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Sexta-feira, 29 de Outubro de 2010 | 11h55
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...Um dia a casa cai... (Ou a caixa-preta do PT)
O governador Marcelo Deda dizia a boca larga que “a caixa-preta do Sebrae (durante a gestão de Zezinho Guimarães) deveria ser aberta”. Teria coragem Ele de dizer o mesmo acerca da caixa-preta do PT? Talvez, muito provavelmente, este assunto não lhe interesse...
Ontem, a imprensa publicou ter o Ministério Público Federal denunciado o ex-presidente e o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores em Sergipe, Severino de Oliveira Bispo e Usiel Rios. Motivo: os danados, petistas históricos, “sumiram” com R$ 25 mil sem devidamente explicar “a destinação regular da verba nem comprovar o gasto”.
O dinheiro gatunado pela dupla era público, sendo repassado ao PT através do Fundo Partidário, criado pelo Congresso Nacional para financiar as atividades executivas dos partidos –escritórios, pessoal, comunicação, etc... Como toda verba pública, precisa haver a prestação de contas regular, no caso ao Tribunal Superior Eleitoral.
De acordo com o procurador, parte das verbas encaminhadas ao PT em Sergipe, referentes ao ano de 2004, não tiveram justificação (comprovantes de gasto), razão pela qual foram reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. Outra inquietação provocada no MPF/SE é que contas de 2003 foram pagas com recursos de 2004, o que é proibido por lei.
Dinheiro público e petistas parecem compor uma combinação bombástica. Severino Bispo e Usiel Rios são da turma patrocinada pelo presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra –aliás, esse rapaz tem cada amigo: lembra do tal Gaguinho que sumiu com R$ 1 milhão dos colegas de sindicato e, à época, era assessor do então senador sergipano José Eduardo Dutra?
Usiel Rios hoje é presidente do Diretório do PT em Aracaju e responde, pasmem!, pela Diretoria Financeira da Cohidro, órgão do governo Marcelo Deda. Caso seja condenado, juntamente com o colega de maracutaia Severino Bispo, podem ambos pegar até cinco anos de xadrez. Eta...

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Segunda-feira, 25 de Outubro de 2010 | 13h46
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“O cargo é meu”, grita o aliado!
Normal que seja assim! Quando um novo governo se forma, os aliados, cujo papel julgam ter sido preponderante para a vitória do grupo, buscam importantes espaços na estrutura administrativa. A disputa por cargos, sobretudo os de primeiro e segundo escalão, já teve início antes mesmo de começar o segundo mandato do governador Marcelo Deda.
O mais afoito dos aliados governistas em busca das “boquinhas” é o nobre deputado federal Jackson Barreto, eleito vice-governador. Não por caso, o ficha suja prega uma “limpeza” no quadro de secretários e assessores nesta nova gestão do PT. Ainda aconselhou Marcelo Deda a ficar de olhos abertos para as “traíras” ocupantes de cargos considerados por ele estratégicos.
Qual motivo levaria o bom moço, ex-prefeito de Aracaju cassado por corrupção –ainda estão em julgamento no STF vários processos por peculato e improbidade administrativa–, a antecipar-se tão na madruga em busca dos tais “cargos estratégicos”? A resposta é simples: JB ficará sem mandato de federal em dezembro e, coitado, não conseguiu eleger seu candidato a estadual.
A “família” do inesquecível futuro vice-governador –e, ocasionalmente, governador interino de Sergipe até 2014– é imensa. Vejam que seus “parentes” já ocupam cargos na Prefeitura de Aracaju e no governo Marcelo Deda. Mas, ele quer mais... Do contrário, como “encaixar” os inúmeros cabos eleitorais hoje lotados no seu gabinete em Brasília?
Por outro lado, a derrota de Robson Viana, sobretudo em Aracaju, é sinal claro do irrecuperável desgaste do outrora imbatível (e infalível) fenômeno eleitoral Jackson Barreto. Se não conseguiu ao menos eleger um “simples” deputado estadual, pode-se concluir: apadrinhar postes, na esperança do povo eleger qualquer um que ele indique, é coisa do passado! Triste fim...
Mas nem tudo está perdido para Jackson Barreto. Ele dispõe de uma lista com centenas de nomes de “traíras” a terem as cabeças decepadas, tão logo sejam iniciadas as negociações para compor o novo governo. Claro, ele também possui a sua própria extensa lista de indicações: são (muitos) amigos e amigas, a quem ele quer assegurar, não fiquem desemparados ou sem guarida.
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O Negão ainda incomoda – O nome mais doce para Jackson Barreto, aquele que não lhe sai da boca, é o de João Alves Filho. O nobre futuro vice-governador tem coceiras homéricas, dizem que até em locais inconfessáveis, sempre que relembra da vitória do ex-governador na Grande Aracaju. Outrora manda-chuva da capital, JB não tolera ter sido “passado para trás”.
Aliás, bem ao gosto do cujo, o ficha suja disse que o Negão deveria comprar uma chupeta e parar de chorar o leite derramado, pois perdeu mais uma eleição em primeiro turno para Marcelo Deda. O Negão, claro, discorda... Ademais, a vitória na Grande Aracaju antecipa o fim do longo e incompetente reinado da esquerda festiva na capital (e nos municípios circunvizinhos).
Quanto à chupeta e ao “leite” derramado? Bem, nestes quesitos JB é mestre...