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Segunda-feira,
26/09/2011 | 12h10
A
pior parte...
...
Se
você pensa que a matéria do programa “Fantástico”
da Rede Globo sobre o sucateamento do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu), exibida em ontem em nível
nacional (linque abaixo), seria a pior parte da conflituosa relação
do Governo de Sergipe com a gestão da saúde pública
estadual, não imagina o imbróglio resultante do
processo judicial encaminhado à Justiça sergipana pelo
ex-governador João Alves Filho, o qual resultou em duas
decisões inéditas do Tribunal de Justiça de
Sergipe, há quase dois anos:
1
– Ordenou o colegiado de desembargadores ao governador Marcelo Déda
a imediatada reconstrução do Hospital Infantil José
Machado de Souza, para que passasse a funcionar como casa de saúde
destinada exclusivamente ao atendimento de crianças; a
unidade, cujo prédio foi deixado pronto em fins de 2006,
havendo somente a necessidade de compra de equipamentos e mobiliário,
para os quais foi deixado no caixa da Secretária Estadual de
Saúde os valores correspondentes, seria o mais moderno
hospital pediátrico do Nordeste.
2
– No mesmo despacho, os desembargadores recomendaram ao Ministério
Público Estadual que entrasse com ação de
improbidade administrativa contra o então secretário de
Saúde, Rogério Carvalho, por conta de ter desfigurado o
prédio e utilizado as instalações do Hospital
Infantil José Machado de Souza para fins outros, que não
aquele estabelecido em projeto.
Se
era para “reconstruir” significa que estava pronto, então!
Se era para processar o responsável pela bagunça, é
porque havia algo a ser reparado. No entanto, pasmem, passados quase
dois anos da ordem judicial, nada disso foi feito.
Para
completar, quando o assunto chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF),
para evitar constrangimento e mais mídia nacional negativa, o
governador Marcelo Déda garantiu àquela corte que
tomaria as providências... Mais uma lorota, como se pode
constatar.
Caso
o Hospital Infantil José Machado de Souza já estivesse
em operação, muitos dos problemas de superlotação
do HUSE (ex-Hospital João Alves Filho) já estariam
solucionados. Falta, portanto, competência e uma pitada de
decoro...
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