Terça-feira, 22 de Setembro de 2009 – 10h45
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>>Uma Nobre Serventia à Imprensa Dedista
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Uma Nobre Serventia à Imprensa Dedista*
A visita do filho adotivo de Fidel Castro, o “chefe da quadrilha”, o mais novo “amigo” de Marcelo Déda, o deputado cassado por corrupção, o bandidão do mensalão José Dirceu, me fez lembrar da utilidade sanitária encontrada pelos cubanos para os jornais publicados com exclusividade pela ditadura comunista.
A escassez e o preço do papel higiênico (um pacote com quatro rolos custa quase 20% do salário médio) obrigam o povo de Cuba a encontrar alternativas. As publicações governamentais o substituem nos banheiros da paradisíaca ilha. Em Sergipe, graças aos Céus, não há falta crônica de papel higiênico. Se houvesse, estaríamos ferrados...
A corja bajuladora incrustada na imprensa local emporcalha tanto as publicações com a propaganda oficial disfarçada de jornalismo, sem falar da aspereza do papel e da tinta a manchar os dedos, que usá-las em substituição ao tradicional papel higiênico pode, inclusive, ser danoso à saúde física e espiritual –só em casos extremos, admite-se!
Os escritos domingueiros de Luiz Eduardo Costa (Jornal do Dia) e de Ivan Valença (Jornal da Cidade) seriam argumentos poderosos para mandar o papelório, cortado em fitas de alto a baixo, para junto das latrinas. Mas dizem por aí, até os alunos de escolas públicas da periferia de Aracaju e do interior sergipano, onde papel higiênico é artigo de luxo, se recusam, com toda razão, a dele fazer uso.
O nosso povo sempre foi muito solidário. Aproveitando a presença em Sergipe do filho adotivo de Fidel Castro, bem que Gilmar Carvalho poderia promover uma campanha em solidariedade aos cubanos, para enviar àquela “jubilosa” nação toneladas de exemplares das publicações jornalísticas sergipanas, sobretudo as robustas tiragens dominicais.
Fico a imaginar um irmão cubano sentado no vaso sanitário a ler, claro que sem entender nada, os comentários chorosos da “analista política” Rita Oliveira, os escritos valhacoutos de Diógenes Brayner, a ladainha esquerdóide de Cássia Santana, as letras embebidas com caju doce de Eugênio Nascimento... E logo depois usar as mesmas escatológicas páginas para algo bem mais proveitoso e civilizador.
Tudo bem que o resultado da limpeza talvez não seja igual ao proporcionado pelo jornal cubano Granma, cuja edição semanal é deveras ansiada pelos nativos por conta do papel fino e macio e da tinta firme. Mas pelo menos ninguém em Cuba iria reclamar que ficou sem limpar o traseiro por falta de papel.
(*) Texto publicado em homenagem ao preclaro jornalista César Gama, terrível incentivador da escatologia colérica desenfreada.
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