Enfim, uma contribuição positiva de Cláudio Nunes

Por David Leite | Quarta-feira, 13/06/2012 | 15h10 | Educação
Diarista* na cozinha de Marcelo Déda, onde faz a zeladoria de textos que massageiam o ego do garboso governador, o papudo e bigodudo Cláudio Nunes questionou hoje no seu “Blog de um Lisonjeador Amoral”, publicado com exclusividade pelo portal Infonet, alguns pontos que, segundo ele, “não calam e exigem uma resposta do Sintese à sociedade sergipana”.
Peço ao público leitor perdoar o mal-ajambrado português do esconjurado jornalista e deter-se no que importa: a comprovada falta que faz um projeto sério para melhorar a qualidade da educação.
Com toda razão – o bom senso jamais permitiria discordar –, Cláudio Nunes alerta “que ano a ano os vencimentos dos professores aumentam, enquanto a qualidade do ensino decai... os números do Ministério da Educação estão aí para ser analisados. O nosso estado é um dos últimos em qualidade de ensino e de aprendizado... Os professores precisam entender que eles, juntamente com o Governo do Estado e prefeituras, são protagonistas neste processo. Eles são, sim, corresponsáveis pelo péssimo ensino público que é prestado em todo o estado.”
Aos questionamentos do papudo e bigodudo, como publicados no original (preparem o estômago):
  1. “Por quê (sic) o Sintese não ingressou na Justiça para "obrigar" o Governo do Estado a pagar o piso salarial aos professores da rede de ensino? Teria a educação pública em Sergipe virado uma esculhambação?”
  2. “Por quê (sic) àqueles (sic) que devem educar, (sic) deseducam os alunos e dão um tapa na cara da sociedade que paga, com seus impostos, os salários da educação pública de Sergipe; (sic) tendo como retribuição os elevados índices de repetência e de evasão escolar para seus filhos?”
  3. “Teria o Sintese como comprovar os motivos pelos quais um professor da rede pública de ensino (sic) que recebe salários pago pela sociedade sergipana, para uma jornada semanal de trabalho de 40 horas, dar (sic) apenas 8 horas/aulas/semanais?”
  4. “Teria como justificar os motivos pelos quais seus Professores (sic) fazem greve na rede estadual de ensino, mas continuam a dar aula em escolas particulares?”
  5. O Sintese teria como comprovar, com documentos oficiais, o valor da remuneração bruta que cada Professor (sic) recebe da sociedade sergipana, por meio do Governo do Estado?”
  6. “Quantos professores recebem salários inferiores a três salários mínimos, ou seja, a R$ 1.866,00? Seria tal remuneração bruta inferior ao piso nacional de salários dos Professores?”
  7. “Quantos Professores ganham salários abaixo do piso nacional da educação?”
  8. “Onde está escrito na Constituição do Estado de Sergipe que a educação deve ser executada por profissionais/professores contratados, diretamente, pelo Estado?”
  9. “Por quê (sic) o Governo do Estado não faz Parcerias Público Privadas, as chamadas PPP, para contratar instituições particulares de ensino, capazes de educar os filhos da população com um custo 3 (sic) vezes menor para a sociedade, com qualidade incomparável e livre dos elevados índices de evasão e de repetência escolar, como forma de cumprir, fielmente, o mandamento Constitucional?”
  10. “Por quê (sic) o sindicato não revela, em praça pública, o valor da remuneração bruta de cada um de seus professores, uma vez que se trata de informação pública?”
Eis então os questionamentos do “cumpanhêro” Cláudio Nunes, que a partir de agora são meus também. Será, prezado leitor, que o Sintese teria a ousada coragem de respondê-los, pois conforme bem afiança o papudo e bigodudo, são informações do interesse público?
Para finalizar, como dizia minha doce vovó Dona Caçula – que Deus a tenha em uma suíte celestial, pois merecedora –, certas pessoas, quando não evacuam na entrada, o fazem a saída. Para fazer-se mais palatável aos olhos dos críticos, Cláudio Nunes citou – eca! – o “grande educador Paulo Freire” que escreveu: “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”. Santa idiotia ululante...
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(*) Diarista (diário + -ista) s. 2 g. (segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)
1. Redator de um jornal diário. = JORNALISTA, PERIODISTA
2. Trabalhador ao dia, que só ganha quando trabalha.
3. Pessoa que escreve um diário íntimo.
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