QUEM NÃO PODE COM
O POTE,
NÃO DEVE PEGAR NA RODILHA
Aprendi com o
falecido jornalista Hugo Costa uma frase que me guia e me deixa
pronto para toda sorte de desventuras praticadas contra mim por
amigos (as piores, diga-se!) e adversários – sei que alguns se
acham inimigos meus, mas prefiro não tratar ninguém nesse nível,
pois me conheço! Dizia o velho jornalista sergipano: “Quem me
enganar está perdoado. O erro foi meu...”
Geralmente, é do
meu feitio o comedimento no trato de questões que envolvam a vida
pessoal minha e alheia. Contudo, como estamos num fim de ano, pertine
fazer um “balanço” das perdas e ganhos pessoais (no âmbito
geral) obtidos durante o período. Não me vejo, portanto,
acabrunhado para medir “prós” e “contras”, em busca de
cometer menos erros de agora em diante. Talvez, seja esta ainda uma
forma de ver as experiências de vida como eternos aprendizados.
O Ano do
Ressentimento. Percebo que muita gente que me cerca ou que esteja no
meu convívio distante se acumula de emoções negativas, sobretudo
quanto ao outro – é como se a felicidade pessoal não fosse uma
conquista... pessoal, e que não devêssemos buscar nos demais o
melhor que possam oferecer. Inveja, cobiça e falta de amor ao
próximo marcaram boa tarte das relações em 2014.
O pior dos males,
porém, é a ingratidão! Como são ingratas determinadas pessoas...
Advém daí, também, parte dos ressentimentos que se embrenham nos
corações! Alguns de nós têm a estranha mania de criar problemas
onde não há, e muitas vezes praticam a ingratidão como forma de
punir o outro. Ledo engano: diminuem-se a si mesmos, sem alcançar
qualquer fruto positivo, afinal.
Outra desventura é
a onipotência. Há onipotentes de todos o calibres. No entanto, os
mais “onipotentes” estão na política e na comunicação, minhas
áreas de trabalho – e talvez por isso os veja com maior
intensidade. “Quem não pode com o pote, não deve pegar na
rodilha”, ensinava com muita propriedade Dona Caçula, minha santa
avó, falecida aos 90 anos uma década e meia atrás. A derrota de
outubro, fragorosa, expôs mitos políticos e científicos da
comunicação.
Entrar numa
“guerra” sem bala na agulha é o mesmo que decretar a prévia
falência! Só os “onipotentes” acreditam que tudo se ajeitará
com o tempo, como fazem as abóboras na boleia de um caminhão. Quem
assim se enxerga, desintegra-se com maior facilidade. Neste tocante,
2014 desintegrou científicos da política e da comunicação,
pulverizando figuras até então cunhadas como “infalíveis”.
Vê-se, pois, que o buraco é mais embaixo. Triste de quem menospreza
o adversário, dizia o grande general Sun Tzu dois milênios atrás.
Sejamos práticos,
então! Estão perdoados aqueles que me trapacearam – todos! Estão
perdoados aqueles que me fizeram humilhar para ajudá-los e hoje
praticam a ingratidão sem pejo. Estão perdoados os que tentaram
apagar o meu sorriso e agora sabem que gargalhei deles. Também peço
perdão: aos que não pude atender a contento; aos que não pude
honrar compromissos firmados – fá-lo-ei ao seu tempo, garanto; aos
que não pude retribuir amor e carinho; aos que machuquei por
palavras e atos; aos que de mim queriam e não alcançaram...
Espero amanhã,
talvez já em 2015, inaugurar um novo momento de vida! Mais austero,
mais elegante, mais amoroso, mais amantíssimo; menos severo comigo e
com os demais; menos em muito, para ser mais em tudo...
Meu abraço
fraterno aos leitores, amigas e amigos que me suportaram em 2014.
Prometo dar o melhor de mim no ano que chega. Boas festas, e que
sejamos ricos em saúde e paz; e que a prosperidade nos abunde a
vida... Entro hoje de férias, devendo retornar apenas em fins de
janeiro. Havendo algo que valha a pena tratar, voltarei com prazer.
Mas quero mesmo é sombra e água fresca.
Abraços a
todos...
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