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Domingo, 27 de Maio de 2012 | 20h15 |
Eleições
Almeida Lima, um Oráculo mouco?
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Eu meio que duvido – você leitor,
penso que também duvidaria. Mas o ditoso Oráculo da política
sergipana, o candidato do PPS a prefeito de Aracaju deputado Almeida
Lima, certamente haverá de corrigir um escorrego nefando cometido por ele neste domingo, sem qualquer mínima intenção de ferir os fatos; posso dizê-lo agora, após uma inusitada descoberta...
Lá se vão uns 20 anos de muitos bons colóquios com o camarada Almeida Lima, persona cuja filosófica soberba está
entranhada na alma generosamente tecnocrática, quase professoral. Vejam, todavia: o
sujeito sempre me pareceu bom de ouvido, ao respeitar a fala alheia.
Bem, pensava eu que sim!
Explico! Antecipar o debate com aquele
que está bem à frente nas pesquisas de opinião tornou-se o “sonho
de consumo” do dito. Para tanto, Almeida Lima faz qualquer danação.
Hoje, no entanto, ao ler artigo dele no Jornal do Dia, fiquei
chocado ao descobrir algo que jamais imaginei pudesse acometer às
quase divindades: meu Oráculo preferido talvez tenha ouvidos moucos, mosfios.
Disse ele acerca de uma inserção
partidária, veiculada semana passada no rádio e na TV, na qual
teria João Alves Filho, ao tratar do tema segurança, apelado à
demagogia: “Falou da necessidade de combater o usuário de crack
que estão (sic) a tomar conta das cidades...”
Quem viu a propaganda sabe, o papo foi
outro, totalmente diferente da esparrela alegada por Almeida Lima. Para efeito de trazer à luz a verdade, reproduzo abaixo o texto
apresentado pelo Negão – a tal da “demagogia”, a pisada de
bola do querido Oráculo:
“Todo mundo sabe que cuidar da
segurança é obrigação do Governo do Estado, mas nem o Governo
Federal nem a Prefeitura (de Aracaju) podem ficar de braços cruzados
diante da escalada de violência e da destruição, que as drogas
deixam na cidade. A lei permite que a guarda municipal seja armada e
devidamente treinada, para prender criminosos e traficantes
protegendo as crianças nas escolas, e devolvendo as praças e
espaços públicos às famílias.”
O prezado Almeida Lima, ainda no texto
publicado hoje, diz haver uma turma do “deixa disso”
aconselhando-o a parar de criticar os demais candidatos e a deter-se
na divulgação de ações, obras e projetos realizados quando esteve
prefeito, e os pretendidos por ele, caso venha ser eleito em outubro. Pessoalmente
e através de alguns escritos do BLOG, eu mesmo já fiz a recomendação.
Diante da persistência do Oráculo em
atacar adversários por todos os meios possíveis, em detrimento de
divulgar suas ideias e intenções, pode-se sacramentar: o candidato
Almeida Lima tem livre direito de tocar a campanha dele como lhe der
na telha. Não pode ele, sob pena de aumentar o cabedal de acunhas com a pecha de
“Mouco-Falastrão”, é esquecer de usar o indispensável aparelho auditivo (que sempre
soube esconder com maestria – pelo menos de mim!) quando for ouvir a fala alheia.
Imagine o leitor, meu Oráculo um
capenga de ouvidos... A cena: o caro Almeida Lima nervoso em frente do televisor, a
contemplar os movimentos labiais de João Alves Filho numa proposição sobre como lidar com a
segurança pública a partir de ações da Guarda Municipal. O cabra já tem
papel e caneta às mãos, e aflito grita: “Santa dos Desvalidos da
Sorte Grande, cadê meu Nitro Siemens Hearing*, Maria Helena?”
Prefiro, confesso, nem intuir essa novela
mexicana...
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. . . . . . . . .
(*)
– Nitro Siemens Hearing: discretíssimo top de linha dos aparelhos usados para compensar
deficiências na audição.
2 comentários:
Ele faz pouco caso da inteligência e da memória do povo Aracajuano. Ele fala mal de todo mundo como se nunca tivesse sido vice prefeito de Jackson, senador com João, dep Federal com Déda, e por ai vai. É feio cuspir no prato que comeu....
Concordo plenamente com Zé Carlos. Ele é da turma do pula-pula! O que Almeida muda de palanque, macaco não pula em um ano. Pior é que é um cara que poderia fazer a diferença na politica sergipana, mas leva o seu tempo criticando os seus adversários se dizendo sempre que é o BOM!
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