E.Zine 21/03 N31

MORAL BAIXO A líder comunista Tânia Soares construiu sua vida política como ativista no movimento estudantil, depois como vereadora, deputada federal, novamente vereadora e agora deputada na Assembléia. Sempre esteve ligada aos vermelhos (ou a reboque deles) e tem a simpatia de parcela expressiva do aluado, especialmente os do CCS (Centro de Ciências Sociais) da UFS. Mas a carreira de Tânia foi arranhada pela pura ganância. O apego desmesurado ao poder, demonstrado de forma clara, nítida, translúcida ao se agarrar com unhas, dentes e olhos bem nutridos ao mandato de vereadora, mesmo depois de conquistar a suplência obtida com a vaga deixada pelo deputado-secretário de saúde do novo governo Rogério Carvalho, deixou o moral dela em frangalhos. Com um olho no santo e outro no vigário, Tânia, conhecedora como ninguém do estilo vermelho de dizer uma coisa e fazer o diametralmente oposto, desconfiou das boas intenções do companheiro Rogério de fincar pé onde está. Pôs, então, os bigodes de molho e tentou segurar os dois mandatos. Não colou! Foi obrigada a optar. E claro, preferiu os holofotes e o salário da Assembléia. Agora, a gulosa "vereadora-deputada", exímia crítica do ex-governo e de tudo por ele engendrado, afirma ter o novo governo recebido dívidas de R$ 172 milhões para sua majestade (o príncipe) arcar. E mais, teria sido o ex-governo irresponsável com o dinheiro do povo. Em boa hora, o deputado Augusto Bezerra pediu documentos comprobatórios e quer uma comparação dos gastos do ex-governo com os da Prefeitura de Aracaju, para ver se nas similaridades ou divergências encontrar-se-ia motivo para a celeuma urdida pela comunista. JORNALISMO SEBOSO Existem seres cujo caráter transpassa qualquer limite das desvirtudes. O autor da prolífica (são seis volumes) História Política de Sergipe, jornalista Ariosvaldo Figueiredo, é um deles. Forjado nas entranhas do ódio desmedido, usou a máscara da pesquisa histórica para detonar sem carinho, afeto ou transigência a quem não lhe mereceu um olhar digno. Pouquíssimos homens públicos foram poupados do seu estilo contumaz, compulsivo e repulsivo de analisar (ou talvez imaginar) a História. Seus escritos, contudo, sugerem algum mínimo conteúdo... O colunista (político!) da Infonet Cláudio Campos Nunes é um Ariosvaldo Figueiredo piorado. Perplexo com a magnitude das reentrâncias do próprio umbigo e remanescente respeitado do adulatório dos não acanhados, CN dependura-se balançantemente nas pencas do novo poder vigente, como se nele mantivesse convívio desde tenra infância. Mas engana-se o respeitável público se o imagina porta-voz laureado de sua majestade (o príncipe). Afeito a acudir o novo governo quando este precisa ser acudido (e por seguidas vezes até quando não existe tal necessidade), CN tem implicado de maneira ríspida com antigos colegas seus que insistem em ter as arcadas dentárias mais expostas que as dele em chapas de raio-x obtidas enquanto vermelhos de fina estampa (e especialmente o príncipe) têm as partes afagados com esmeroso afinco. A confusão promete ser das grandes. Mas a rabugice campesina chegou aos ouvidos de sua majestade e qualquer dia desses, seguindo sugestão de vermelhos de bom alvitre, o príncipe in persona haverá de ligar para o renomado colunista solicitando maior intermitência nos solavancos e mais ternura com quem está do mesmo lado, permitindo também a outros bem quistos lisonjeadores cumprirem a hercúlea tarefa de massagear o pomposo escroto real. Para evitar as rixas, será preciso firmeza, pois ansiosos pretendentes aguardam à espreita já de mãos limpas e línguas sedentas... Em suas mal traçadas linhas, travestido de onça selvagem, Cláudio Nunes costuma citar, como símbolo supremo da cultura, certa frase antológica do enigmático deputado Albano Franco, segundo a qual todos se conhecem no principado de Sergipe. Para efeito de justiça, CN deveria lembrar também que por tradição histórica Albano costuma desprezar quem lhe sobeja dengos, mas abraça com ternura quem o fustiga e por vezes até maltrata. E assim tem sido para a maioria dos poderosos, com as desonrosas exceções de praxe. Por conta desse ranço ariosvaldiano às avessas, nos ambientes onde costuma aparecer, Cláudio Nunes é logo deixado de lado. Solitário e sem qualquer importância, finge falar por minutos a fio ao celular com um imaginário interlocutor. Tão mais fingido, quanto seus comentários eivados de grotescos "enganos" lingüísticos, barrigadas (algumas propositalmente) crassas e, claro, apupos cínicos contra o que agora é apenas passado... PS: Encerro com esta nota todo e qualquer comentário quanto ao comportamento profissional do supracitado, porque escancaradamente público. É o contributo para poupar o distinto público de futuras citações nauseantes logo de manhã! CALA BOCA A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ministra Ellen Gracie apresentou anteontem o novo banco de dados da população carcerária brasileira, que está em fase de criação em parceria com as secretarias estaduais de Segurança Penitenciária. Através dele, desde segunda-feira, juízes de São Paulo e do Rio de Janeiro (estados com 50% da popualção carcerária do país) podem consultar informações sobre os condenados por meio eletrônico para julgar pedidos de liberdade ou remissão de pena, por exemplo. Disse a ministra quando lançou o novo serviço judiciário: "Começamos a formatar o banco de dados por meio do Estado de Sergipe, que tinha um programa excelente onde o juiz sabe, no dia-a-dia, quem está na cela número tal do presídio tal e até quando deve cumprir pena". Hoje Sergipe tem 2,22 mil detidos pela Justiça, todos catalogados e devidamente identificados por unidade prisional, cela, tempo de duração da detenção e outras informações relevantes para juizes, policiais e autoridades de modo geral. Um trabalho iniciado no ex-governo, que além de modernizar o sistema prisional criou 1.112 novas vagas, incluindo as da unidade do bairro Santa Maria (em construção, com inauguração prevista para abril próximo) para 432 internos. Assim, o número de vagas disponíveis praticamente dobrou em quatro anos. Será que os vermelhos vão agradecer tanto esforço poupado? QUALIDADE DO EMPREGO Comentário do prefeito César Maia no ex-BLOG dele (20/03): "Quem imaginava que num governo de líder sindical do ABC com a participação de tantos outros líderes, burocratas e pelegos sindicais em toda a administração federal, a qualidade do emprego iria aumentar, se enganou redondamente. O que eles querem mesmo é poder para a pelegada e por isso vão atrás do voto dos excluídos, com um leque de programas assistencialistas. O Cesit (Centro de Estudos Sindicais da Unicamp) elaborou um indicador de qualidade do trabalho metropolitano brasileiro, em base as pesquisas de emprego do IBGE que são feitas nas regiões metropolitanas. O indicador de emprego de qualidade leva em conta o trabalho formal (com carteira), o tempo de estudo do empregado (primeiro grau completo), estabilidade (mais de dois anos no mesmo trabalho), jornada de trabalho de 44 horas semanais, salário acima de um salário mínimo, e a idade entre 18 anos e 50 anos como proporção dos ocupados. Em 2002, último ano do governo FHC e já com um quadro aberto de crise econômica, o IQE, foi de 0,652. Em 2006, ultimo ano do governo Lula, o IQE foi de 0,646. E mais grave: em todos os anos do governo Lula o IQE foi menor que no difícil ultimo ano de FHC. A saber: 0,644 / 0,642 / 0,650 e 0,646". Sem comentários, caríssimo público...

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