MENDONÇA
PRADO FARÁ CURSO DE BOAS MANEIRAS?
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.Por
David Leite | Segunda-feira, 15/04/2013 | 19h05
Certa
feita o jurista Hélio Pereira Bicudo, fundador do Partido dos
Trabalhadores e militante dos direitos humanos – lutou contra a
ditadura e contra o Esquadrão da Morte (Rota) em São Paulo –
chegava esbaforido, passos miúdos e rápidos, a um elevador cuja
porta já estava fechando. Conseguiu
subir e foi cumprimentado pelo polêmico jornalista Lenildo Tabosa
Pessoa – verve elegante e estilosa, crítico sutil e mordaz,
notabilizado por posições conservadoras, antagônicas ao comunismo
e à Teologia da Libertação –, que já estava lá dentro.
Bicudo
e Lenildo eram inimigos figadais. A troca de farpas da dupla através
da imprensa era motivo para debates calorosos nas rodas
políticas, com respectivas torcidas. Hélio
Bicudo odiava a subserviência de Lenildo Pessoa à causa da ditadura
e Lenildo Pessoa achava que Hélio Bicudo era apenas um juiz oco,
falastrão e sem causa. O doutor não respondeu ao cumprimento! O
Jornalista insistiu por mais duas vezes. Por fim, obteve resposta: —
Não cumprimento filho da puta! "Mas eu cumprimento",
replicou Lenildo Pessoa...
Hoje
pela manhã, cena semelhante ocorreu durante solenidade do Ministério
Público Estadual (MPE) de Sergipe na qual se debatia uma proposta de
emenda à Constituição. Ao chegar ao evento com ele já iniciado, o
senador Eduardo Amorim dirigiu-se aos membros da mesa oficial e
cumprimentou a todos. Ao tocar no ombro do deputado federal pelo
Democratas Mendonça Prado, foi ignorado. O senador insistiu no
cumprimento. Não foi atendido!
Após
discursar, Eduardo Amorim repetiu o ato, cumprimentando todos os
presentes à mesa. Mais uma vez, desta feita de cara amarrada, o
deputado lhe negou a mão. Ouvido pelo diário eletrônico
Sergipe247, Mendonça Prado afirmou ser "um homem de
convicções". Disse mais: "Poucos fazem o que eu fiz hoje.
De expor opinião e ideias". Ideias? Sobre o quê? Bons modos?
Lenildo
Pessoa é quem tinha razão! O legal é ser fidalgo...
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