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Caro amigo e colega jornalista Diógenes Brayner,
Causou-me estranheza no comentário da Coluna Plenário hoje, 7/02, “Um redemoinho que espalha siglas”, que, no seu julgar, a divulgação de “fake news” faça “parte de um marketing que tende – E É CORRETO (grifo meu) – (a) confundir e enfraquecer adversários”. Neste caso, sobre Edvaldo Nogueira haver exonerado cargos de André Moura na Prefeitura de Aracaju, fato negado pelo alcaide, não obstante o notório desconforto dele com os movimentos políticos do ex-deputado no tocante à sucessão na capital.
Como profissional de Comunicação e do Marketing Político, que militou por anos no outro lado do balcão, com o dever de informar fatos e haveres do cotidiano, sempre prezando pela verdade, afirmo que NÃO É CORRETO – e, de fato, configura-se crime – espalhar boatos e inverdades. E devemos todos que temos compromisso com eleições limpas, combater mentiras, “que naturalmente surgirão neste período de pré-campanha em todas as tendências políticas, seja de situação ou de oposição”.
A disputa eleitoral deve ser conduzida de maneira ética e lastreada somente na verdade. A propagação de “fake news” não apenas corrompe o processo democrático, mas também mina a confiança dos cidadãos na política e nas instituições. A defesa ou normalização de práticas que visam confundir e enganar o eleitorado retira desse debate o seu valor intrínseco. É crucial que todos os envolvidos no processo eleitoral – entre os quais, a própria imprensa – se comprometam a respeitar princípios fundamentais, promovendo um diálogo baseado no factual e no respeito mútuo.
Campanha eletiva deve ser um espaço de troca de ideias e propostas, não de difamação e desinformação. Devemos reforçar o respeito às regras, moralidade e ética, pilares fundamentais de qualquer processo eleitoral legítimo. Na verdade, a persistência dessas práticas nefastas tem contribuído para a descredibilização do sistema político e para a alienação dos eleitores. É nosso dever coletivo, portanto, rejeitar veementemente tais comportamentos e trabalhar incansavelmente pela promoção de uma cultura política baseada na transparência, honestidade e responsabilidade.
Somente assim, aliás, poderemos fortalecer nossa democracia e assegurar que o poder possa de fato emanar do povo. Sem esquecer, caríssimo, que o atual ambiente político deteriorado e notoriamente rejeitado pela população mais lúcida de Sergipe, é reflexo dessa prática nefanda, que perdura faz tempo!
Com um abraço fraterno,
David Leite//