Terça-feira, 06 de Outubro de 2009 – 12h15

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>> A Saúde Estadual e a Saúde de Marcelo Déda

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A Saúde Estadual e a Saúde de Marcelo Déda

Triste de quem porventura precisar do serviço de saúde pública comandado pelo secretário Rogério Carvalho. Age corretamente o governador Marcelo Déda ao dirigir-se a São Paulo para fazer um simples check-up de rotina e por sorte os médicos depararem com um nódulo benigno no pâncreas, quando se sabe serem inflamações nesse órgão extremante perigosas, com resultados sempre sombrios.

Li muitas críticas de internautas do Portal Infonet pelo fato de Marcelo Déda optar por realizar exames num centro com medicina mais avançada. Outros governadores e pessoas mais abastadas procederam e estão a proceder da mais forma. O governador deve ter lá suas razões e dispõe dos recursos financeiros necessários. Nada demais, portanto.

O que choca de fato são as asneiras e os escândalos produzidos por Rogério Carvalho na Saúde estadual sem qualquer mínima reprimenda. Ou a Justiça tarda, mas um dia o alcançará. Ou Rogério Carvalho terá de acertar-se diretamente com Lúcifer pelos horrores cometidos.

O hospital público de Ribeirópólis é exemplo eloquente da inconseqüência do governo Marcelo Déda com a saúde do povo. Em dezembro de 2006 encontrava-se totalmente reformado e equipado para atender à comunidade 24 horas. Apto a realizar inclusive pequenas e médias cirurgias, Rogério Carvalho simplesmente derrubou o hospital. Em seu lugar, construiu um posto de saúde...

Desnecessário recordar o imbróglio da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e a irresponsabilidade com outro hospital também destruído, o Hospital Pediátrico José Machado de Souza, anexo ao Huse Mas Não Abuse Porque Não Aguenta. As mortes de mais de 60 crianças na Maternidade Hildete Falcão e outras tantas nas UTIs do Hospital João Alves, provocadas pela imundice, sequer foram apuradas. Mas para que apurar, se morreu apenas gente pobre, gente da ralé, gente que não pode pagar para ter saúde de qualidade?

Marcelo Déda tem direito de procurar uma saúde de primeiro mundo para si. Nada contra. Porém, ao retornar de São Paulo, restabelecido fisicamente, o governador deve também fazer um profundo exame de consciência. Com saúde não se brinca e ninguém melhor do que ele, agora ainda mais, para entender o delicado significado dessas palavras.

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É elogiável a transparência do governador Marcelo Déda ao expor seu real estado de saúde. Além de boletins e informes publicados pela Secretaria de Comunicação, o próprio secretário Carlos Cauê fez as vezes de porta-voz. Ouviu-o falar diretamente de São Paulo em duas ocasiões. A primeira ao meio dia da sexta-feira, horas antes da operação de retirada de um nódulo benigno do pâncreas do governador. Numa segunda investida, já no decorrer da cirurgia, por volta das 19h30 do mesmo dia. Ambas as entrevistas foram veiculadas pela TV Sergipe.

Nesse último informe, falando baixo como se estivesse num ambiente próximo ao local onde Marcelo Déda era operado, Carlos Cauê, talvez emocionado, confundiu-se no vocabulário e ao informar sobre o caráter das ações médicas disse que o material retirado do governador iria passar por “autópsia”. Tomei um susto. Pensei: “Oxente, que história da peste é essa? O homem não tava bem?”. Depois, mais relaxado, percebi tratar-se apenas de uma troca de palavras. Na pressa, biópsia sem querer virou autópsia... Haja coração!

4 comentários:

Raul Seixas disse...

David Leite vc está sendo injusto ao tratar com dois pesos e duas medidas os políticos de Sergipe. Vc nunca fez nenhum tipo de comentário quando a senadora Maria do Carmo Alves teve problemas de saúde, e ainda os tem, e foi fazer todo seu tratamento em São Paulo mesmo sabendo, e como, que o marido dela foi governador 3 vezes do Estado de Sergipe e que ele deveria ter ajudado a melhorar o sistema. João Alves Filho quando era governador teve uma pilora e foi internado onde? Em São Paulo e na época quem transmitia os boletins era o atual secretário-adjunto da comunicação Chiquinho Ferreira que ocupava o mesmo posto na ocasião. Então, refreque sua memória e não trate os políticos de forma tão desigual.

Anônimo disse...

Não acho q o Gov foi pra Sampa só pq tem condições. Mas ele sabe a raiva q a categoria médica está dele e do secretário de estado da má saúde. Perigava ele entrar em cirurgia e os médicos "esquecerem" onde é o pâncreas.Pq bons médicos nós temos de sobra, mas condições de trabalho pra eles... Seu Déda né bobo nem nada né, mesmo com dor deve ter dito:" O Huse e abuse não! Pelo amor do meu Pancreas!"

Anônimo disse...

Davi, meu camarada. É preciso ter coragem para escrever o quê você escreve. Você só falta fazer um comentário sobre a união Deda/Gilton Garcia. Lindo, não é?. Quando Albano se juntou a Jackson, ou vice-versa, eu pensei que não tinha mais nada para ver neste mundo de meu Deus, mas me enganei.

Anônimo disse...

Kkakakakakaka, haja coração foi ótimo. Hahahahaha