E.Zine 10/03 N22

PARTIDO DOS BANQUEIROS Editorial de O Estado de S. Paulo de ontem desenha o perfil do governo do presidente-torneiro mecânico na relação com o Capital: “O governo Lula é o governo do Partido dos Trabalhadores? Vez por outra, o governo do ex-líder sindical esquece suas origens, como acaba de ocorrer, e entra em cena o governo do Partido dos Banqueiros”. Para agradar os agiotas oficiais, o presidente-torneiro mecânico mandou o Conselho Monetário Nacional mudar o cálculo do rendimento da caderneta de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Agora, quando a taxa Selic atingir 12% anuais, a TR terá um redutor e com isso a rentabilidade da caderneta (TR mais 6%) cairá algo em torno de 10% e a do FGTS (TR mais 3%) em cerca de 5%. Segundo o Estadão, o redutor da TR será aplicado para garantir a continuidade dos fabulosos lucros dos bancos, sem a necessidade de se adaptarem às novas realidades do mercado. O governo sempre poderá alegar que reduziu a TR para evitar o encolhimento dos fundos e evitar dificuldades numa futura colocação de títulos públicos no mercado. Mas esse argumento não esconde o fato de o ajuste está sendo feito em benefício dos bancos e de ninguém mais. Noutras palavras. Perdem com isso os titulares de 75 milhões de contas de poupança e de 514 milhões de contas do FGTS. Imaginem os preclaros leitores se esse não fosse o governo do Partido dos Trabalhadores... PEDRA SOBRE PEDRA Os vermelhos não param de inovar visando “adaptar” a máquina ao modo petista de governar. Primeiro mandaram às favas as aula em tempo integral em escolas da periferia, um projeto inovador de resultados altamente comprovados na diminuição da violência e na integração escola-comunidade (fora e dentro do Brasil). Desmontaram a estrutura básica dos centros de excelência e do pré-universitário gratuito, não obstante a vitoriosa aprovação de 614 alunos apenas na Universidade Federal de Sergipe (vestibular 2007), da qual o professor-secretário e ex-magnífico, sua douta sapiência José Fernandes de Lima foi um dia reitor. Que entidades do alunado vão enfim bufar em frente às feras vermelhas e dizer um sonoro NÃO à tamanha perversidade? Pode parecer estranho não haver vozes gritando enquanto o novo governo acaba com ações positivas e de grande valia para milhares de jovens carentes cujas vidas poderiam ter um rumo diferente, pois as chances de obter um diploma de formação superior foram aumentadas enormemente no último quadriênio. É também no mínimo esquisito ter o ex-governo cometido tantos desmedidos a ponto de nada servir ao novo governo, nem mesmo os projetos reconhecidamente de utilidade pública, como o Sergipe Cidadão que alfabetizou mais de 200 mil sergipanos desde 2003 ou o Sergipe Minha Casa que substituiu quase oito mil casas de sopapo (taipa) por casas de alvenaria rebocadas, pintadas, com água, luz e sanitário interno. Acabar com a obra pronta é fácil. Mas e no lugar dela, o que a substituirá? E quando? CURIOSIDADE DO DIA Com tantos colaboracionistas vermelhos infiltrados na imprensa descendo o sarrafo todos os dias no prefeito comunista da capital, quem finalmente dará voz à sua defesa evitando que chegue à eleição de 2008 em frangalhos?

E.Zine 09/03 N21

INQUISIÇÃO JUDICIAL Pode parecer chacota o texto a seguir, mas não riam porque a coisa é séria. O Ministério Público Federal de Sergipe entrou com uma ação civil pública contra o colunista de Veja Diogo Mainardi, acusando o jornalista de preconceito e discriminação contra nordestinos – em especial os sergipanos – e por ofensas morais à cidade e ao povo de Cuiabá. É isso mesmo! Um procurador daqui de Sergipe acusa Diogo de ter desrespeitado a gente e o povo da capital do Mato Grosso. Os escritos de Diogo tão ofensivos foram publicados na Veja de 19 de janeiro de 2005 quando o sem-ocupação-em-busca-de-emprego José Eduardo Dutra ainda estava presidente da Petrobrás. Diogo, o imperdoável, comentou: "JED não tem passado empresarial. Fez carreira como sindicalista da CUT e senador do PT pelo estado de Sergipe. Não sei o que é pior (...)"; e na mesma Veja em 18 de maio de 2005, ele escreveu: "Minha maior ambição hoje em dia é jamais, em hipótese alguma, colocar os pés em Cuiabá". Não continuem a rir, não! Essa balela do MPF de Sergipe suscitou um comentário do colega de Diogo na Veja Reinaldo Azevedo muito bem merecido. Disse ele na edição de ontem do seu BLOG: "Parece que o procurador Paulo Gustavo Guedes Fontes é mineiro. Não posso lhe pedir então que se inspire nos sergipanos Silvio Romero (1851-1914) ou Tobias Barreto (1889-1939)... Romero atacou sem piedade os 'degenerados' de Antonio Conselheiro... Só teve compreensão um pouco melhor do que lá aconteceu depois que Euclides da Cunha explicou. A dupla sergipana não aceitava o sertão mental brasileiro, fosse ele do Sergipe, de São Paulo ou da Bahia. Romero é um caso engraçado. O sergipano deveria ser processado ex post pelo Ministério Público. Estou aqui com o volume 05 de sua História da Literatura Brasileira (José Olympio, 1980). Quando quer se referir aos críticos que não teriam entendido direito Os Sertões, escreve 'crítica indígena' – entenda-se: primitiva! Eis o livro à minha frente, aberto na página 1511. Romero está descendo o sarrafo em Machado de Assis, de quem não gostava. Acusa o escritor de nem mesmo ser engraçado. E manda bala: 'Nossa raça produz facilmente o cômico, que se não deve confundir com o humor'. Ô sergipano preconceituoso esse Silvio Romero... Mandem queimar seus livros". Caro Reinaldo, dileto Diogo, respeitável público, julgar hereges os politicamente incorretos ou mesmo os de opinião contrária ao rito sócio-cultural vermelho virou moda. Sinceramente, essa do MPF sergipano não teve a mínima graça...

E.Zine 08/03 N20

NOTA DO EDITOR

A partir desta edição você poderá comentar as matérias publicadas neste BLOG. Para nós será uma imensa satisfação poder contar com sua colaboração e acima de tudo conhecer o pensamento dos nossos ilustres leitores. Opinem a vontade e sem cerimônia. DL//

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PARABÉNS

Às nossas leitoras, feliz Dia Internacional da Mulher!!

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APESAR DOS NÚMEROS Mesmo depois do desmentido fartamente documentado do deputado César Mandarino quanto à suposta dívida de R$ 280 milhões da Deso denunciada como fato real pelo deputado-líder vermelho Francisco Gualberto, jornatistas (jornalistas-petistas ou petistas-jornalistas, tanto faz) e colaboracionistas de plantão infiltrados na imprensa insistem em divulgar a versão do interesse do novo governo. Mandarino mostrou relatórios da Deso comprovando o débito da estatal em R$ 34 milhões, fruto de empréstimos para obras como a duplicação da adutora do São Francisco e na ampliação da rede de água e esgoto em vários municípios (programa "Água em Toda Casa", especialmente). O valor total do débito representa 5% do patrimônio da Deso. Como a previsão é de haver aumento da arrecadação em 8% para este ano, a empresa se mantém com excelente saúde financeira. O que jornalistas e colaboracionistas escondem é quanto a Deso tem a receber em pagamentos atrasados. São mais de R$ 115 milhões. A maior fatura pertence ao município de Aracaju. Exatos R$ 14,7 milhões devidos. Mas isso não interessa... EM GREVE Deve ter sido chocante para o príncipe ver vermelhinhos de fina estampa fazendo greve em frente à Deso. Cerca de 250 funcionários da Companhia de Saneamento de Sergipe paralisaram anteontem pela manhã as atividades. O protesto ocorreu porque o novo governo quebrou o compromisso firmado com os trabalhadores da empresa. Sentadinhos no corredor de acesso à Presidência, dividindo lanches e entoando cânticos de louvor à união dos trabalhadores, os funcionários reivindicaram revisão do Plano de Cargos e Salários, reajuste salarial e isonomia nos valores pagos aos funcionários concursados. E pensar que boa parte dos manifestantes é eleitor de carteirinha do príncipe. Dói, mas... ERRAMOS Ao contrário do publicado ontem neste E.ZINE, Leda Nagle e convidados NÃO foram substituídos por desenhos de Hanna Barbera e outros filmes animados na programação da TV Aperipê. O programa segue normal, conforme garantiu por telefone o diretor de Operações da emissora radialista Jefferson Andrade. CURIOSIDADE DO DIA Como será a relação do presidente-torneiro mecânico com os colegas sindicalistas a partir da aprovação da Lei de Greve, já em gestação no Palácio da Alvorada e esperada avidamente pela bancada vermelha no Congresso?

E.Zine 07/03 N19

O PESO DO GOVERNO FEDERAL Estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra a carga tributária brasileira batendo um novo recorde em 2006. Atingiu R$ 823 bilhões – ou 39,69% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos últimos seis anos, segundo o levantamento, a soma de tributos extraídos da sociedade não parou de crescer. Aumentou 6,94 pontos porcentuais do PIB: foram 5,06 na União, 1,46 nos Estados e 0,42 na esfera municipal. Dos R$ 823 bilhões arrecadados em 2006, R$ 562,9 bilhões foram coletados pelo governo federal. Do total, apenas R$ 92,8 bilhões foram redistribuídos para estados e municípios através do FPE e do FPM. Excluídos do debate de hoje com os governadores sobre a reforma tributária, os prefeitos querem usar os números da carga tributária para provocar o Planalto a reabrir a discussão sobre o pacto federativo – ou seja, a efetiva utilização dos recursos tributários. O objetivo não é diminuir o peso do Estado, mas garantir uma melhor distribuição do montante arrecadado. Os especialistas riem quanto a essa possibilidade, especialmente levando em conta a obesidade imposta à máquina pelos vermelhos. RECORDAR É VIVER Quando estava na oposição, o novo governo criticava ferrenhamente as contratações sem licitação efetivadas pelo ex-governo em caráter de emergência. Uma vez na situação, o novo governo autorizou contratações sem licitação na Deso e na Educação. O deputado Augusto Bezerra solicitou ao Tribunal de Contas Estadual uma inspeção na Deso para aferir se há mesmo emergência. O deputado quer saber ainda se o novo governo vai continuar usando os dividendos do Banese. A prática era surradamente criticada pelos deputados vermelhos durante o ex-governo. Augusto Bezerra pede também informações sobre o novo concurso público da Administração para substituir o anulado sob suspeita de irregularidades e questiona se será mantida a cobrança antecipada do ICMS – outro tema usado pelos vermelhos nas críticas feitas ao ex-governo durante o último quadriênio. DESO Diante de números não há argumentos. Ontem, o deputado Victor Mandarino calou a bancada governista ao apresentar na Assembléia dados sobre as finanças da Deso. Segundo ele, a saúde financeira do órgão prova a lisura da gestão passada. Passou aos colegas pastas contendo relatórios detalhados sobre os principais atos da antiga diretoria da Deso, especialmente os relativos a pagamentos de empréstimos do ex-governo e de governos anteriores e sobre financiamentos contraídos pelo ex-governo para viabilizar o programa "Água em Toda Casa", a duplicação da adutora do S. Francisco e a modernização e ampliação de redes adutoras e de abastecimento no alto-sertão. QUEM NÃO SE COMUNICA... Começa o desagrado com as mudanças do Sistema Aperipê de Comunicação (SAC). Depois de empossar um estagiário de Comunicação (quarto período/UFS) na direção da Rádio AFM e indicar um ex-auxiliar técnico para um posto chave na TVA, a preclara diretora do SAC e primeira-dama de Aracaju Indira Amaral passou a tesoura no programa "Sem Censura", exibido às tardes em cadeia com a TVE do Rio de Janeiro e considerado pela crítica como um dos melhores do gênero no país. Leda Nagle e convidados foram substituídos por desenhos de Hanna Barbera e outros filmes animados. Quem tenta um contato com a direção do sistema para pedir de volta o programa bate com a porta na cara. Por lá, a regra é "não sei, não vi e não conheço". Nem Cizar Gamma em suas viagens siderais teve essa coragem... ELES NÃO SE ENTENDEM Os vermelhos de Propriá (ligados ao ex-prefeito Renatinho , ao atual prefeito Paulo Brito , às lideranças Américo, Paulo Campos, Nandinho...) estão mordidos com companheiros comandados pela deputada-secretária Ana Lúcia. Ana teve votação medíocre por lá, mas quer indicar o diretor da Diretoria Regional (DR) 06. Seria o professor Zé Luiz de Japoatã. Ele conta também com o apoio do bispo dom Mário, do MST e da Pastoral da Terra. O indicado pelos vermelhos de Propriá é o professor Nunes , vice-presidente do PT local. A ferrenha disputa desperta a atenção pelo inusitado. Tem gente até alcunhando o imbróglio de "leilão" por conta dos lances (baixos) de cada grupo para ver quem finalmente vai ficar com o quinhão. Bem, mas isso é briga de vermelho... CURIOSIDADE DO DIA O senhor José Roberto é presidente da Fapese. Desde meados de janeiro é também secretário-adjunto de Turismo do novo governo. Talvez não fosse o caso do senhor José Roberto ter aceitado o cargo, pois à época dirigia a fundação responsável pela elaboração do concurso público para a Secretaria Estadual da Administração, anulado por conta de denúncia de irregularidades na lista dos aprovados. Mas aceitou tudo bem! O estranho é ouvir tanto estardalhaço sobre a lisura da Fapese e o senhor José Roberto ainda seguir tranqüilo como secretário-adjunto de Turismo. Afinal, a suspeita de irregularidades na gestão do concurso e a incompetência insinuada por vermelhos contra a fundação dirigida pelo presidente-secretário são ou não reais?

E.Zine 06/03 N18

TERCEIRO TEMPO No seu blog diário em Veja (05/03), o jornalista Reinaldo Azevedo concluiu: "Eu não estou nem um pouco convencido de que o Babalorixá passa a faixa adiante na boa, sem mais nem aquela. Sua resposta aos jornalistas sobre a improbabilidade de um terceiro mandato, depois convertida em impossibilidade, deve ser vista no contexto: que outra coisa ele poderia dizer a esta altura do campeonato? A questão, no fim das contas, se chama 'plebiscito'. Ele pode ser a porta de entrada das idéias de jerico a que os petistas se entregam por vocação e método — o que inclui alguma forma de continuísmo para Lula. Algumas mentes brilhantes do PT estão dedicadas a esse esforço. O tempo dirá? Dirá". GANHA PÃO GARANTIDO Após seguidas semanas legado à própria sorte, finalmente o velho jornatista (jornalista-petista ou petista jornalista, tanto faz) Luiz Eduardo Costa foi agraciado pelos relevantes serviços prestados aos vermelhos. Afastado dos cargos de primeiro escalão desde quando foi secretário de Comunicação do governo Antônio Carlos Valadares no século passado (1987/89), o velho LEC volta à ribalta engatilhando um pomposo e reluzente CCE calibre 15 (subsecretário de Governo), algo em torno de nove mil e pouco contos (DO 12/02) - sem contar o líquido e certo pago mensalmente via Secretaria de Comunicação pelo indefectível apoio herteziano do seu QG em freqüência modulada de Canindé. O curioso da história toda é constatar como o príncipe preza pela dita secretaria. A saber: advogado Clovis Barbosa, digníssimo senhor secretário; ex-deputado federal (sanguessuga) pastor (sic) Heleno Silva, digníssimo secretário-adjunto; e agora, fechando a trinca de ouro o velho jornatista, empossado sem pompa mas com certa circunstância como digníssimo subsecretário. Realmente deve ser duro dar conta das inúmeras e relevantes atribuições da Secretaria Estadual de Governo. E por favor, cale-se quem recordar ter o príncipe logo no início do novo governo aventado a possibilidade até de extinguir os cargos de adjunto "porque desnecessários". Do alto da função de subsecretário de Governo, mesmo com as vistas cansadas, o velho LEC poderá agora se dedicar mais afeita e confortavelmente ao seu ofício preferido: disparar o ódio (requentado) pelo ex-governo nos escatológicos escritos dominicais do Jornal do Dia. Sem dó ou piedade! Um viva ao companheiro... CURIOSIDADE DO DIA Quando finalmente sua douta sapiência, o secretário-professor e ex-magnífico José Fernandes de Lima vai nomear os diretores e o staff administrativo de 14 escolas da rede pública estadual cujo funcionamento tem sido precário em função da ausência de pessoal de comando?

E.Zine 05/03 N17

ALERTA AO CHEFE O jornalista Giovani Allieve destrincha no Correio de Sergipe (Bastidores, 04/03) a fórmula mágica encontrada pelos jornatistas (jornalistas-petistas ou petistas-jornalistas, tanto faz) para fingir neutralidade e passar à opinião pública a sensação de dever cumprido. É quanto à expressão "Alerta ao governador Deda", cunhada para não contrariar o príncipe e dissimular denuncias de irregularidades ou deslizes administrativos do novo governo. Semana passada, por exemplo, o jornatista Cláudio Nunes (Infonet) alertou o chefe para uma licitaçãozinha, coisa boba, da Secretaria Estadual de Educação visando fazer a capina de escolas da rede pública – capina de novo, não é possível? CN constatou o fracionamento de despesa num pregão eletrônico. "Mas como supostamente o governador nada tem a ver com isso, ele precisa ser alertado", comenta Allieve, para cutucar em seguida: "Imagine se ocorresse no ex-governo? No mínimo haveria expressões como 'licitação fraudulenta', 'descalabro administrativo', 'maracutaia', 'bandalheira' e outras do gênero. Mas como se trata do novo governo, basta alertar o governador". Pois é caro Allieve e respeitável público, vivemos sob um governo imaculado. Quando algo mela, o príncipe precisa ser alertado. Afinal, errar é coisa para humanos... PRIMEIRO EMPREGO Ao contrário do programa desenvolvido pelo presidente Lulalelé, o Primeiro Emprego de Sergipe funcionou no ex-governo tendo mais de 2.500 jovens entre os 18 e os 22 anos exercido atividades visando obter experiência para o mercado de trabalho. Em nível nacional, conforme informou a Folha de S. Paulo, apenas um único rapaz conseguiu se "encaixar" num trampo. Trocou a batucada do Oludum onde tocava percussão pela cozinha de um dos restaurantes do Senac em Salvador. Agora, os quase 1.600 jovens do Primeiro Emprego sergipano estão apreensivos. Recebiam cada R$ 350,00/mês a título de ajuda de custo pagos ainda dentro do mês trabalhado. Auxiliam nas funções básicas dos diversos órgãos da Secretaria de Segurança Pública, incluindo o Hospital da Polícia Militar. A última remuneração paga em dia foi a de dezembro – no dia 23/12. De lá para cá, o andor desandou e somente depois do carnaval receberam os vencimentos de janeiro. Muitos não estão se quer conseguindo ir trabalhar. Sem direito a vale transporte e sem grana para bancar o deslocamento, para ir às repartições só a pé ou de carona. Agora o "bom" disso vem das promessas de campanha. Para conquistar a moçada, os vermelhos prometeram mundos e fundos. A garotada acreditou... SEM EMPREGO, AINDA O brilho da estrela do ex-senador e ex-presidente da Petrobrás José Eduardo Dutra pode reascender a qualquer momento. Preocupados com o ócio do ilustre vermelho, colegas sergipanos e do Planalto Central estudam uma atribuição à altura do currículo do homem, a quem se credita altíssima competência. Inicialmente, como em Brasília está cada vez mais difícil uma ocupação digna em função do número cada vez maior de vermelhos sem emprego em busca de uma nesga, a alta cúpula pensou, estudou, formulou e aguarda apenas o "de acordo" do presidente Lulalelé para resolver de vez a questão do moço devotado. O posto em voga é o de "Observador Especial do Governo Brasileiro no Iraque". Convenhamos, não será tarefa fácil. Mas nada intimida um homem com a fleuma e as boas relações de Dutra. Nem fogo cruzado. Boa sorte!