Segunda-feira, 21 de Setembro de 2009 – 10h45

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>>O “Chefe da Quadrilha”

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O “Chefe da Quadrilha”

Não faz tanto tempo assim, lá pelos idos de 2007, o “chefe da quadrilha”, o deputado federal cassado José Dirceu, esteve em Sergipe. À época apenas um ainda candidato a prefeito, Ânderson Faria (Umbaúba), foi recepcioná-lo. Tempos difíceis e solitários aqueles.

O filho adotivo de Fidel Castro está novamente em Sergipe, agora para dar apoio e sustentação a duas campanhas –a de José Eduardo Dutra à presidência do PT nacional e a de Sílvio Santos à executiva estadual. Hoje ninguém inventou viagem para evitar encontrar-se com o bandido do mensalão, o comprador de votos no Congresso Nacional.

Quando o bandidão era presidente do PT, nomeou Delúbio Soares, especialista em “recursos não contabilizados”, para cuidar da tesouraria. As andanças do barbudo por Sergipe, portando grandes malas, sugerem a possibilidade de a campanha de Marcelo Déda ter sido agraciada com dinheiro sujo. O bicho pegou, o bandidão e o tesoureiro caíram, e Marcelo Déda se afastou dessa turma.

Desde então, o governador da mudança para pior passou a evitar o “chefe da quadrilha”. Desfiliou-se da corrente comandada por ele, a “Articulação Unidade na Luta”, e juntou-se à “Construindo Um Novo Brasil” de Tarso Genro. Nos bastidores, Marcelo Déda vivia a detratar José Dirceu, que define Marcelo Déda como “falso, não solidário, o ingrato que esqueceu quanto ($?) foi ajudado”...

O reencontro de hoje será untado com óleo de peroba. Marcelo Déda fará honras e cerimônias ao “chefe da quadrilha” por alguns motivos bem razoáveis. Por baixo do pano, José Dirceu foi nomeado por Lula da Silva coordenador da campanha de Dilma Rousseff. José Dirceu goza de prestígio no STF, onde oito dos 11 ministros foram indicados pelo compadre-presidente. José Dirceu manda no PT, que elege presidente nacional da sigla apenas quem ele apoia.

Já o bandidão tenta viabilizar a campanha da mãe do PAC à Presidência. Lula da Silva gostou tanto do desempenho dele no esforço cívico para livrar da guilhotina o pescoço de José Sarney que o incumbiu de ajudar Dilma Rousseff a se desviar das recentes enrascadas. O “chefe da quadrilha” ficou tão orgulhoso com a nomeação que pôs de lado as diferenças com os velhos companheiros, incluindo Marcelo Déda e José Eduardo Dutra, outro que também lhe deu um pé no traseiro.

Marcelo Déda bem que tentou se dissociar do bandido do mensalão. Mudou de corrente partidária, passou a queimar o antigo companheiro pelas rodas políticas Brasil afora, fingiu viagem para não recebê-lo, limou resquícios do passado... Mas foi vencido pela necessidade. Sem José Dirceu, os planos de Marcelo Déda de manter-se no poder podem sofrer grandes revezes. E mais, um sujeito com o cabedal de ilicitudes como José Dirceu, temido e invejado por ser capaz de absolutamente tudo, não pode ser desprezado numa eleição tão importante quanto a se que aproxima.

Uma imagem, mil palavras.

2 comentários:

Anônimo disse...

Mais um post raivoso, vazio e mal escrito.

Desista, "cumpanheiro"!

Marco Gavazza disse...

David, admiro com surpresa o seu inimitável estilo de lidar com as palavras; admiro a sua coragem de denunciar toda a bandalheira orquestrada pelo PT -não no Sergipe de que tanto gosto mas em todo o país- mas estou preocupado com a sua integridade física e com sua vida. Talvez seja útil tomar algumas providências preventivas, pois não quero receber a notícia de quem um "acidente" aconteceu com você.

Abraços,
Marco Gavazza
Portal Bahia Já