NEGÃO, CADÊ O FUMACÊ?
ESTÁ NA HORA...
Por David Leite |
Quinta-feira, 14/02/2013 | 12h35
A senhora genitora do
ex-prefeito fazendeiro-Opará, o milionário comunista de boutique
Edvaldo Nogueira, certamente ainda traz as orelhas chamuscadas pelas
incessantes palavras de “carinho” com que era brindada sempre que
um mosquito picava – sim gente, mosquitos também picam! – em
busca do precioso sangue de quem mora em Aracaju, a cidade da
qualidade de vida.
A
capital sergipana é sem dúvida o abrigo ideal de diversos insetos
da subordem da família Culicidae, amplamente combatidos em
partes do Mundo Civilizado com um equipamento simples, de manutenção
barata e com eficiência comprovada: o fumacê. Ainda à época do
estrelado Marcelo Déda, seguindo até meados do segundo mandato de
Foguinho, o serviço funcionava a contento. Súbito, deixou de
existir sem qualquer explicação...
Quem
mora em apartamento, longe do solo mais de oito metros, acaba não
tendo contato direto com essas pestes infernais (quando está em
casa, naturalmente). Já quem mora em habitações com até três
andares, sofre pra caramba. Ler na rede da varanda é um suplício,
se você não aplica repelente. E convenhamos, ficar melado com
aquele líquido viscoso e de cheiro duvidoso é triste (e nojento).
Há
exatos 45 dias assumiu um novo prefeito. O cabra, como todos sabem, é
um grande tocador de obras. Já anunciou que vai abrir uma estrada de
norte a sul da cidade, o que certamente é uma ótima notícia. Mas
João Alves Filho poderia fazer uma gracinha e mostrar que é bom
também nas coisas comezinhas da cidade – afinal, um prefeito é um
síndico com poderes ampliados: cadê o fumacê?
Restabelecer
o serviço do fumacê deve ser prioridade para o Negão. Ademais, com
ele em operação, além de mosquitos e outros bichos morrerem ainda
no berçário, o famigerado “mosquito da dengue” também é
eliminado – um ganho extraordinário à saúde pública...
Que
o prefeito se atente! Traz de volta o fumacê, Negão.
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A
notícia ruim é que o prefeito João Alves Filho depende do
governador Marcelo Déda para por o fumacê nas ruas, pois de acordo
com a coordenadora do Programa da Dengue da SMS/Aracaju, Taise
Cavalcante, o veículo fumacê é disponibilizado pelo governo
sergipano, quando solicitado pela prefeitura, por se tratar de um
programa federal gerido em parceria com o Estado.
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Atualizado às 18h55 |
Por David Leite
O NEGÃO DEPENDE DE
MARCELO DÉDA ATÉ PARA O FUMACÊ
Em
resposta à solicitação pública feita por mim mais cedo, para que
fosse restabelecido o serviço do fumacê em Aracaju, a Assessoria de
Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa em nota
expedida minutos atrás que o combate ao mosquito da dengue será
intensificado pelas próximas quatro semanas em 16 bairros de
Aracaju. Em quatro deles – Grageru, Centro, Inácio Barbosa e 13 de
Julho – diz a nota, apenas pela manhã, das 5h30 às 7h00. Nos
demais, o fumacê também passará à tarde, das 17h00 às 19h00.

Imaginem
a cena: se quando o prefeito de Aracaju era aliado do governador o
serviço simplesmente foi extinto sem mais nem menos – e ninguém
nunca deu a mínima, apesar de a dengue ter vitimado alguns
desafortunados da sorte –, como ficará quando essa fase de “amor
com amor se paga” vivida por João Alves Filho e Marcelo Déda cair
na real da política eleitoreira?
A
não ser que o Negão se alie à estrela petista, como já andam aventando alguns setores da imprensa governista (para detonar o plano do senador Eduardo Amorim de eleger-se sucessor de Marcelo Déda), corre-se sério
risco...
Por
outro lado, talvez já antecipando o que pode vir por aí, a nota da
SMS/Aracaju a mim encaminhada encerra-se com o seguinte aviso: “O
fumacê não substitui os cuidados que todos devem ter no combate à
dengue, não deixando reservatórios de água abertos, não
acumulando água em vasos de plantas ou pneus, por exemplo”.
Bem,
acho que vou apelar ao repelente, por precaução...
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