Domingo, 19 de Agosto de 2012 | 12h15 | Eleições 2012

Sem ter o que fazer, Marcelo Déda resolveu tricotar...

Por David Leite
O bicho-preguiça-chefe anda amargurado, deprimido... Nem candidato a vereador de Aracaju, Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Socorro quis posar para santinhos eleitorais ao lado do ex-posudo Marcelo Déda. Para compensar a ausência de estímulos à vaidade entranhada, na tentativa de fazer-se presente numa campanha na qual ninguém o quer por perto, o governador mais mal-ajambrado da história de Sergipe tem dado uma de Jackson Barreto sem rouquidão – desajeitado, é verdade... e até pleonasticamente repetitivo!
O sonho de consumo do bicho-preguiça-chefe era manter a hegemonia de mando no PT e na Assembleia Legislativa. Viu-se minado por forças populares como o Sintese, braço eleitoral antes umbilicalmente a ele ligado. Para desancar a moral desses poderosos e ruidosos desafetos sindicais, Marcelo Déda contratou a peso de ouro um certo consultor, professor Mares Guia-de-Cego – pelo menos, creio eu, ao custo anunciado, o cujo deve ter as mínimas condições de (caninamente) ajudar o bicho-preguiça-chefe a atravessar a rua da incerteza, que permeia a gestão estadual como um todo, mas tem feito mais estragos na Educação.
Mares Guia-de-Cego fatura R$ 18 mil todo mês para dizer o que já venho dizendo faz tempo: a cambada do Sintese, esse rebanho de aloprados sem causa, atrapalha mais do que ajuda. Mas essa história fica para outro petardo...
Quanto à Assembleia, o choro depressivo de Marcelo Déda ainda decorre das feridas deixadas pela homérica rasteira aplicada por Edvan Amorim, que lhe tomou o comando da Casa Legislativa. Agora, mais uma vez, o bicho-preguiça-chefe, segundo o portal UniversoPolitico.com, ataca o multifacetado empresário, definindo-o como “complicado”, “tesoureiro de campanha”, que “não entende de política” e que se comporta como o “poderoso chefão”...
Não deu outra: quem diz o que quer, por vezes ouve o que não deseja que seja exposto a público...
Metódico como um estripador, Edvan Amorim dividiu a resposta ao bicho-preguiça-chefe por partes. Primeiro disse que nunca foi tesoureiro de ninguém, mas nada tem contra a categoria. Depois, lembrou que (até) pode ter sido doador (de campanhas outras). Remexeu o baú da memória e trouxe à luz o fato de conhecer, sim, um certo tesoureiro com “status de secretário de Estado, que mora em Brasília e representa Marcelo Déda nas conversas que mantém com o empresariado” – aposto um fio do bigode do consultor Mares Guia-de-Cego que esse tal “tesoureiro” é o “embaixador” de Sergipe, o danado Pedro Lopes.
Dois bicudos não se beijam, mas o desejo de Marcelo Déda em tratar Edvan Amorim como desafeto juramentado primordial – algum assessor descolado precisa dizer isso ao bicho-preguiça-chefe – tem elevado o cabra ao status de principal contendor político na atualidade do vacilante governador, superando neste quesito até o candidato do Democratas à prefeitura de Aracaju João Alves Filho.
Ao que parece, ciente da iminente derrota que aguarda a corriola governista aboletada no comando de Aracaju há duas décadas – o receio tem a ver com estripulias e danações engendradas no passado e no presente não tão distante –, Marcelo Déda resolveu tricotar com Edvan Amorim, para matar o tempo...

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