AO
GARANTIR QUE NÃO SERÁ CANDIDATO EM 2014,
JOÃO
ALVES FILHO ABRIRIA ESPAÇO À RENOVAÇÃO?
Por David Leite |
Quarta-feira, 06/02/2013 | 12h35 | Política
João Alves Filho
voltou a afirmar (no sábado passado) – segundo informa Gilmar
Carvalho em seu site – “que não pretende ser candidato a
governador em 2014 e que seu projeto é ser o melhor prefeito da
história de Aracaju”. De fato, o Negão pode estar a agir apenas
com a devida cautela, sem qualquer afobação...
Político
experiente, João Alves Filho compreende o anseio do povo para que
cumpra as promessas de campanha. Sabe ainda que 14 meses – teria de
deixar o cargo em fins de março de 2014, por força da Lei Eleitoral
– é tempo exíguo demais para realizar a “revolução”
esperada. Ademais, ele também não ignora que parte majoritária do
seu sucesso nas urnas se deve sobretudo ao desencanto com as más
gestões dos antecessores, audazes na falação e pífios no fazer.
Porém,
caso seja essa mesmo a real intenção do prefeito de Aracaju, hoje
aclamado como estrela política por onde passa – motivo aliás,
para induzi-lo àquela coceira típica de quem deseja “algo mais”
–, a oposição precisa urgentemente trabalhar um novo nome, dentre
aqueles com melhor perfil para combater adversários de muito peso –
peso político e peso da máquina...
Com
efeito, no mesmo site de Gilmar Carvalho, o vice-governador Jackson
Barreto reafirmou-se “candidatíssimo”. Ao ser questionado se o
seria mesmo sem apoio do governador Marcelo Déda, JB saiu-se com uma
gargalhada que acabou sendo interpretada pela imprensa ligada ao PT
como um “sim!”. Já o senador Antônio Carlos Valadares, outro
aliado do governo, não perde tempo em também mostrar-se
“disponível, se for o caso” – sem esquecer Valadares Filho.

A
João Alves Filho interessa fazer uma grande gestão. Quem sabe –
se o ego comum a todos os que se nutrem do poder assim o permitir –, não
estaria o Negão reproduzindo “a voz que vem do coração”... Seria a porta aberta à renovação política? A
oposição, bem sabe o prefeito, tem nomes simpáticos ao eleitor,
com boas chances de vencer o certame. Nomes como o do deputado
Mendonça Prado, do vice-prefeito José Carlos Machado e do senador
Eduardo Amorim, talvez o mais bem cotado entre todos os demais do grupo.
No
entanto – e vejam que os governistas já perceberam isso faz tempo,
e estão se movimentando em Aracaju e no interior –, trabalhar já o tal nome deve ser a
meta dos oposicionistas, se quiserem de verdade retomar o poder
estadual. O desgaste de Marcelo Déda é grande, sim! Mas ele conta
com a força do Governo Federal, ainda bastante perolado entre os menos esclarecidos. E com a aprovação
do Pró-Investe, terá muito mais bala na agulha. Ficar na moita,
significa dar chance demais a um adversário tão poderoso e sagaz...
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