E.Zine 02/07 N96

SEMPRE OTIMISTAS O fim do período junino fecha também um outro ciclo. Hoje, adentramos à segunda metade do ano. No semestre passado, lamentavelmente, Sergipe perdeu um tempo precioso. Enquanto o mundo avança e a economia cresce, atolamos num discurso de mudança. O lamaçal das promessas não preservou o que até o final do ano passado funcionava plena e satisfatoriamente nem buscou melhorar setores onde por esta ou aquela razão havia falhas, mas cujo conceito, fincado num projeto de longo prazo, buscava elevar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do estado a patamar de Primeiro Mundo. O ex-mandatário, parafraseando político de tempos idos, dizia com propriedade que "rico não precisa de governo" -(bem, só se for para aumentar a riqueza!). O IDH, portanto, reflete a qualidade de vida do povo pobre. Neste tocante, Sergipe perdeu! Vemos, por exemplo, o imbróglio da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. Se antes os vermelhos fizeram de tudo para atrasar a conclusão da obra, agora insistem em postergar a entrega o tanto quanto seja possível. Sem falar dos recursos através do programa Via Rápida da ONU -quase R$ 1 bilhão- que poderiam mudar a cara de Sergipe. São apenas dois rápidos (e aleatórios) exemplos de prejuízo imediato à parcela menos provida da população. Outros exemplos poderiam ser aventados, provando que aqui já está em franco funcionamento o PAC (Programa de Acomodação e Contentamento*). De um lado um governo que acorda tarde, finge trabalhar e sonha a toda hora com festa e eleição. Do outro a plebe, dividida soberanamente entre os rudes ignaros, os órfãos do ex-governo, os loas traíras (hoje achincalhados pelos vitoriosos), e a elite soberba, em cujo matize se fundem os vermelhos de todo tipo e os oportunistas de todas as horas... Este momento de novo ciclo propõe renovar as esperanças. Pois acima de tudo persiste em quem verdadeiramente ama Sergipe o desejo de ver o estado alcançar a primazia decantada nas palavras sublimes do soberano príncipe durante a campanha eleitoral. Que tamanho esforço, por fim, não seja em vão! (*) O Programa de Acomodação e Contentamento é criação do colunista da Folha de S.Paulo Josias de Souza para justificar a necessidade de um período de descanso.

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