Acertaram os servidores públicos ao enterrar a moribunda gestão de Marcelo Déda – pecaram somente ao não levar à mesma pútrida vala o Sintese

Por David Leite | Terça-feira, 12/06/2012 | 18h50 | Educação
A educação pública estadual em Sergipe está em situação de calamidade – e não é de hoje, diga-se. De um lado, um governador cuja estúpida soberba impede o diálogo civilizado com os representantes dos professores e, com intenção delituosa explicita, tem usado o dinheiro do Erário para desmoralizar ex-correligionários através de propagandas mentirosas na mídia.
Do outro, uma turma sindical do barulho, verdadeira organização terrorista, a utilizar professores sem juízo como massa de manobra, numa "guerra santa", pela qual alunos pobres servem como "escudo" para operações de guerrilha política contra aquele a quem, não faz tanto tempo assim, louvavam em comícios feitos em sala de aula como o suprassumo, um deificado "salvador da pátria"...
Em meio a tantas desgraças juntas, o abestalhado do povo. Esse "aglomerado indigesto de fragmentos", essa gente desligada do mundo real, desprovida do poder de indignação, sem mínima noção do prejuízo que têm causado à educação de milhares de jovens pobres – cujo futuro corre sério risco de comprometimento – aqueles que diziam em belos discursos lutar contra a "burguesia", contra os "privilégios", contra a "opressão" dos ricos...
Palavrório falacioso, entronizado no cotidiano das escolas sergipanas e no dia a dia de milhares de sem-noção pelo PT de Marcelo Déda, Ana Lúcia Menezes, Joel Almeida, Iran Barbosa... A estupidez humana parece não ter limites.
Essa excrecência administrativa denominada "jeito petista de governar" levou a educação de Sergipe ao fundo do poço, por conta da completa incapacidade do governador eleito e reeleito com o voto da maioria dos professores; e graças, não se pode negar, ao "sindicalismo de resultados" (duvidosos) praticado pelos militantes do PT aboletados há séculos no Sintese.
A guerra nefanda entre as facções de Marcelo Déda e Ana Lúcia Menezes em momento algum respeitou limites éticos nem a vida educacional dos desvalidos da sorte de poder estudar numa escola privada. Capengas morais, essa cambada jamais cogitou (em mais de 50 dias de paralisação) discutir ações afirmativas. O que interessava para um lado era mostrar quem manda no pedaço; e ao outro, quem podia azucrinar e criar embaraço.
A ala sindical do PT de Sergipe fez hoje um imenso favor à comunidade escolar (servidores da Educação, pais e alunato) – mesmo que esta, coitada, não entenda bem as razões para tanto – ao mobilizar como pistolão político professores e outras categorias de servidores estaduais, com o fito de fazer o "enterro" da moribunda gestão de Marcelo Déda.
Porém, pecaram esses servidores (que não detêm cargos comissionados nem vínculo partidário) quando perderam a grande chance de na "cerimônia fúnebre" descer à mesma vala a turma aloprada do Sintese, esse reduto da ignorância e do atraso, da inapetência institucional e educacional, esse esconjuro piadista...
Sim, caros leitores, a esquerda festiva é capaz de fazer duma suposta greve reivindicatória um fuleiro "churrasco de laje" no asfalto, um forró brega com banheiros químicos e cachaça barata; e pior de tudo, promover o enterro meia boca dos próprios camaradas – convenhamos, até a caquética gestão de Marcelo Déda merecia um ataúde mais incrementado (e confortável)...
Li hoje o melhor "epitáfio" jamais escrito pelo sindicalismo tosco do PT contra os muitos governos a quem fez piquetes e levou ao "túmulo" – como é do conhecimento público, o Sintese já "enterrou" as gestões de João Alves Filho (umas cinco vezes), Antônio Carlos Valadares e Albano Franco (esta, ao menos duas vezes, pelo que me lembro)... Dizia a lápide: "Há de chegar o dia em que apenas os vermes hão de lembrar-se do governo Marcelo Déda".
Frase premonitória... Imaginemos ex-estudantes pobres, num futuro não tão distante, quando em busca de ocupação profissional descente e bem remunerada, necessitarem recorrer à educação que outrora receberam. Hão de recordar tristemente da incompetência petista – do governo narcista e do Sintese oportunista – e se autodefinirão como "vermes" – vermes sociais, vítimas dos ludibriadores de hoje...
PS Por trás das querelas entre Sintese e Governo de Sergipe está a eleição de outubro. Isso a turma do PIG (Partido da Imprensa GOVERNISTA) não diz, por motivos óbvios.

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