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Quarta-feira, 11 de Abril de 2012 | 11h45 | Eleições 2012
De pereba em pereba, o coitado do Adelson Barreto é quem agora precisa de Merthiolate
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Diz minha mordaz tia Preta do Leite que o radialista-deputado Adelson Barreto, para reportar ao respeitável público uma ferida inchada – e, preferencialmente, pingando aquela secreção fedida de cor amarelada (pus) –, é capaz de seguir a pé até Canindé do São Francisco...
Talvez seja esta a esparrela a fazê-lo, mesmo que somente (ainda) levemente ferido nos brios, chorosamente requisitar, com voz empostada e no plural, a presença da necrópsia política, a fim de exumar-lhe o cadáver da pretensa candidatura a prefeito de Aracaju.
Sim, caríssima patuleia, o filho do pintor de automóveis e da dona de casa nascido no Bairro Getúlio Vargas (Aracaju), que foi batizado no rádio pelo falecido caçador de manchetes sensacionalistas Laércio Miranda e alcançou por méritos próprios o terceiro mandato como parlamentar estadual, já admite um fim inglório para a desejada intenção de concorrer ao pleito de outubro próximo, numa parelha com o ex-governador João Alves Filho – seria a campanha do Negão contra o Neguinho!
Não foi por falta de aviso... O “oráculo” Almeida Lima, em escrito datado de 10/10/2011, comentava acerca do conto do vigário aplicado pelo senador Antônio Carlos Valadares contra Adelson Barreto, que pretendia ser candidato a prefeito de Laranjeiras e foi “convencido” a trocar a candidatura pela de prefeito de Aracaju – coisas daqueles “zóius vêrdis”...
O plano era simples: Valadares Filho e Adelson Barreto, que tem muitos votos entre os mais pobres, sairiam de mãos dadas pela periferia de Aracaju a cata de eleitores e lá mais à frente, numa pesquisa, a cúpula do PSB definiria entre o melhor posicionado o nome para candidatar-se a prefeito. O Neguinho acreditou...
No início da semana, na tribuna da Assembleia Legislativa, Adelson Barreto definiu o senador Antônio Carlos Valadares como “um homem digno e honrado”. Porém, ao saber da negativa do cujo acerca do tal “acordo” prévio, pelo qual o candidato seria o preferido dos votantes, o deputado subiu nas alpercatas de couro sem salto...
Disse ele: “Não vou permitir que vocês (o senador e asseclas) passem para a população que Adelson Barreto está mentindo. A minha história é marcada pela veracidade. Se for por este caminho, a gente vai começar a se estranhar. Não queiram passar para a população que sou um neguinho mentiroso do (bairro) Mané Preto, localidade onde atualmente reside na periferia da cidade.
Não é segredo para ninguém a boa performance de Adelson Barreto nas pesquisas de opinião – sem dúvida, o candidato governista (?) com maior chance contra João Alves Filho. E muita gente estranhou, por exemplo, a ausência do nome dele na última aferição feita pelo Cinform/Dataform. Mas isso é assunto para outra contenda...
O importante é que, claramente, o senador Antônio Carlos Valadares prefere indicar o próprio filho e nisso há certa lógica política: poucos, quase ninguém no PSB confia em Adelson Barreto.
Resultado: sem chance de concorrer em Laranjeiras ou Aracaju, sobrou ao Neguinho a opção de disputar com o colega de microfone Fábio Henrique a Prefeitura de Socorro. Mas a turma do “deixa disso” já entrou em ação.
Pelo Facebook, o candidato a vereador naquele município, jornalista Aélio Argôlo, chiou: “Adelson Barreto acha que pode ser candidato a prefeito de qualquer município que escolher. O povo de Socorro o conhece bem e sabe da sua incapacidade de agregar aliados. Foi sempre um candidato solitário, egoísta e sem projetos. Um dia as pessoas vão perceber que este deputado envergonha o Estado de Sergipe com sua enganação.”
Santa pereba... Diante de tantos ataques, vindos de todos as direções, o coitado do Adelson Barreto é quem agora precisa de Merthiolate para sarar as feridas. Chamem o Othoniel Bareta...


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Domingo, 08 de Abril de 2012 | 18h15 | Eleições 2012
Agregado ao cabedal de virtudes de Almeida Lima o de “oráculo”
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Candidato do PPS à Prefeitura de Aracaju, o deputado federal Almeida Lima costuma citar filósofos em escritos e até quando está em conversa – admira, por exemplo, Aristóteles, para quem “a inteligência humana é a única forma de alcançar a verdade”. O camarada também é dado aos imbróglios sem causa aparente: tentou polemizar com todos os líderes políticos de Sergipe na atualidade; apenas o senador Antônio Carlos Valadares – e por breve momento, diga-se –, deu-lhe orelhas.
Agora, nesta fase de “Nova Ordem” – seja lá o que essa junção de palavras signifique, posto que Almeida Lima é político atuante desde a redemocratização em 1985, com cargos públicos e mandatos eletivos conquistados ao longo dos anos ao lado de quase todos os colegas da “Velha Ordem” ainda ativos –, o nobre parlamentar agrega ao cabedal de extensas virtudes o de “oráculo”.
O termo “oráculo” designa tanto uma divindade consultada em questões relevantes como o intermediário humano que transmite a resposta da Divindade. Almeida Lima, ao menos até o momento, ainda está na segunda categoria. Mas, danado como é, logo logo passará ao pódio dos seres divinos, tamanha a competência para explicar o presente e predizer o futuro – seria o deputado, por esta ótica, uma espécie de “oráculo visionário”. Vejamos...
Publicado em 04/04, um novo artigo do dito evoca a Filosofia e a História para analisar a tal da “Nova Ordem” e a “trama diabólica” urdida pelo governador Marcelo Déda, com o auxílio dengoso do vice Jackson Barreto, visando a “impedir que a verdadeira oposição e outras forças políticas nascentes cheguem ao poder, satisfazendo, dessa forma, aos desejos odientos e revanchistas comuns a todos os coadjuvantes (da cena política atual): Marcelo Déda, Jackson Barreto, João Alves Filho, Antônio Carlos Valadares, Edvaldo Nogueira e Albano Franco”.
A neurolinguística, em apoio à psicanálise, explica o discurso aparentemente enviesado. Quando se utiliza do adjetivo “coadjuvante” – que coadjuva, auxilia ou coopera com outrem –, Almeida Lima coloca a si próprio e ao que denomina como “outras forças políticas nascentes” num patamar de superioridade político-eleitoral, havendo os demais, os ditos “coadjuvantes”, de mancomunarem-se, se quiserem ao fim e ao cabo abatê-los nos embates eleitorais de 2012 e 2014...
A mensagem enviada dos Céus através do “oráculo” Almeida Lima, de que contra o povo de Aracaju engendra-se um novo acordão político com a participação direta e indireta de personagens da situação e da oposição, certamente alertaria o respeitável público para a maior patifaria da década, não fosse por um detalhe peculiar: atenta contra a racionalidade, contra a inteligência!
O “oráculo” Almeida Lima diz que o grupo dos irmãos Amorim seria hoje objeto de desejo de João Alves Filho, cujos mensageiros se revezariam na tentativa de convencê-los a indicar o candidato a vice-prefeito, sob a garantia expressa de que, eleito prefeito, o Negão não deixará o cargo para se candidatar a governador em 2014, passando a apoiar a candidatura do senador Eduardo Amorim...
Diz mais: o Negão, após conquistar a prefeitura, faria de Marcelo Déda um aliado administrativo em nome do bom relacionamento republicano. A partir daí, não haveria razão para ele ficar com os irmãos Amorim em 2014 – o apoio à candidatura de Jackson Barreto ao governo seria, assim, natural, concluindo a “trama diabólica” urdida agora, que visaria a derrotar a “verdadeira oposição” (em 2012) e os irmãos Amorim (em 2014).
Quem em sã consciência imaginaria a corriola do PT a conjurar com o DEMo um acordão político cujo objetivo precípuo seria alijar Almeida Lima e Eduardo Amorim dos docinhos eleitorais de agora e de mais adiante? Minhas pílulas de gengibre, por favor...
Pior, mesmo desejando declaradamente o apoio dos irmãos Amorim – já o Negão prefere, como é público e notório, manter distância dos cabras –, Almeida Lima dificilmente o teria,  não obstante a carrada de ligações disparadas por ele mesmo sem auxílio de mensageiros para um parlamentar do grupo (falam em 28, mas creio haver exagero nos números), por uma razão simples: ninguém naquelas bandas confia nele!
A personalidade magistral, adornada ainda pela suprema pose de cavaleiro solitário (errante) e o afã divinal conferem-lhe, ao caro Almeida Lima, a aura de político “exótico”, fator máximo a torná-lo, digamos, desafeto pelo eleitorado, o que também pesa na hora de costurar qualquer acordo eleitoral.
Mas nem tudo está perdido! Alegrai-vos, pois quem sabe se num próximo escrito não venha o pretencioso “oráculo” Almeida Lima nos entregar antecipadamente os números da milionária Mega Sena de Fim de Ano. Faria-nos a todos um grande favor...