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Segunda-feira, 25 de Outubro de 2010 | 13h46
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“O cargo é meu”, grita o aliado!
Normal que seja assim! Quando um novo governo se forma, os aliados, cujo papel julgam ter sido preponderante para a vitória do grupo, buscam importantes espaços na estrutura administrativa. A disputa por cargos, sobretudo os de primeiro e segundo escalão, já teve início antes mesmo de começar o segundo mandato do governador Marcelo Deda.
O mais afoito dos aliados governistas em busca das “boquinhas” é o nobre deputado federal Jackson Barreto, eleito vice-governador. Não por caso, o ficha suja prega uma “limpeza” no quadro de secretários e assessores nesta nova gestão do PT. Ainda aconselhou Marcelo Deda a ficar de olhos abertos para as “traíras” ocupantes de cargos considerados por ele estratégicos.
Qual motivo levaria o bom moço, ex-prefeito de Aracaju cassado por corrupção –ainda estão em julgamento no STF vários processos por peculato e improbidade administrativa–, a antecipar-se tão na madruga em busca dos tais “cargos estratégicos”? A resposta é simples: JB ficará sem mandato de federal em dezembro e, coitado, não conseguiu eleger seu candidato a estadual.
A “família” do inesquecível futuro vice-governador –e, ocasionalmente, governador interino de Sergipe até 2014– é imensa. Vejam que seus “parentes” já ocupam cargos na Prefeitura de Aracaju e no governo Marcelo Deda. Mas, ele quer mais... Do contrário, como “encaixar” os inúmeros cabos eleitorais hoje lotados no seu gabinete em Brasília?
Por outro lado, a derrota de Robson Viana, sobretudo em Aracaju, é sinal claro do irrecuperável desgaste do outrora imbatível (e infalível) fenômeno eleitoral Jackson Barreto. Se não conseguiu ao menos eleger um “simples” deputado estadual, pode-se concluir: apadrinhar postes, na esperança do povo eleger qualquer um que ele indique, é coisa do passado! Triste fim...
Mas nem tudo está perdido para Jackson Barreto. Ele dispõe de uma lista com centenas de nomes de “traíras” a terem as cabeças decepadas, tão logo sejam iniciadas as negociações para compor o novo governo. Claro, ele também possui a sua própria extensa lista de indicações: são (muitos) amigos e amigas, a quem ele quer assegurar, não fiquem desemparados ou sem guarida.
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O Negão ainda incomoda – O nome mais doce para Jackson Barreto, aquele que não lhe sai da boca, é o de João Alves Filho. O nobre futuro vice-governador tem coceiras homéricas, dizem que até em locais inconfessáveis, sempre que relembra da vitória do ex-governador na Grande Aracaju. Outrora manda-chuva da capital, JB não tolera ter sido “passado para trás”.
Aliás, bem ao gosto do cujo, o ficha suja disse que o Negão deveria comprar uma chupeta e parar de chorar o leite derramado, pois perdeu mais uma eleição em primeiro turno para Marcelo Deda. O Negão, claro, discorda... Ademais, a vitória na Grande Aracaju antecipa o fim do longo e incompetente reinado da esquerda festiva na capital (e nos municípios circunvizinhos).
Quanto à chupeta e ao “leite” derramado? Bem, nestes quesitos JB é mestre...
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