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Terça-feira, 19 de Outubro de 2010 | 21h58
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Terça-feira, 19 de Outubro de 2010 | 21h58
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Jackson Barreto governador?
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, o sergipano José Eduardo Dutra, sempre demonstrou grande afeição pelos conterrâneos. Quem não recorda dos caudalosos discursos proferidos por ele quando esteve senador, a tratar das belezas de Sergipe e a decantar as virtudes da terra que o acolheu como se filho fosse? Não lembra? Nem eu...
Cortez e gentil como um parto por fórceps, amigo generoso e protetor –o escandaloso assessor dele, Zé Gaguinho, sumiu com R$ 1 milhão dos colegas de sindicato e ficou por isso mesmo–, patrono de mensaleiros, alçados de volta às altas instâncias do partido, José Eduardo Dutra será homem forte, caso Dilma Rousseff seja eleita presidenta – como ela prefere ser chamada!
O sonho de José Eduardo Dutra é a Casa Civil. Pretende implantar por lá, sem qualquer pretensão aleivosa, o que José Dirceu não conseguiu... nem Dilma Rousseff e muito menos Erenice Guerra, que caiu antes. Outra quimera do poderoso presidente do PT é fazer de Marcelo Déda líder com potencial político nacional, quadro de referência do partido –ungido, aliás, pelo compadre-presidente Lula da Silva.
José Eduardo Dutra, aquele “geólogo” sindicalista que nunca trabalhou na vida, trabalha agora duro para emplacar o governador reeleito de Sergipe –reeleito a duras penas e com muito, muito... deixa para lá–, o querido amigo Marcelo Deda num importante ministério. Em princípio, almeja aparelhar o das Cidades, que tem verbas específicas para projetos cuja amplitude dão visibilidade.
Trocando em miúdos: se para o Brasil a eleição de Dilma Rousseff representa um grave risco às liberdades e direitos constitucionais, como ter uma imprensa livre, e a continuidade de um modelo administrativo que privilegia não a meritocracia, mas a filiação partidária; por outro, Sergipe pode ser vítima do maior estelionato eleitoral de toda a história política republicana.
Na eventualidade de Marcelo Deda ser guindado, com Dilma Rousseff eleita presidenta, à chefia de algum ministério, assumiria em lugar dele ninguém menos que a figura lendária do deputado federal Jackson Barreto, eleito vice-governador. Imagine o que poderia ocorrer aos cofres públicos sergipanos, se as chaves de acesso estão penduradas na arreata do ficha suja!
Votar em Dilma Rousseff, portanto –até que se esclareça se há ou não fundamento nessa informação, que já circula nos meios petistas de Brasília e, a boca cerrada, também em alguns recantos sergipanos–, pode ser gravemente perigoso para a saúde financeira do Estado de Sergipe.
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