E.Zine 22/03 N32

FAXINA OU INQUISIÇÃO? Toda mudança de governo sugere a troca de postos por pessoas da confiança do novo administrador. É assim aqui, na China e até no inferno. Ao substituir nomes verdes (ou nem tanto assim) por vermelhos (ou mesmo mantendo as melancias) em setores estratégicos, sua majestade (o príncipe) cumpriu apenas um rito. Mas o processo de faxina do novo governo chegou a limites esquisitos, atingindo profissionais que em tese atuam num mercado apolítico. Pois bem, o Sesc contratou a Junior Fontes Produções para realizar um programa semanal para divulgação de temas do seu interesse em horário especial na TV Aperipê. Para apresentá-lo foi designada a jornalista Sérgia Cristina. Após algumas exibições, a direção do Sesc foi chamada e recebeu um ultimato: "Enquanto aquela moça que tem a cara do ex-governo estiver na apresentação, o programa não vai ir ao ar por ordens superiores". Demitida, a jornalista está em casa onde se recupera de uma crise de depressão. Processo semelhante viveu um diretor de TV conceituado, com mais de 20 anos de profissão e um dos melhores do mercado local. Dentre outros importantes trabalhos realizados por Tarcísio Duarte estão as vitoriosas campanhas de sua majestade à Prefeitura de Aracaju – 2000 e 2004. Isso sem contar a infinidade de filmes comerciais feitos por ele para outros clientes privados e públicos, incluindo o município de Aracaju durante as gestões do príncipe. Duarte certamente tem vários defeitos, mas o maior deles neste momento foi ter dirigido no ano passado a campanha de reeleição do candidato do PFL João Alves Filho. Por conta desse "passado", após ter sido sondado pela agência de propaganda baiana Idéia3 para dirigir alguns filmes contratados pela Secretaria Estadual de Comunicação, Duarte recebeu um recadinho: "Quem trabalhou para o negão, não pode trabalhar para o príncipe por ordens superiores". O prendado diretor coçou a careca, recolheu o rabo e saiu de cena com cara de taxo. Comenta-se por aí, o próximo passo da faxina vermelha será a restituição da queima na fogueira ou o decepo na guilhotina para quem um dia ousou professar outra fé se não à sua majestade. O bom da "novidade", segundo a ética vermelha, é que a escolha vai ficar a critério do ilustre "condenado"! Bom, muito bom... CARA DE PAU Deu hoje no BLOG do radialista Douglas Magalhães: "A ministra-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Ellen Grace elogiou o banco de dados do sistema prisional de Sergipe. Segundo ela, o interesse é fazer o mesmo cadastro em todos os estados e o modelo de Sergipe servirá de exemplo. Até aí tudo bem. Mas escrevo sobre o assunto por conta da demagogia do secretário de Justiça Benedito Figueiredo dita no site da secretaria: 'Segundo o secretário de Justiça Benedito de Figueiredo, o Governo de Sergipe através da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania só tem que se orgulhar, quando a prática do sistema de dados vem sendo utilizado junto a estados do Sudeste. <>, ressaltou o secretário'. Olha, o secretario Bené passa bem distante da verdade. Esse modelo elogiado pela ministra é fruto de um trabalho do ex-governo com méritos para a ex-secretária Georlize Teles. Aliás, todas as ações dirigidas por Benedito são heranças da administração passada. Inclui-se aí a construção de dois pavilhões na penitenciaria de São Cristovão e a transferência dos presos da unidade do bairro América para lá, que já estava marcada. O juiz da Vara de Execuções Penais Diogenes Barreto acompanhou tudo e sabe onde está a verdade. Ou será que os elogios de Bené foram para o governo do dr. João?". Caro Douglas, que cara de pau! Recomendo ao ilustre proprietário lustrá-la com óleo de peroba importado das Ilhas Madeiras. Finíssimo in tutti... VAI TRABALHAR... Ainda sobre a "denúncia" da ex-quase-vereadora-deputada, a gulosa comunista Tânia Soares, alegando ter o ex-governo deixado dívidas de R$ 172 milhões e sucateado o estado a tal ponto de ser necessária a remontagem da estrutura antes de sua majestade (o príncipe) finalmente iniciar a fase de execução das promessas de campanha e do seu programa de governo, o líder da oposição Venâncio Fonseca reclamou da falta de documentação comprobatória às alegações e disse ser muito fácil criticar, injuriando e caluniando, sem nenhuma prova. Venâncio sugeriu a deputada comunista apresentar pelo menos um único projeto em benefício do estado de autoria do novo governo e exortou os vermelhos a pararem de remexer o passado, pois isso não ajudaria a governar! Noutras palavras: vai trabalhar minha gente...

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