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Segunda-feira, 19 de Abril de 2010 – 14h00
> Seria Doutor Rogério Carvalho um autista?
> O cortejador Carlos Brito
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Seria Doutor Rogério Carvalho um autista?
Bastante esclarecedora a entrevista concedida pelo deputado Rogério Carvalho à edição domingueira do Jornal da Cidade. Ao tentar contrapor as críticas da população à bagunça promovida pela turminha do PT na Saúde, o ex-secretário não deixa dúvidas: a vaidade o persegue!
Perguntado sobre a motivação para tantas denúncias contra a Saúde, Rogério Carvalho contou mais uma piada debochada: seria por conta do “desconforto em relação à situação de décadas, seja com a quebra de privilégios ou com a implantação de um novo modelo gerencial”.
Rogério Carvalho devia mudar de profissão. O doutor tem grandes pendores ao humorismo –ou seria ele um astuto autista?
1) Desconforto em relação à situação de décadas
O deputado deve tomar cuidado com tal ilação. Ao mencionar a palavra “décadas”, Rogério Carvalho também inclui na atual bagunça as administrações de Antônio Carlos Valadares (aliado de Marcelo Déda) e Albano Franco (admirador do governador).
2) Quebra de privilégios
Nunca antes em Sergipe aparelhou-se a máquina administrativa estadual –para empregar cabos eleitorais, filhos e amigos de cabos eleitorais – como na gestão Marcelo Déda. Rogério Carvalho chegou ao cúmulo de trocar terceirizados da Oncologia do Hospital João Alves por gente que segurava bandeiras dele na campanha. Como o serviço simplesmente não andava, o deputado foi de fato obrigado a “quebrar privilégios”, dispensando a turma dele...
3) Implantação de um novo modelo gerencial
A Saúde estadual funciona hoje através de decisões judiciais: a Maternidade N. S. de Lourdes passou a operar após intervenção da Justiça; decisão da Justiça obrigou o governo a restabelecer a estrutura anterior (quebrada com marretas) do Hospital Infantil José Machado de Souza, construído para atender exclusivamente crianças e adolescentes; a escala de trabalho do HUSE está sendo feita pelo Ministério Público Estadual, depois da rebelião dos médicos diante da calamitosa insensatez da direção. Ponto para Rogério Carvalho, porquanto assume ser ele próprio o responsável pela “implantação de um novo modelo gerencial” cujo maior mérito foi virar de cabeça para baixo o sistema público de saúde, causando um verdadeiro genocídio, segundo alguns médicos.
Na entrevista ao JC, Rogério Carvalho contou ainda a maior piada dos últimos tempos: “O HUSE é um hospital bom”. Tão bom que na sexta-feira 20/03/2009, quando o carro dele capotou perto de Aquidabã, o então secretário passou pela frente do Hospital João Alves, mas preferiu ser atendido no Hospital Primavera –da rede particular!
A vaidade do doutor Rogério Carvalho supera até a do chefe Marcelo Déda. No lero-lero ao JC, o deputado disse: “Penso que a sociedade compreende meu esforço e do governo para mudar a Saúde (...) Minha passagem como secretário foi muito breve, comparada ao tempo que esse projeto tem para se consolidar. Seus frutos serão minha redenção”.
Transpondo para a realidade factual: todo mundo está errado ao criticar os desmandos provocados pelo Governo da Mudança para Pior na Saúde! O único certo é o brilhante e honesto futurólogo doutor Rogério Carvalho, para quem a vida pode esperar que um dia seu esforço dê algum fruto como redenção.
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O cortejador Carlos Brito
Entre os homenageados especiais nos 40 anos do Tribunal de Contas de Sergipe estava o presidente do TSE, ministro Carlos Brito. Ao discursar, o jurista arrancou aplausos da plateia quando confessou ser antigo tiete do governador Marcelo Déda: “É o maior tribuno do Brasil”.
Carlos Brito é petista histórico –com Marcelo Déda, fundou em Sergipe o Partido dos Trabalhadores nos anos 1980. Foi professor de Direito Constitucional do governador na UFS. Em 2008, o ex-aluno o indicou ao compadre Lula da Silva para compor o STF.
Compreensível, portanto, a fervorosa gratidão de Carlos Brito, cuja alma aparentemente inunda-se de regozijo quando aporta em suas vistas a figura magnânima do padrinho daquela bem sucedida indicação.
Para evitar possíveis futricas por conta da bajulação pública –afinal ele comanda o processo eleitoral, o ministro Carlos Brito providenciou a prévia autodefesa: não se tratava de declaração de voto, pois “aí seria campanha eleitoral antecipada, insuportável crime eleitoral”.
Apesar dos frouxos risos provocados no seleto auditório, pode-se concluir, o cortejar de Carlos Brito, lamentavelmente, teve sim o intuito de elevar o moral do candidato Marcelo Déda e constitui grave incompatibilidade. O ministro, mesmo portador de incontinente paixão pela verve mágica do governador, a fim de não chafurdar a liturgia do cargo que ocupa, deveria ainda eximir-se de formular comentários sobre réus de processos em tramitação no TSE.
Ao falar demais, o ministro Carlos Brito desacreditou sua isenção para continuar a presidir inquéritos onde estejam envolvidos “o maior tribuno do Brasil” ou políticos em situação de conflito com o governador. Num país sério, homens sérios se diriam indisposto para seguir julgando...
Um comentário:
Este nunca me enganou e por isso sempre fiz questão de mencionar em minhas mensagens que ele era amigo íntimo do governador de Sergipe Marcelo Deda (PT) e este compadre do presiMentiroso da república e por isso o processo de cassação do corrupto Deda e de outros da quadrilha iriam ser enrolados por esse falso cidadão brasileiro chamado Ayres de Britto, o mesmo que ajudou a expulsar os arrozeiros da Raposa Serra do Sol em prol dos negócios escusos do desgoverno brasileiro.
É bom que isso aconteça e vejam a bosta que foi passar o Brasil pras mãos dos civis. Estes istalaram uma verdadeira quadrilha nos 3 poderes após o governo dos militares e hoje nos sentimos reféns dessa corja e correndo o risco dessa comunistalha conseguir o que não conseguiram em 1964. O PNDH3 é uma prova disso.
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