver se deixa de reclamar. A mamata dos supersalários, inchados pela remuneração dos conselhos, nem existe. Venâncio quer acabar com os marajás do governo Marcelo Déda. Quer enquadra esse povo esperto que fatura limpinho até R$ 35 mil/mês na maior cara de pau. Quer queimar a língua de gente como a professora-deputada Ana Lúcia Menezes, secretária de Inclusão social, que até anteontem achava vigarice receber por integrar um conselho. E quer deixar claro que, se antes havia, como faziam questão de dizer os petistas, verdadeira improbidade quando secretários de João Alves Filho recebiam por um ou dois conselhos, que dizer agora dos puros de alma do PT e a mamata patrocinada pelo governador da mudança? Mas não se engane! A trupe de deputados da base aliada tem armadas do diabo. O projeto de Venâncio Fonseca não passa nem que a vaca bote ovo. Ou será também uma fraude mentirosa a gravação da operação Navalha, onde a deputada Suzana Azevedo explicava em detalhes como funciona o mensalinho pago a parlamentares em troca do apoio ao governo do PT, acertado, conforme ela afirmou, pelo próprio governador Marcelo Déda? Com a imprensa infestada de canalhas a serviço do PT e parcela dos deputados agraciada com boa mesada para fazer o que o “chefe” manda, a mamata dos conselhos vai seguir adiante! E quem sabe até engordar. Mas Venâncio Fonseca é persistente e tem uma lábia do Cão. Pelo menos reboliço ele já está causando...
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::: Quinta-feira, 22.11.2007 - Edição Número 194 :::

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. . “VELHA JOVEM GUARDA”
A banda podre da imprensa sergipana e os corações apaixonados pelo discurso fácil do governador Marcelo Déda teoricamente teriam razão ao desconsiderar e descaracterizar as críticas da oposição e dos profissionais da mídia não-alinhados ao governo do PT quando à inércia e a incompetência da administração da “mudança”. Haveria nestas análises uma ponta de sofreguidão pela derrota eleitoral e a conseqüente perda de poder e influência. Mas, e quando as opiniões desfavoráveis vêm de gente sem qualquer ligação com a política suburbana de Sergipe? Ontem, ao traçar o perfil da “Velha jovem guarda” que assumiu o poder em janeiro, o jornalista Melchiades Filho (FOLHA DE S. PAULO) observou certo ar de mesmice e concluiu: “Marcelo Déda pareceu satisfeito em representar Sergipe nos fóruns sempre inconclusos do PT”. Ou seja, o governador da “mudança” fecha o ano sem qualquer ação político-administrativa de relevo a merecer mínima citação na grande imprensa do Brasil. A opção pelo recolhimento, recato e meditação, cuja alegação é a hercúlea tarefa de desmontar a herança maldita deixada pelo ex-mandatário, fizeram do modernoso governador sergipano uma desagradável surpresa para os conterrâneos e para o resto do País, que esperavam dele um governo ágil, criativo, eficiente, realizador. Pior ainda quando a revista VEJA (21.11) o coloca entre os sete administradores estaduais eleitos em 2006 que podem perder o mandato por ter usado dinheiro da prefeitura de Aracaju para fazer campanha eleitoral fora do período permitido. Estrela garbosa entre os laureados do PT nacional, o leniente Marcelo Déda não conseguiu decolar. A impressão geral é que um ano foi jogado fora, desperdiçado. A provável justificativa para tamanha frustração é que o governador da “mudança”, além do desapego às funções executivas, tenha se cercado da mais despreparada e inábil equipe de assessores da história de Sergipe. Diante de tal cenário, para reposicionar a imagem pública, resta ao governador Marcelo Déda arregaçar as mangas e finalmente mostrar a que veio, antes que seja tarde demais...

::: Quarta-feira, 21.11.2007 - Edição Número 193 :::

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A MAMATA DOS PELEGOS
O alerta é da revista VEJA (21.11): o vale-tudo das centrais sindicais para evitar o fim do imposto cobrado de todos os trabalhadores visa somente manter os privilégios dos pelegos. Esse povo estava desocupado ou fazendo greve até a chegada de Lula da Silva ao poder. Hoje, os pelegos ocupam postos-chave no governo do Grande Molusco. Comandam orçamentos bilionários e recebem salários até dez vezes superiores aos de quando batiam cartão nas fábricas. O imposto sindical vai render a essa cambada mais de R$ 1 bilhão só neste ano. Você achou muito? Lula da Silva pensa diferente. Os pelegos da Força Sindical e da CUT podem até ter um aumento. Tudo vai depender do Senado, que aprecia projeto do governo do PT, em regime de urgência, para repassar mais um pouquinho: cerca de R$ 100 milhões. Ora gente, isso é apenas uma forçinha a quem ajudou o petismo a trocar o macacão de operário pelo terno Armani! Mas não se engane. A mamata dos pelegos não acaba por aqui. Mão aberta, o presidente que nunca sabe de nada usou da esperteza típica dos petistas para ajudar os antigos companheiros. Como o TCU proibiu o governo de repassar aos sindicatos qualquer grana por conta da roubalheira nos convênios, a verba agora segue através de ONGs e institutos ligados à Força Sindical e à CUT, cuja missão seria implantar cursos de qualificação profissional. Como a dinheirama é realmente usada, ainda é uma incógnita. Ao que parece, pode ter servido para turbinar as campanhas eleitorais do PT a partir de 2003. A cambada pelega é ardilosa. Mama nas tetas do governo federal, mas não larga o osso nos estados e municípios administrados pelo PT. No interior de São Paulo, por exemplo, a mamata é tão grande que virou caso de polícia –aliás, algo rotineiro onde o vírus petista se aloja. São tantos os casos de safadezas envolvendo instituições ligadas aos sindicatos que o MP paulista criou uma comissão especial para investigar “indícios de uso irregular de averbamento público”. Manter os privilégios virou a bandeira do momento para os pelegos. Eles espalham pelo país que o fim da cobrança obrigatória do imposto sindical exterminaria os sindicatos. É balela. Os que verdadeiramente estão comprometidos com a causa dos trabalhadores terão vida longa. Mas a cafajestada que enche o dito cujo de dinheiro, que faz farra com os R$ 33,00 compulsoriamente tirados de cada operário, deve mesmo voltar a pegar duro no batente. E já vai tarde. O PT tem se esmerado na domesticação dos organismos de luta da sociedade civil. A farta distribuição de dinheiro à rede sob controle dos petistas e aliados é notória. Desde sempre, entidades representativas de trabalhadores e estudantes estiveram intimamente ligadas à esquerda. O PT soube aproveitar como nenhum outro partido a capacidade de pressão destes núcleos para chegar aos cofres do governo federal. Agora, através deles, quer manter-se no poder custe o que custar. Pior de tudo, com apoio da miséria brasileira, iludida pelo apelo imediato e eleitoreiro do programa Bolsa Família, cujo exclusivo propósito é subjugá-la e ao resto da Nação.

::: Terça-feira, 20.11.2007 - Edição Número 192 :::

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CASA DA SOGRA
Aquela história de “eu não nasci pra trabalho” começa a ficar cada vez mais evidente no governo do PT. Exaustos pelos imensos afazeres, os secretários da administração da “mudança”, que estão entre os mais bem pagos do planeta, sonham com um feriadão. O bando esquerdista infiltrado na imprensa e uns poucos jornalistas mais ou menos independentes nada comentam, mas tem sido difícil encontrar algum assunto positivo se a pauta é o governo estadual. Pior ainda quando a Secretaria de Comunicação passa quatro dias sem alimentar sua página de notícias (http://www.agencia.se.gov.br). A preguiça é um dos sete Pecados Capitais. Caracteriza-se pela falta de capricho, de esmero, de empenho. É própria dos negligentes, dos desleixados, dos morosos, dos lentos. A moleza e a aversão ao batente parecem contagiar o governo do PT de alto a baixo. Seria o governador Marcelo Déda adepto da “lei” do menor esforço? O mago transformador, aquele a quem os Céus legaram o dom de arrancar o lacrimejo dos afeitos à engambelação, espreguiça-se garboso. A segurança, a saúde e todo o resto podem esperar! Dizem notórios especialistas, o preguiçoso contumaz tem alguns raros rompantes de lucidez. Nestes instantes, se desejar, pode até curar-se do mal. Mas não perca tempo à espera de aflorar em algum petista o sentimento de decepção ou mesmo desagravo pelo ócio robustamente remunerado. Ao contrário. Diante da ganância desmedida, tão firmemente arraigada ao desejo de fazer do Estado a continuação da casa da sogra, o nada a fazer é apenas um detalhe! Que venham mais feriadões...
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. ::: CALEIDOSCÓPIO :::
. UM GOVERNO NOVO, UMA DESILUSÃO (Do sítio http://www.mendoncaprado.com ) Por MENDONÇA PRADO O governo "novo" é paradigma para qualquer um que almeje arremedar uma liderança senil. As atitudes atabalhoadas demonstram a decrepitude de uma gestão incapaz de produzir algo de bom para a sociedade. Transformaram a saúde pública em um espaço reservado ao desatino administrativo. A área que deveria merecer uma atenção especial do governo virou uma central de indecências. A educação que seria a grande vitrine para os cidadãos, não passa de um gigantesco cabide de empregos, utilizado de maneira irresponsável por políticos medíocres, que fazem da estrutura governamental um instrumento de politicagem. Os demais setores são ou decadentes ou imperceptíveis. O governo das "mudanças" é um desapontamento em todas as direções. Até mesmo na forma de lidar com os jovens estudantes, os neogovernistas se apresentam como inovadores da truculência, da arbitrariedade e da selvageria. É só desilusão. A forma de administrar tem transformado e descaracterizado pessoas. Gente que o povo se habituou a ouvir em função da loquacidade, das criticas aparentemente lúcidas aos seus antagonistas, agora são os executores dos mais impressionantes disparates. É como se todos tivessem sido enganados coletivamente. A ética tão apregoada é algo inexistente. A moral tão reclamada não dura mais que o tempo destinado aos discursos poéticos e demagógicos. É, portanto, a era da desmistificação. Um novo surge com o andar da carruagem. Um ser dessemelhante, além-mundo, algo que ninguém imaginava.
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. :::: PAINEL DO LEITOR :::
. GRAÇA CAVALCANTI comenta: A essa altura já desejo que continuem se comportando assim, pois João Alves vai findar se tornando vítima e os brasileiros adoram vítimas (ETERNA FIXAÇÃO PELO NEGÃO, 19.11). Isso está lembrando o jargão da vitória em 2006: "Eita que eles estão aperriados!". Só que agora o feitiço está virado para o feiticeiro. Já está mais do que evidente para as pessoas que o tempo que já passou, após a instalação do novo governo, não justifica mais atirar culpa do ex-governo das ocorrências dos dias de hoje. Êta homem forte da gôta esse João, que até a sombra dá eco ad-eternum. Por outro lado, a postura de encontrar culpados há muito está ultrapassada pelos gestores que são comprometidos com o fazer.

Segunda-feira, 19.11.2007 - Edição Número 191

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OS MARAJÁS DE DÉDA
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O recorrente e enfadonho discurso de austeridade do governador Marcelo Déda sofre profundos aperreios. A santificada lisura se apequena com a "economia" de 300 milhões de dólares (R$ 600 milhões) e suas conseqüências dantescas na saúde. O caos reinante na segurança e o espancamento de estudantes pela tropa de elite da polícia do PT pesam sobre a administração da "mudança". Não bastasse tanto vexame, aparecem agora os supersalários pagos a petistas e apaniguados de Sua Alteza.
O povo desembolsa mensalmente uma fortuna para cevar a corriola vermelha. Além dos altos salários, os marajás do governador Marcelo Déda recebem "incentivos" especiais que elevam os proventos à estratosfera. O bilionário Estado de São Paulo, por exemplo, paga R$ 22,1 mil ao governador José Serra e R$ 11,9 mil aos secretários -valores brutos. No austero governo da "mudança", secretários como Nilson Lima (Fazenda) e o todo-poderoso Oliveira Júnior (Casa Civil) custam aos contribuintes cerca de R$ 50 mil reais/mês*.
Há também o caso emblemático do homem que zela pela probidade na administração estadual! O chefe da Controladoria-Geral Adinelson Alves, além do salário de secretário e do órgão de origem (Controladoria-Geral da União), recebe de cinco conselhos (Dehop, Agetis, Banese, Crafi-Gestor e Crafi-Executivo). O holerite do caça-deslizes (alheios, obviamente), descontados os impostos, é de mais de R$ 30 mil -não obstante os cofres públicos sergipanos desprenderem R$ 50 mil/mês para contemplar tão prendada cabeça.
Estranha mesmo é a súbita deificação de um audaz protegido do governador Marcelo Déda, o contabilista Pedro Marcos Lopes, representante do escritório de Sergipe em Brasília. Membro do conselho do Banese, que geralmente se reúne de três a quatro vezes por mês, pagando R$ 2 mil por sessão, Pedro Marcos Lopes deve ter parte com os Céus. O danado consegue despachar no planalto central e ao mesmo tempo estar em Aracaju para as maçantes reuniões banesianas. Ele custa mais de R$ 35 mil/mês.
Noves fora os áulicos citados, a média salarial dos marajás do governo da "mudança" é superior aos melhores proventos pagos pelas grandes empresas brasileiras instaladas em Sergipe e até os de corporações multinacionais no Brasil. Secretários recebem entre R$ 20 mil e R$ 30 mil, enquanto gerentes podem chegar a até R$ 15 mil/mês. Entre os mortais, a média salarial dos servidores de todas as categorias não ultrapassa R$ 1,5 mil/mês -a maioria recebe entre um e meio salário mínimo e três salários mínimos.
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Mais boquinhas - A pressão de petistas e aliados já devidamente nomeados para "encaixar" coligados ainda "sem função" é tamanha que os mais de cinco mil cargos comissionados da administração estadual são agora insuficientes. Para suprir a demanda, o deputado Francisco Gualberto teve uma brilhante idéia: mandar descansar os servidores que não ostentam a estrela vermelha na testa e substituí-los por contratados "de confiança" (ILHA FM, 14.11).
Mas há um "porém". Criar mais cargos comissionados para abrigar "aliados das mudanças" em substituição aos "efetivos de corações verdes", pois estes são sabotadores das "propostas dedistas", pode acabar queimando o discurso do governador Marcelo Déda de que o estado está quebrado, e que somente economizando será possível tirá-lo da bancorrota. Como se vê, falta, além da mínima competência, afinação ao governo da "mudança".
  • (*) Os valores são brutos; incluem o ressarcimento do governo sergipano ao governo federal pelo "aluguel" dos dois servidores, o salário de R$ 16 mil e os jetons pagos por integrarem conselhos.
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::: CALEIDOSCÓPIO :::
. CONSTATAÇÃO
De O GLOBO: "Sinais e evidências de como o empreguismo na máquina pública não se traduz em mais e melhores serviços para a população existem por toda parte. Desde a posse, em janeiro de 2003, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva contratou mais de 150 mil funcionários na administração direta, um inchaço significativo de 20% no contingente de servidores. E não consta que a vida de quem depende de serviços públicos federais tenha melhorado. Do aposentado do INSS ao usuário de aeroportos".
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ETERNA FIXAÇÃO PELO NEGÃO
Por GRACE MELO
O deputado Francisco Gualberto, líder do governo na Assembléia, vem cumprindo bem o seu papel de defensor da administração estadual. O problema é que nesta sanha de fazer a defesa com unhas e dentes, acaba cometendo erros que podem macular sua imagem. Antes, quando oposicionista, era visto como um deputado ético, corajoso, atuante, querido e respeitado por todos os seus colegas parlamentares, tanto "verdes" como "vermelhos". Agora é conhecido como o deputado que encontra no ex-governador João Alves Filho todas as justificativas para os erros cometidos pelo governo Marcelo Déda.
Ontem (14.11), em um programa de rádio, chegou ao cúmulo de sugerir que fossem criados cargos de comissão a serem preenchidos por petistas, pois, de acordo com ele, tem democrata empatando o bom andamento da máquina estadual. Se os estudantes apanham da polícia, de quem é a culpa? De João Alves. Tem secretário de Estado recebendo quase 27 mil reais de salário; para ele tudo bem... "No governo de João era pior", justifica o deputado.
É preciso buscar desculpas mais sensatas, ou então os jornalistas vão evitar entrevistar ‘Chiquinho' com medo de seus telespectadores, ouvintes e leitores migrarem para a concorrência. Se tem Francisco Gualberto dando explicação, todo mundo já sabe qual vai ser mesmo: "A culpa é de João Alves e da oposição desesperada".