:: Quinta-feira, 25.10.2007 :: Edição N177 ::

COBRANÇA
O deputado-líder da oposição Venâncio Fonseca comentou ontem sobre o requerimento dele convidando o presidente do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores e secretário do Meio Ambiente, Márcio Macedo Babão, e o militante petista Frederico Romão para um amigável debate. Venâncio quer apurar a gravíssima denúncia de Fredão contra o presidente do PT, a quem acusou de gerir um balcão de negócios sujos, usando e abusando de cargos e contratos no governo estadual para aliciar companheiros.
Comentou Venâncio: "Vão dizer que estou me envolvendo em questões internas do PT, mas há cargos públicos no meio desta confusão e proponho um debate aqui na Assembléia entre os dois para que essa história seja esclarecida de uma vez por todas. Até porque, quem assina nomeação é o governador e Márcio Macedo deve sim satisfação a esta Casa".
O deputado-líder lembrou ainda de certa cartilha que anda meio esquecida, produzida pela tendência "Articulação de Esquerda", comandada pelos deputados Ana Lúcia Menezes e Iran Barbosa. O quase opúsculo denunciava com todas as letras a compra de votos para eleger o governador Marcelo Déda: "E vai ficar por isso mesmo, sem que a sociedade tenha uma resposta às denúncias?".
Pelo rebolado da mulata, pode apostar uma dose de Sagatiba Velha com caju maduro que o circo balança, balança, mas não cai...
:: CALEIDOSCÓPIO ::
DESABAFO
Chama atenção o desabafo da jornalista Grace Melo. Conta ela o desânimo tremendo a abater quem ainda acredita no futuro do país. O pano de fundo é a situação caótica na saúde do Estado, agravada quando as desculpas dadas para as atrocidades cometidas são as mesmas: "herança maldita e falta de tempo".
Ela propõe, então, dar um desconto: "A saúde pública é um problema crônico em todo o país. Como disse o governador Marcelo Déda, para resolver é preciso tempo. E não é pouco tempo. Tudo bem governador! Mas quanto tempo é preciso para comprar papel higiênico, sabão líquido e outros produtos de limpeza? Quanto tempo se despende para contratar faxineiros?".
Grace intui ter o povo acostumado com notícias sobre a falta de médicos, de vagas, de medicamentos e até do instrumental hospitalar. Mas falta de limpeza? Ainda não estava no cardápio. Realmente, o mínimo do mínimo a oferecer aos pacientes do Hospital João Alves ou de qualquer outra unidade de saúde seria um ambiente limpo, com as condições de higiene básicas.
A discordância com a jovem e perspicaz jornalista ocorre aqui. Segundo ela, "para quem sofre, o que menos importa é saber de quem é a culpa, a responsabilidade. Interessaria muito menos ainda saber se na administração anterior o problema já existia". Cara Grace, talvez seja esta a razão para o governador Marcelo Déda ainda abusar dos embustes teatrais e seguir com a gaiata fanfarronice: a certeza da completa impunidade.
Você tem razão, preclara colega, ao questionar se, quem sabe em 2010, para quem ainda estiver vivo e a quem interessar possa, o caos na saúde pública de Sergipe esteja plenamente resolvido. Aos de boa fé, realmente só resta apelar aos Céus e orar. Muito!

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