Quarta-feira, 07.05.08 - Ano II - Edição Número 259

O ABRA-O-OLHO RECOMENDA
Dentro das comemorações dos 15 anos do Bloco Ecológico Caranguejo Elétrico será realizado em 24/05, na casa de eventos atrás do Restaurante Deppan Rio Poxim), o forró pé-de-serra com Valtinho do Acordeon & banda e a banda Zé Tramela. Participação especial de César Leite e a boneca Genoveva. Individual: R$ 15,00. Mesa em ala vip com serviço de bar: R$ 80,00 para quatro pessoas. Contatos: 9993.8105, com Antônio Leite.
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MAGOOU
Machucou muito o caudaloso queixo-duro do deputado-secretário estadual de Saúde, Rogério Carvalho, a visita dos deputados da oposição ontem pela manhã ao Hospital João Alves Filho. No programa do radialista-vereador Fábio Henrique, ainda furioso pela “invasão”, ele prometeu ajuizar à Comissão de Ética da Assembléia pedido de cassação de mandato, por quebra do decoro, contra o deputado Augusto Bezerra, vice-líder da oposição, acusado de comandar a trupe de visitantes. Augusto Bezerra nega. “Tentaram desvirtuar. Foi apenas uma visita”. O deputado lamentou a proibição da presença da imprensa na vistoria. “Quando não se permite o acesso da mídia é porque as imagens não dariam dignidade ao governo. Os pacientes estão misturados. É homem com mulher, adulto com criança. Pessoas por todos os lados. Não queremos constranger ninguém, mas é a realidade do hospital sob o comando do PT”. Por sua vez, o líder oposicionista Venâncio Fonseca relembrou a visita do governador Marcelo Déda ao João Alves em 17/12/2007. “Ele levou a imprensa e mostrou os corredores limpos, sem macas. Expôs uma realidade que não existe. Hoje (ontem), jornalistas e radialistas foram impedidos de ver e comprovar a incompetência de um governo que ameaça sindicalistas de demissão e quer cortar o ponto dos professores que reivindicam um aumento justo”. No rádio, Rogério Carvalho tentou tirar dos próprios ombros a responsabilidade pelas mazelas na Saúde estadual e creditá-las ao ex-governador João Alves Filho: “Ele passou 12 anos e não resolveu nada. Estamos a apenas um ano, reconstruindo o que foi destruído. O povo precisa esperar o tempo concedido a Marcelo Déda para solucionar os problemas”. Augusto Bezerra aponta um outro culpado. “O governo gasta entre R$ 15 mil e R$ 20 mil numa propaganda para dizer ‘estamos enviando R$ 3 mil para tal município cuidar da dengue’. Só pode ser piada. Vive-se o caos na saúde pela incompetência, pela falta de governo”. Com o coração ferido, alquebrado por ter a amazônica vaidade dilacerada diariamente, Rogério Carvalho tem atirado às cegas para todos os lados. Com o humor nos joelhos, mal acorda e já ameaça servidores, pede a prisão de jornalista e promete cassar mandato de deputado. Pior, agride a inteligência do respeitável público, imputando à terceiro – um ano, cinco meses e seis dias depois do início do governo a que ele “serve” – a culpa pelas próprias fraquezas e omissões. O receio de perder o rendoso emprego a qualquer momento, tema recorrente dentro e fora do governo das mudanças para pior, atormenta e desequilibra o deputado-secretário. Carma, Rogério, carma...
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ATÉ QUANDO?
A espera promete ser longa. Ontem, mais uma vez, os professores não ouviram do líder governista na Assembléia, Francisco Gualberto, qualquer mínima menção ao índice de reajuste salarial dos servidores da Educação. Em greve e acampada na sede do Parlamento estadual há uma semana, a categoria aguarda ansiosa alguma boa notícia do governo que ajudou a eleger. A cobrança tem sido dura. Pela manhã, um carro de som do Sintese tocava nas ruas do Centro Comercial a paródia do samba “Vou Festejar” de Jorge Aragão, eternizado por Beth Carvalho: “Você pagou com traição a quem sempre te deu a mão”. Questionei o presidente do Sintese, professor Joel Almeida, quem seria o traidor. Depois de alguns segundos de um reflexivo silêncio, perguntei se era o governador Marcelo Déda. Por fim, ele balançou a cabeça em sinal de positivo quando eu disse “O governo?”. Os professores estão acuados e humilhados. Nunca antes na história do Sintese um governante tratou os sindicalistas com tamanho desprezo. Nem mesmo o senador Antônio Carlos Valadares, mentor intelectual da homérica surra aplicada pela Polícia Militar nos professores em 1989 quando ele era governador. E se há alguém com autoridade e legitimidade para classificar como bem entender o governador Marcelo Déda, o governo do PT e o próprio PT, este é o pessoal Sintese. Neste tocante, o deputado Francisco Gualberto está coberto de razão.
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A VAIDADE DE ELOÍSA GALDINO
As vaidosas peripécias de madame Eloísa Galdino foram expostas ontem na Assembléia. O líder da oposição, Venâncio Fonseca, acusou a proba secretária estadual de Comunicação Social de fazer promoção pessoal com dinheiro público. O deputado entrou com requerimento solicitando informações da Secom sobre gastos em publicações onde fotos e entrevistas da comissária do governo Marcelo Déda são destaques. Ele quer saber quanto madame Galdino “investiu” nestes jornais e revistas. Venâncio Fonseca classificou o exibicionismo da secretária de Comunicação como “indecente”. Já o conteúdo das publicações seria para ele “desprezível e sem qualquer qualidade”. Venâncio Fonseca credita a compulsão exibicionista de Eloísa Galdino à “inocência” da secretária. “É pessoa sem noção. Não sabe como funciona a máquina pública. Não sabe que não se pode fazer promoção pessoal com dinheiro do povo”. O deputado pretende agora mover ação junto ao Ministério Público Estadual para obrigar a secretária, que mudou as práticas nefastas da Secom, a devolver o dinheiro público pago às publicações amigas. Seria algo péssimo para uma imagem tão candidamente doce e apresentável. Mas, fazer o quê?

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