Resposta de Thaïs Bezerra à barrigada do Jornal da Cidade no domingo parece querer entronizar o “jornalismo de resultados” praticado pelo colunismo social sergipano

Por David Leite | Segunda-feira, 02/07/2012 | 11h40 | Imprensa
Todos podemos errar – dizem especialistas, seria esta uma característica humana de caráter evolutivo, capaz de proporcionar às mentes mais acuradas o predomínio do acerto. Persistir no erro, portanto, é endossar a burrice. Ou, quem sabe, teria a barrigada do Jornal da Cidade entronizado a fofocagem de Thaïs Bezerra como símbolo do “jornalismo de resultados” praticado pelo colunismo social, por conta de como eles – jornal e “calunista” – agiram no episódio da foto “A Gargalhada do Ano”?
No domingo passado, com chamada na primeira página, o vetusto Jornal da Cidade fez publicar uma foto onde figuram o governador Marcelo Déda e o ex-governador João Alves Filho, juntos e sorrindo em momento de descontração, no Aeroporto de Aracaju (veja comentários e foto nos escritos anteriores, logo abaixo). A foto, feita num passado remoto, foi dada como se tomada na sexta-feira 22/05/12. O governador, através do Twitter, comentou: “Fica apenas uma dúvida: qual a intenção por trás de um erro jornalístico tão grosseiro? Será que a (sic) Moët-Chandon estava estragada?” 
Durante a semana, o Jornal da Cidade lançou cinco edições (terça a sábado). Porém, somente ontem – e no próprio caderno da jornalista Thaïs Bezerra – é que o assunto foi novamente tratado. De duas, uma: ou a direção do Jornal da Cidade deu com os burros n'água, considerando a santa barrigada de domingo (frise-se: publicada com chamada em primeira página) como um “caso menor”, um “erro alheio”; ou como suspeitou Marcelo Déda – e agora, também eu passo a suspeitar –, tem boi na linha...
Escreveu ontem Thaïs Bezerra – ou quem por ela escreve o informe “Política” do seu caderno: “Peço desculpas pela falha cronológica, embora entenda que, se pudesse registrar as confabulações políticas que acontecem nos bastidores no período eleitoral, certamente a data desta (sic) foto não teria causado tamanha polêmica. A diferença é que nos bastidores não são permitidas fotos nem Moët-Chandon estragada... (sic)” Ops, a emenda saiu muito, muito pior que o soneto. Vejamos...
Mesmo o jornalismo galhofeiro, como o praticado mais das vezes pelos colunistas sociais, deve prezar pela mínima realidade dos fatos, sob pena de ser confundido como ato criminoso, seja de injúria, calúnia ou difamação... Nem ontem nem hoje o atual governador e o ex mantiveram encontros secretos (“nos bastidores”) para tratar de questões políticas ou de qualquer outra natureza – isso é fato notório! No entanto, na sua resposta, Thaïs Bezerra – ou seu preposto – ainda insiste na tese de que tal fato, de fato, ocorreu – ou valham-me Céus, poderia ter ocorrido...
Ademais, Thaïs Bezerra, persona tão talentosa e chique, e os coitados dos revisores do Jornal da Cidade (estes meros assalariados da comunicação), precisam tomar cuidado com o gênero de certas bebidas. No caso do Champanhe Moët-Chandon – e dos demais espécimes desse vinho francês –, ele é masculino. Triste mesmo, contudo, é imaginar o letrado governador Marcelo Déda, “maior tribuno do Brasil” – segundo o julgamento de Sua Excelência, o presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Brito –, a travestir “a” Moët-Chandon... #Uia

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