E.Zine 23/07 N111

A PONTA DO ICEBERG Os vermelhos, bons de mudança, mudaram um paradigma da administração. O melhor preço, a partir deles, é sempre o mais alto. Primeiro a capina num posto de saúde (2005) de cujo piso de cimento foi retirada uma centena de metros cúbicos de capim e mato. Depois veio a escabrosa denúncia da revista Veja ("Micareta Picareta", 2006) sobre o desvio de quase R$ 2 milhões de reais em dinheiro do SUS para pagar os shows superfaturados dos artistas que celebraram a saída de Sua Alteza Real para concorrer ao governo estadual. Ao abandonar a prefeitura, estima-se que o garboso príncipe tenha deixado um rombo de quase R$ 12 milhões na Secretaria de Saúde em contratos não pagos. Fora ter perdido prazos na prestação das conta de convênios federais, motivo para até hoje a PMA não poder receber certas verbas estratégicas, tendo que cobrir as despesas extras com recursos da arrecadação municipal. Não se deve esquecer também que o secretário Rogério Carvalho, integrando a equipe do novo governo, ainda exerce ingerência na Saúde da PMA, pois mantém desde sua saída centenas de cabos eleitorais em cargos comissionados. Por conta dessa herança maldita, a secretária Leda Lúcia, cansada de ser tachada de incompetente, deixou o cargo faz um mês. Ainda em 2006 foram contestadas as obras de revitalização do Parque da Sementeira (Parque Augusto Franco), patrocinada pela Petrobrás através de uma ONG. Até hoje ninguém sabe ao certo quanto e onde o dinheiro foi gasto. Investigações preliminares indicam haver pessoas ligadadíssimas a Sua Alteza Real por trás da ONG contratada sem licitação para executar a obra. Examinando os pregões licitatórios feitos pela PMA para a compra de merenda escolar, a CGU (Controladoria-Geral da União) descobriu o gosto voraz dos vermelhos por melancias, iogurtes e achocolatados. Ao comparar os preços praticados pelo mercado varejista da Capital e os valores pagos pela PMA na aquisição destes produtos em apenas um único pregão, ficou clara a gritante diferença. Em alguns casos, os contribuintes foram lesados em até quatro vezes o valor real do produto. A soma dos prejuízos, só na citada bricadeirinha, foi de R$ 84.000,00. Agora, o Sindicato dos Médicos denuncia um rombo de R$ 2.639.852,86 no fundo de previdência do município (Aracaju Previdência). Os descontados dos funcionários municipais não teriam sido repassados ao instituto entre março de 2005 e dezembro de 2006. O Sindimed pretende ajuizar ação contra a Secretaria Municipal de Saúde para saber onde está a grana. Se é que alguém pode, por favor, informar! De rombo em rombo o povo finalmente passou a conhecer a verdadeira competência dos vermelhos. Ah, o que se viu até o momento é apenas a ponta de um imenso iceberg. Dizem certas más línguas...

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